Rosinha, minha canoa

Rosinha, minha canoa José Mauro de Vasconcelos




Resenhas - Rosinha, minha canoa


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Clio0 23/06/2023

Rosinha, minha canoa é solidão e loucura. É a forma que uma se relaciona com a outra suavemente, gentilmente.

Zé Orocó, o personagem principal, é um dos antigos "loucos mansos" que não fazem mal a ninguém, mas que morrem um pouco ao serem retirados de seu meio, de seu amor. A canoa, Rosinha, é uma expressão de seus pensamentos, uma manifestação de seu meio que se mescla a natureza e a vida interioriana.

É a chegada do urbanismo, do cientificismo, que transforma sua eco-sociedade, cheia de animais, misticismo e capiais que destroi a frágil comunidade e vai matando tudo a volta. O capítulo em que Zé consome o pouco de verde que ele encontra dentro dos muros dos hospício e horrível em sua tristeza, no desespero.

Ainda assim, é uma leitura peculiar por sua doçura que traz um fundo amargo... como tudo o que José Mauro de Vasconcelos escreveu.

Recomendo.
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Rosangela Max 18/05/2023

Um autor maravilhoso que faz da simplicidade um tesouro.
Que alegria mergulhar mais uma vez na leitura de uma uma obra-prima do José Mauro de Vasconcelos.
A estrela do show é Zé Orocó que é um personagem incrível! Amado pela natureza e maltratado pelos homens.A relação da natureza X homens está muito bem representada aqui.
O conto sobre Nininha é encantadora. Gostei muito também do conto de Chica Doida. São historinhas paralelas que dão ainda mais brilho a história principal.
Leitura super recomendada.
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Christiane 23/02/2023

A história é narrada em primeira pessoa pelo protagonista, um menino pobre e órfão que vive em uma pequena vila de pescadores no litoral do Rio de Janeiro.
O livro retrata a vida simples e as dificuldades enfrentadas pela população da vila, bem como a relação do menino com Rosinha, uma canoa que ele ganha de presente de seu amigo Timóteo. Rosinha se torna sua companheira inseparável nas aventuras que ele vive ao lado de seus amigos da vila.
Ele também enfrenta dificuldades e problemas, como a falta de condições para comprar material escolar.
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Zelinha.Rossi 03/12/2022

Reli ?Rosinha, minha canoa? depois de muitos anos (a primeira vez que li, acho que estava na sexta série do ensino fundamental). Na época, tinha sido meu livro favorito do José Mauro de Vasconcelos (que era meu autor favorito também), lembro que chorei horrores, que considerei o livro mais lindo da vida. Dessa vez, achei o livro bem bonito, transbordante de ternura (como promete o próprio autor no prólogo), gostei bastante de acompanhar as histórias e lendas que se entrelaçam na história principal, mas confesso que a enorme expectativa que eu mesma criei decido à primeira experiência com o livro atrapalhou um pouco um processo (me deixando com aquele quê de: mas era isso? Rsrs). De qualquer forma, valeu a releitura.

?Descobrira que a beleza não existia nas coisas, e sim dentro da gente.?

?Nosso coração não esquece as coisas bonitas que criamos?

?Sofro de uma coisa, doutor; tristeza? mas essa ou se cura sozinha ou a gente morre.?

?Quando a dor vem, vem mesmo, juntando tudo.?

?O homem não valia nada. Os bichos é que estavam certos.?

?Louco, você? Só porque consegue entender as árvores ou falar com as coisas? Bobagens! Loucos são os outros homens, que perderam a poesia de Deus, que endureceram o coração e nem sequer podem entender os próprios homens. Esses são loucos.?

?Não pode haver fim mais suave do que saber que a gente está morrendo perto de quem a gente quer.?

?A gente sempre está voltando. Até a água que o bicho bebe volta, por que não eu??
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natsoaresz 08/11/2022

lindo, simplismente! esse livro é incrível, é Brasil puro. Muito gostosinho de ler, com uma leitura leve e que te envolve do começo ao fim. Foi o primeiro livro do José Mauro que li, por indicação da bibliotecária de minha escola, e adorei sua escrita delicada e suave, com certeza irei ler mais obras.
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priscilaschust 13/02/2022

