Raízes do Brasil

Raízes do Brasil Sérgio Buarque de Holanda




Resenhas - Raízes do Brasil


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Marcelo Dos Santos (De Dois) 13/05/2021

Leitura obrigatória para os interessados no assunto, mas cuidado...
Ainda que se valha de ter fomentado importantíssima obras histórico/sociológicas vindouras, como o caso da que considero a mais importante (Povo Brasileiro de Darcy Ribeiro), não me encantei de todo.
Sergio Buarque se preocupa em demasia em debruçar-se especificamente nos meandros da história portuguesa e em contrapor sua personalidade com a dos espanhóis e omite-se de forma descuidada em nossas raízes indígenas.
Citando um capítulo específico, o Homem Cordial, discordei de diversas constatações que em me parecem muito levianas em trechos específicos, tal como por exemplo o que se refere à "falta de devoção religiosa" do brasileiro. Se o autor deixou de lado a característica sincretista marcante de nossa história, foi então de fato uma tentativa de abordagem pueril.
Considero que de maior importância venham os capítulos 3 e 4 (Herança cultural e o Ladrilhador e o Semeador), estes sim de conteúdo riquíssimo.
A leitura da obra é envolvente e fluída, mas é de se mencionar a triste escolha do autor por notas ao fim do livro, característica que acho detestável, tal como a opção de não se traduzir passagens em outras línguas, como se os leitores fossem obrigados a falar francês, na maior naturalidade.
Por fim, é um clássico da nossa literatura histórica, mas sugiro consumir com moderação e sobretudo contestação.
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Valesi 14/05/2021

Difícil
Um clássico com ideias interessantes que são debatidas até hoje, é de leitura difícil. Sérgio Buarque de Holanda usa um vocabulário complexo já para a época, o que faz a leitura hoje em dia lenta e difícil para que se possa absorver as ideias de maneira adequada.
Imprescindível para quem quer conhecer o país e sua história, não é uma leitura de lazer.
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Estefany 24/05/2021

Bom...
Raízes do Brasil, obra notável de Sérgio Buarque de Holanda, procura ressaltar a "origem" do nosso território desde sua colonização por povos ibéricos. Além disso, o livro nos traz conceitos importantes como "o homem cordial", nossas heranças culturais, o sistema escravista e afins. Entretanto, o motivo de eu ter dado 3 estrelas foi pessoal, pus muita expectativa no livro, acreditando que o mesmo traria a história do Brasil por meio de uma narrativa como "O cortiço" ou outros desse gênero, mas acabou que "Raízes do Brasil" se parece mais com um livro de história e sociologia do colégio, fato esse que desestimulou a minha leitura (é um motivo pessoal, novamente). E, apesar de ter sido difícil de entendê-lo, reconheço sua importância.
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Cibele.Almeida 27/06/2021

Para estudiosos da área
Esse livro, é bem famoso no curso de História e é de certa forma mais técnico e direcionado para essa área de estudo o que faz com que não tenha uma linguagem acessível para quem está fora da academia. Contudo, o conheço que Sérgio traz nesse livro é imprescindível para entendermos o Brasil e um pouco do nosso povo.
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Carlos.Bonin 28/06/2021

Agora entendo porque o livro é famoso
No começo, eu não estava gostando. No início da obra o autor aborda uma questão específica que não me interessava. Contudo, depois de um quarto ou um terço do livro, a coisa começa melhorar e não para mais. No final, eu já não estava querendo que o livro acabasse e já estava considerando Sérgio Buarque de Holanda excelente.
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Letícia 03/07/2021

Neste clássico da sociologia brasileira, Sérgio Buarque de Holanda se debruça sobre os elementos centrais da nossa cultura, tendo por base o legado deixado pela colonização portuguesa. Publicado em 1936, Raízes do Brasil se organiza em torno da análise dialética de vários conceitos-chave: personalismo e hierarquia, aventura e trabalho, displicência e planejamento, campo e cidade, público e privado.

