Teologia Bíblica Batista Reformada

Teologia Bíblica Batista Reformada Fernando Angelim




Resenhas -


3 encontrados | exibindo 1 a 3


Miguel Muniz 28/03/2021

Atendeu as expectativas
O livro consegue de maneira simples e clara explicar toda sua teologia, vale a pena sua leitura e aprendizagem de uma escola importante é tradicional.
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Gerlayne 12/12/2021

Importantíssimo
Esse livro vem trazer toda a linha da teologia bíblica batista pactual, mas o que é isso?

Ele nos mostra a interpretação bíblica dos batistas pactuais, mais conhecidos como batistas reformados ou confessionais.

Escrito com uma riqueza de informações e detalhes que nos deixam com o mínimo de dúvidas possível e o máximo de curiosidade pra nos aprofundarmos mais ainda sobre o tema.

Há muito tempo vinha buscando um conteúdo como esse e não encontrava nem em vídeos ou livros de grandes nomes reformados e encontrei aqui. Temas "polêmicos" como pedo e credobatismo são tratados com respeito e uma clareza que não consegui encontrar em nenhum outro material de maneira simples e fácil de entender.

O professor e pastor Fernando Angelim tem uma série de vídeos de acordo com os capítulos desse livro e o uso conjunto desse material é maravilhoso.
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Lucas 16/12/2021

Teologia Bíblica Batista Reformada - RESENHA
Fernando Angelim – Teologia Bíblica Batista Reformada.

O livro não é de todo ruim, mas meus elogios ficarão para o final num ponto que acho mais contundente.

Tive um problema com o livro, que já começou pela imprecisão do título. A expressão “Teologia Bíblica” (TB) é uma disciplina do estudo teológico, e não uma expressão para se referir ao que se entende, doutrinariamente, da Bíblia. Qualquer teólogo (estudante experiente ou iniciante), ou qualquer outro cristão minimamente introduzido à Teologia, que tenha acesso a esse material, irá, imediatamente (pelo título) imaginar que trata-se de uma TB, mas não é nada disso. A decepção começa aí, mas não para.

O livro não tem absolutamente nenhum insight autoral. É apenas mais uma defesa tendenciosa e confessional de pontos específicos da Teologia Sistemática (TS) com viés batista.

Ou seja, é uma repetição de coisas óbvias, citações e falácias de “textos-prova”, sem nenhuma (sério, nenhuma) exegese, ou sequer algum ensaio exegético. Não há TB, só TS (e desse jeito).

A teologia contida, por si só, não é ruim. Que fique claro.

Batistas pactuais (um nicho realmente pequeno) ficarão satisfeitos e estarão bem servidos com o material repetitivo de Angelim, que é apenas um tipo de condensação, mais ou menos exaustiva do assunto.

Porém, mais propriamente a justificativa para o Pactualismo, devo dizer que é extremamente fraca em comparação com os melhores argumentos que são usados hoje em dia no debate sério. Isso começa já pela definição de pacto, que é algo esdrúxulo como: pacto é quando Deus obriga pessoas a fazer algo que Ele quer. Não estou exagerando, leia o livro e verá que é isso mesmo.

Ao invés de olhar para o que a Bíblia mostra sobre a COMUNHÃO de Deus e a humanidade (ou melhor ainda, a relação comunitária entre Deus e homem), Angelim distorce os contextos e, sem exegese alguma, converte-os para um “pacto” (pasme: de uma via só, feito entre as pessoas da Trindade).

Por fim, devo dizer que a visão geral do Pactualismo apresentado nesse livro é superior e mais coerentes teologicamente à visão do Pactualismo aliancista. Entenda: eu mesmo sou pedobatista, mas não uso o aliancismo de forma alguma para justificar meu entendimento (tal como o fazem: luteranos, congregacionais, metodistas, anglicanos e outros pedobatistas). A diferença entre os dois pactualismos é definida no trecho do livro que cito abaixo, encerrando minha resenha:

“Já notamos que na perspectiva batista reformada, o termo Pacto da Graça é equivalente à Nova Aliança e diz respeito à manifestação do eterno plano redentor na história, à promessa salvadora revelada no Antigo Testamento e estabelecida na plenitude dos tempos em Cristo Jesus. Este é um dos pontos em que a teologia bíblica batista pactual se distingue da teologia pactual pedobatista. O Pacto da Graça foi revelado como uma promessa em Gênesis 3:15 e estabelecido na história somente na Nova Aliança em Cristo, portanto, a Nova Aliança equivale ao Pacto da Graça estabelecido e ratificado no sangue de Cristo. Na Antiga Aliança, apesar de o Pacto da Graça ser prometido, ele ainda não fora estabelecido. Assim, os batistas entendem que existe uma diferença substancial entre a Antiga e a Nova Aliança, ao passo que os pedobatistas entendem de maneira diferente. Para os pedobatistas, o Pacto da Graça foi estabelecido já em Gênesis 3:15 e administrado de diversas formas ao longo do Antigo Testamento. Ou seja, todas as alianças feitas no Antigo Testamento são administrações do Pacto da Graça, e a Nova Aliança seria somente mais uma administração desse pacto. Logo, eles não creem que a Nova Aliança é substancialmente diferente da Antiga. Trabalharemos esse ponto adiante. Os batistas, por sua vez, compreenderam que o texto de Hebreus 8:6-13 apresenta claramente a distinção entre a Antiga e a Nova Aliança […]O texto apresenta Jesus Cristo como Mediador de uma melhor aliança, baseada em melhores promessas. Explica também que, se a aliança anterior (a Antiga Aliança) fosse sem defeito, não se procuraria lugar para outra. Mas o autor aos Hebreus prossegue citando o texto de Jeremias 31, mostrando que, desde o Antigo Testamento, havia a promessa de uma superior e Nova Aliança. A função da Antiga Aliança foi demonstrar que todos estavam debaixo do pecado e os conduzir, através de tipos, sombras e promessas, a Cristo. Em sua exegese de Hebreus 8, John Owen destaca a superioridade da Nova Aliança em relação à Antiga: Aquilo que antes estava oculto em promessas e em muitas coisas obscuras — e quando os principais mistérios eram um segredo escondido no próprio Deus — foi agora trazido à luz; e aquela aliança que, invisivelmente, em forma de promessa, mostrou sua eficácia sob tipos e sombras, foi agora solenemente selada, ratificada e confirmada na morte e ressurreição de Cristo. Antes, ela [a Aliança da Graça ou Nova Aliança] havia sido confirmada em forma de uma promessa, que é um juramento; agora, foi confirmada como uma aliança, que é o sangue. Aquilo que antes não tinha adoração visível, exterior, própria e peculiar a ela, agora é feita a única regra e instrumento de adoração para toda a igreja, nada passa a ser admitido, senão o que lhe pertence e é designado por ela. É isso que o apóstolo intenciona ao usar o termo νενομοθέτηται, a saber, o “estabelecimento legal” da Nova Aliança, com todas as ordenanças de sua adoração. E, nisso, a outra aliança é anulada e abolida; e não apenas a aliança em si, mas todo aquele sistema de culto sagrado segundo o qual ela foi administrada. […] Quando a Nova Aliança foi dada apenas em forma de uma promessa, ela não introduziu adoração e nem privilégios pertencentes a ela. Por isso, ela foi consistente com uma forma de adoração, ritos e cerimônias e todas aquelas outras instituições da Antiga Aliança que, juntas, constituíam um jugo de escravidão, pois tudo isso não pertencia à Nova Aliança. E assim também essas, se forem adicionadas após o estabelecimento da Nova Aliança, embora não anulem sua natureza como uma promessa, contudo são inconsistentes com ela, enquanto já concluída como uma aliança; pois, então, todo a adoração da igreja deveria proceder e ser conformada a ela. Então ela estava estabelecida. Portanto, Owen compreendia que na Antiga Aliança o Pacto da Graça havia sido revelado, e na Nova Aliança ele foi estabelecido legalmente com suas ordenanças de culto e selado com sangue. Portanto, as cerimônias e sombras da Antiga Aliança seriam abolidas uma vez que encontrassem sua consumação em Cristo” (p. 149ss).

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