O primeiro livro que li do José Mauro de Vasconcelos foi ?Meu Pé de Laranja Lima?. Ganhei do meu pai aos 11 anos de idade. Lembro que no final do livro estava repleto de todas as capas das obras de José acompanhado das sinopses. Quando li a sinopse de ?Rosinha, minha canoa? pedi para o meu pai me dar o livro de presente. Na época, ele infelizmente não achou. Esses dias estava caminhando pela praia e um senhor quietinho em sua canoa olhando para o mar na areia da praia, me remeteu a esse livro. Logo cheguei em casa e baixei pelo Kindle. Como eu precisava disso...como eu precisava dessa leitura e da pureza de Zé Orocó. Da pureza que só José Mauro de Vasconcelos consegue me resgatar: A Pureza e a inocência da minha infância. Acho que todo mundo tem, precisa ou já teve uma Rosinha na vida. Se nunca teve, um dia encontrará e como é difícil a despedida. Mas nunca devemos ter medo do que está adiante, porque as vezes existem coisas boas nos esperando pelo novo caminho.

Mais uma vez, obrigada, José Mauro.
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Rafa 19/01/2022

nunca iria ler esse livro na minha vida, mas como um amigo dos meus pais me deu falando que era o livro da sua adolescência não pude deixar de ler para descobrir essa história, não é perfeito, mas é bem legal
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Karoline67 06/12/2021

Você precisa conhecer a Rosinha!
Estou certa de que acabei de ler um dos livros mais lindos de toda a minha vida.
Como sempre acontece com José Mauro, eu começo a lê-lo meio despretensiosa, em alguns momentos acho o livro entediante e do nada...várias porradas cheias de ternura (sim, é esse o paradoxo).
Essa é a história de Zé Orocó, um sertanejo que fala com sua canoa, chamada Rosinha. Uma história que se passa no interior do Brasil, no meio do Araguaia. Parece simples e ingênuo, mas na verdade é um livro forte e cheio de lições; refleti muito sobre a luta indígena e antimanicomial, racismo, etnocentrismo. E no fim, o livro é tão lindo que dá vontade de chorar.

Leiam, por favor. Rosinha é uma obra-prima esquecida por muito, mas que com certeza vale muito a pena ??
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Evelize Volpi 30/10/2021

O que dizer desse livro.
A história é de uma sensibilidade, de um cuidado com a escrita, com sensibilidade poética fenomenal.
Não tem como não se emocionar, com essa leitura.
José Mauro de Vasconcelos é Mestre da Escrita.
Leitura Maravilhosa, encanta o coração.
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Daiane.Nascimento 15/10/2021

Âmago dolorido.
José Mauro de Vasconcelos nos traz romance da década de 1960, no interior de uma área de transição entre Floresta Amazônica, Pantanal e Cerrado, no cotidiano ribeirinho indígena.
Esta história que nos faz tanto refletir sobre a ternura, apesar de se passar num dos períodos de conflitos mais sangrentos do Brasil, retrata a pureza de coração. Sobre como conversas maldosas, rasas, podem ferir o outro, sobre pessoas ferirem o outro por não estarem resolvidas com suas próprias feridas.
Em suma é uma reflexão sobre lealdade, amor, ternura. Sobre mantermos vivas em nós o olhar infantil de criança, é sobre saber viver em simplicidade.
Para além disso o livro também nos faz um retrato do período manicomial, levanta uma discussão sobre saúde mental, que em certos momentos me lembrou Foucault.
Enfim, apesar de cutucar feridas, nos deixar com o âmago dolorido, trata-se de um livro terno, doce, reflexivo e cheio de amor!
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Glauber 03/10/2021

Fantástico
Um livro impactante.

Acompanhamos, com o deslumbramento de uma linguagem lírica, a relação entre o personagem e a natureza, navegando em sua canoa.

Mas, além dos encantos, há surpresa na verdade de cada página.

A descrição do nascimento de uma árvore é algo tão profundo que me deixou pensativo por dias.

A construção dos personagens foi tão certeira que eu quase os via.

Depois, ainda veio a segunda parte do livro, que coloca todo o deslumbramento à prova, como uma pancada. Tive que parar a leitura por um tempo.

Por fim, decidi encarar a grandeza dessa obra tão inteligente em sua simplicidade, e fui fisgado até o fim.

É daqueles grandes livros que depois de ler, você olha para ele na estante e sente que está vivo.
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art ð³ï¸ââ§ï¸ 22/04/2021

Abraço de vó
O livro é Brasil do início ao fim. Nossos povos, culturas, cenários e problemáticas. É tão leve e verdadeiro que dá quentinho no coração.
Igual abraço de vó ??
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Rosa Maria 31/12/2020

Pureza
Terminando o ano com uma dose imensa de doçura na alma.
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