O primeiro capítulo dá a tônica de todo o livro. Nele, Buarque de Holanda explica como a frouxidão da estrutura social ibérica e a ênfase no mérito pessoal impulsionaram portugueses e espanhóis às grandes navegações e ao empreendimento colonial. Na ausência de uma ética do trabalho, a exploração da América portuguesa e espanhola foi marcada pela busca de recompensas imediatas, sem grandes sacrifícios ou preocupações com os métodos empregados.

Contudo, apesar do caráter ibérico compartilhado, a coroa espanhola procurou assegurar o controle político, econômico e militar de seus domínios, observado na criação de órgãos locais de poder, de centros urbanos e de universidades ainda no século XVI. Já na colônia portuguesa, a exploração mercantil adiou a interiorização da ocupação e relegou o futuro da Terra Brasilis a Deus-dará.

Constituiu-se aqui uma civilização agrícola, dominada por latifundiários escravocratas. Com o desenvolvimento tardio das cidades, no século XIX, os filhos de fazendeiros educados nas profissões liberais seguiram ocupando as posições de mando da administração pública. Deles herdamos o apreço exagerado pelo “anel de grau” e pela “carta de bacharel”, assim como o desprezo pelo trabalho braçal.

O conceito mais famoso da obra é, porém, o do “homem cordial”. A partir dele, o autor denuncia a cordialidade brasileira como fruto de nossa incapacidade de separar as relações íntimas das esferas oficiais de poder, o que transforma o Estado em uma extensão da vida doméstica. Isso também se reflete em nossa informalidade, aversão ao ritualismo e abuso dos diminutivos.

É, sem dúvida, uma das obras mais importantes para entender o Brasil e o ser brasileiro.

site: https://www.instagram.com/pulsaoliteraria/
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vivi507 30/08/2021

...
Não sei se coloquei expectativas demais e me decepcionei ou não tive capacidade intelectual pra entender a obra.
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Vitoria 25/09/2021

Demorei meses para concluir a leitura, que nem de longe foi fluida. Me perdi em vários momentos, como se a narrativa fosse mudando de rumo e me custasse lembrar onde mesmo o autor pretendia chegar. Fora isso, as tantas citações estrangeiras sem tradução e algumas notas de rodapé importantíssimas para a compreensão do texto principal tornaram o processo ainda mais moroso.

Em relação ao conteúdo, é um retrato sobre as raízes portuguesas do Brasil, a partir das quais Sergio Buarque traça o perfil do que se poderia chamar de "brasileiro médio".
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Talvanes.Faustino 12/10/2021

Raízes de um Brasil
Raízes de um Brasil, branco, cristão, conservador e reacionário. Este é uma das obras basilares da historiografía brasileira. Porém, não se pode abandonar uma perspectiva crítica da mesma, não é porque ela é importante, que necessariamente seja um espaço de adoração ou outra coisa parecida.
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Lívia 10/12/2021

Caro leitor brasileiro, você já se perguntou o motivo da cultura europeia ter tanta influência no nosso país mais do que a nossa própria cultura? Já tentaram imaginar como a nossa herança rural é composta e como ela se originou? Já tentaram entender o motivo da nossa política ser tão suja e corrupta? Do que o nosso povo é formado e como essa formação teve início?

O livro aborda esses e outros temas, fazendo assim uma analogia ao passado, e em como os acontecimentos estimularam e continuam causando efeito nos dias atuais, nos levando a uma compreensão do povo brasileiro

Sérgio Buarque de Holanda se baseia nas teorias do sociólogo Max Weber para escrever seu livro, é uma obra essencial para compreendermos o nosso país, junto as referências dos outros livros "Casa-Grande e Senzala", de Gilberto Freyre e "Formação Contemporânea do Brasil", de Caio Prado Júnior.
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Guilherme 23/12/2021

