Rômulo 21/01/2021
Um confronto a uma das principais idolátrias do Séc. XXI
Livro fundamental para entender nossa relação com o celular e todas as atrações tecnológicas que o pequeno aparelho proporciona. O autor é se sai bem em sua tarefa de nos confrontar quanto ao nosso possível vício (dependência).
Aparentemente o celular é algo inofensível, mas ao ler a obra de Reinke, não iremos mais pensar assim. Somos moldados pelo aparelho e nosso relacionamento com Deus, com as pessoas e com nós mesmos é afetado. É a partir deste tripé que o autor falará como nossa obsessão pelo celular, e especialmente pelas mídias sociais, roubar de nós a solitude; nos distrai daquilo que é importante e essencial; tira de nós a relação de tempo-história; a capacidade de se concentrar em algo por muito tempo, ou ainda, do prazer de sentar e ler um bom livro.
O autor ainda expõe como nosso acesso constante as redes sociais nos tem feito mais ansiosos, solitários, mantendo pecados "secretos", e esquecendo de lembrar das inúmeras bençãos de Deus em nossas vidas. São cenas realmente assustadoras, ainda mais se pensar que sem perceber, muito daquilo que ele descreve, nós praticamos no cotidiano.
Em especial, me chocou muito a minha imagem já velho, olhando para trás e percebendo o quanto de tempo eu perdi, simplesmente passando o dedo pela tela, olhando para coisas sem sentido e improdutivas. O medo de ter gastado boa parte da minha vida com "nada" (fazendo aqui uma alusão a C.S. Lewis, a qual o autor utiliza muito bem nessa parte da obra).
É importante enfatizar que o autor não aconselha a deixar de utilizar o celular, mas evoca a necessidade de que todos nós possamos fazer uma autocrítica quanto ao nosso uso diário, e buscar uma consciência moldada pelo Espirito Santo, a quem nos guiará no uso sábio com fins de glorificar a Deus e ajudar o próximo.