Lili Machado 25/04/2012Este foi o primeiro livro de P. D. James, de 1962, e conquistou prêmios o bastante para que ela se colocasse entre as mais promissoras escritoras de policiais, da época.Sally Jupp era uma jovem atraente e sensual que usava seu corpo e seu cérebro numa escalada social.
Agora, ela encontra-se jogada em sua cama, com marcas de estrangulamento em seu lindo pescoço. Alguém decidiu que o ônus do pecado deveria ser a morte.
E o inspetor Adam Dalgliesh tem de descobrir quem decidiu por isso.
Sally era mãe solteira, numa época em que isso ainda era um estigma. Depois de um tempo num abrigo para mulheres, ela encontra serviço como empregada de uma família aristocrática – os Maxie. E, uma vez lá instalada, ela mostra um outro lado de sua personalidade: um prazer perverso em criar antipatia em todos que cruzam seu caminho.
E consegue uma proposta de casamento do filho dos Maxie – o que torna seu jogo, letal.
A estória é bem construída, os personagens são bem caracterizados, e o crime é apropriadamente misterioso. Apesar de ser apenas um vislumbre do estilo que P. D. James irá implantar em seus trabalhos, o inspetor Dalgliesh ainda não está bem desenvolvido – o que é natural.
Um belo exemplo do formato Agatha Christie completo, com a casa de campo do interior da Inglaterra, um assassinato num quarto trancado, e o confronto final entre todos os suspeitos e o detetive.
Uma de suas marcas registradas é sua insistência em descrever cada cena em seus mínimos detalhes, ajudando na construção de uma conclusão surpreendente.