Essencial
É um livro essencial para se entender o Brasil. O que não significa que não tenha suas limitações (é um livro de menos de 250 páginas). Leitura bem fluída, excetuando os trechos em língua estrangeira. Aliás, é uma escolha curiosa a de não traduzir esses trechos, dado como o autor escreve com um tom de crítica esse tipo de comportamento associado à elite local.
Uma crítica que foi feita é de como há um recorte específico das ?três raças?, omitindo as matizes não europeias. Eu concordo, mas também encaro a obra como um recorte, talvez devamos deixar as reverências para as divindades?
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wolfhyex 13/01/2022

legal ?
Ótimo pra se desenrolar na história de uma das muitas faces do Brasil: a aristocracia eurocentrista brasileira que puxa pra si os holofotes há séculos.

Ainda não tenho intelecto suficiente pra conseguir apreciar esse livro, mas vou tentar ler de novo em breve.
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Gustavo.Ponte 23/01/2022

Essencial para entender nossa cultura
Gostaria de ter lido muito antes. Seria uma boa indicação para estudantes de Ensino Médio, pois explica nossa História sob um olhar sociológico e cultural. Ajuda a entender como se formou nossa cultura, nossas virtudes, os bons e mal hábitos.
A leitura não chega a ser cansativa, pelo contrário, é agradável. Mas alguns trechos (curtos) em Francês e Latim não cabem nos dias de hoje.
Também não me agradaram os textos de prefácio e posfácio, que são exagerados em extensão e quantidade, além de enfadonhos. Mas basta ignorá-los e se ater à obra principal.
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Rodrigo.Bittencourt 02/02/2022

Esclarecedor
Livro muito bem construído que aborda temas de grande importância para o entendimento do processo de construção da sociedade brasileira. Necessário entender o Brasil para poder decidir seu rumo.

Os textos em língua estrangeira poderiam ser traduzidos, mas são em pequeno volume e não comprometem o entendimento dos raciocínios.
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Ricardo 24/05/2022

Rapsódia brasileira
Raízes do Brasil, Sérgio Buarque de Holanda (??)
Pp. 256, Cia. das Letras (2014)

Talvez o texto mais significativo para a Sociologia brasileira do século XX.

Ao lado de Macunaíma, Casa Grande & Senzala e Retrato do Brasil ? entre outros ?, uma das mais importantes rapsódias analíticas acerca do Brasil. É um estudo perspicaz sobre a realidade em que habitamos; bem como uma definição, partindo das matrizes étnicas que nos formaram, da nossa maneira de nos relacionar com o mundo e com as pessoas. Uma tentativa de definir o que é ser brasileiro, de englobar a sociedade brasileira em uma única tese organizada em sete capítulos. Esses, que culminam no quinto ? e mais conhecido ?, ?O homem cordial?.

A obra reconhece como essencial, primeiramente, o estudo da influência ibérica na nossa cultura. Buarque percebeu um traço cultural endêmico aos portugueses e que foi transmitido a nós, o ?personalismo?. Tal é o culto ao pessoal, em várias medidas. Desde a associação de bens públicos a pessoas privadas, a submissão entre partes não mediada pela lei ? mas pelas relações pessoais ? ou mesmo a frouxidão das instituições formais pela crença de que se pode transgredi-las por interesses particulares que seriam suficientemente superiores à força delas.

Outra herança seria a da natureza da nossa colonização, sem ter, em primeiro plano, intenções de se estabelecer aqui, mas de extrair riqueza rápida e sem esforço; resultando em uma colônia estabelecida de forma desleixada e irracional. Logo, passa-se a analisar a mistura de culturas ? africanos, indígenas e portugueses ? e a consolidação de traços que persistem até hoje.

O autor cunha o termo ?Homem coridal?, a síntese de tudo que foi explorado durante o livro, e finaliza explorando a consequência dessa cultura de ?lhaneza no trato?, da ação com interesse e fundada no sentimento.

Trata-se de uma obra trabalhosa, difícil e que não evita digressões, mas pela riqueza e lucidez é a mais grifada da minha estante.

Sem grandes cerimônias, nota 4.5/5??
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