Apocalipse segundo Fausto

Apocalipse segundo Fausto Marcos DeBrito




Resenhas - Apocalipse segundo Fausto


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Fabio Pedreira 23/09/2020

Narrativa de primeira
Fausto é um ator conhecido por passar anos interpretando o papel de Jesus. As pessoas o respeitam e muitas vezes até passam do limite, considerando-o o próprio, e acabam pedindo bênçãos, ajuda e outras coisas mais.⁣

No geral Fausto sabe como despistar esse tipo de comportamento. O problema é que certo dia, a peça que está fazendo acaba sendo interrompida por uma tempestade incomum, bem no meio da crucificação de Cristo. Ou seja, a peça não continuou e Cristo nunca ressuscitou.⁣

Daí em diante é só ladeira abaixo para Fausto. Sonhos com o próprio Diabo começam a acontecer, trombetas começam a ser escutadas e o pior... algo muito semelhante a chifres começam a nascer.⁣

Apocalipse Segundo Fausto é uma obra escrita pelo Marcos DeBrito que vai fazer você questionar e debater bastante sobre as hipocrisias religiosas e dos que se dizem "fieis" mas que estão dispostos a tacar pedra na primeira oportunidade.⁣

Os diálogos do livro são muito inteligentes, pra mim é o maior ponto forte dele, principalmente entre Fausto e sua Psicóloga, e também no debate entre um cientista, um padre e um filósofo.⁣

O livro é curto, você pode ler rápido, mas não recomendo. Acredito que ele deva ser digerido aos poucos, para você poder pensar sobre tudo que está sendo dito ali e as críticas que estão sendo feitas.⁣

A única coisa que me incomodou um pouco, foi que achei um pouco exagerado a adoração que Fausto recebe por parte do público. Sei que existem pessoas que não conseguem distinguir que o ator está ali apenas representando, mas ficou parecendo que isso acontece com o país inteiro. Mas, não foi nada que atrapalhasse a leitura.⁣

A edição da Coerência está impecável, com ilustrações, capa dura, corte avermelhado e diagramação digna. Vale a pena ler com certeza.⁣

Então é isso. Convido você para participar do apocalipse junto com Fausto e descobri se vice vai pro céu ou pra outro canto. Até.⁣

Para quem gostou também de: A divina comédia, Macário.
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Vitor.Abdala 07/08/2020

Terror apocalíptico bíblico com a marca de DeBrito
APOCALIPSE SEGUNDO FAUSTO é o quinto romance de Marcos DeBrito e o primeiro publicado pela Editora Coerência (em uma edição de capa dura que lembra muito o trabalho gráfico dos livros da DarkSide Books, que claramente serviu de inspiração pra editora nessa obra).
O rebuscado estilo de escrita permanece mas, desta vez, DeBrito entra no território do terror apocalíptico bíblico, com a participação coadjuvante do demônio, tema e personagem que o ficcionista ainda não tinha abordado em seus livros solos anteriores.
Fausto é um ator cujo único papel de sucesso é o de Jesus Cristo, que ele vem representando há alguns anos na cidade cênica de Nova Jerusalém, no Nordeste brasileiro. Não raro é confundido com o próprio Messias por fanáticos religiosos que não conseguem apartá-lo do personagem que ele representa nas apresentações teatrais pascoais.
Mas, desta vez, tudo começa a dar errado quando uma tempestade interrompe a apresentação da Paixão de Cristo, antes que o filho de Deus possa ressuscitar.
O sinal de mau agouro é seguido por pesadelos envolvendo conversas com Satanás e visões dos portões do inferno, além de transformações nada auspiciosas em seu corpo e a percepção de um som alto e metálico que só ele ouve.
Fausto começa a viver um inferno pessoal, enquanto um evento cósmico ameaça a existência da humanidade.
Permeada por citações bíblicas, a curta narrativa apresenta as tribulações vividas por Fausto, um pobre ator, que não sabe se é bom, se é mau ou se quer apenas se apresentar no Teatro Municipal. Mais um bom trabalho de DeBrito, que já nos brindou com o excelente O Escravo de Capela.
Muito recomendável para quem curte um terror apocalíptico (sem zumbis) ou simplesmente é um fã de terror.
Denise 07/08/2020minha estante
Incrível resenha,com certeza me deu vontade de ler.




Quecia Fonseca 22/09/2020

Nem preciso dizer que só essa premissa me interessou, né?
A escrita do Marcos é incrível. Ele conseguiu deixar o livro com um aspecto de ter sido escrito há muito tempo com uma informalidade fenomenal.
Um ponto positivo é a forma sutil que o autor desenvolveu o personagem principal. Todas as ações foram condizentes e realistas, eu me senti realmente na pele dele em alguns momentos.

Todas as informações científicas/religiosas aqui são muito bem pensadas. Teve um debate ciência X religião que eu simplesmente não conseguia parar de ler, encheu minha cabeça de pensamentos reflexivos e filosóficos.

Entretanto, o final do livro é previsível mas mesmo assim eu amei a forma como o autor conduziu tudo. Realmente, é um livro que cumpre o que promete, além de te fazer refletir sobre vários pontos da vida.

Recomendo bastante, é um ótimo livro! 💙
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@livrosdeanna 10/09/2020

Resenha: livros de anna
Bom primeiro vamos ao titulo, Fausto que é baseado na obra de Goethe, onde o personagem Fausto vende sua alma ao diabo chamado Mefistófeles.
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Agora o Fausto desse livro é um ator de cinemas e teatros que é famoso por interpretar Jesus. Numa apresentação da Paixão de Cristo Fausto não consegue terminar sua apresentação por causa de uma forte tempestade e assim o teatro acaba na hora que Cristo morre não dando tempo da ressurreição. É isso acontece justamente na época em que Fausto completa 33 anos (idade que Cristo morre).
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Como se já não bastasse começam a surgir chifres em sua cabeça, e as pessoas que estavam acostumadas a ver Fausto interpretando Jesus ficam muito chocadas e acabam por acusá-lo de ser o Anticristo.
Quero só salientar da população em que Fausto vive, uma população com pessoas fanáticas por religião, e que realmente achavam que Fausto era o filho de Deus, e pediam benções e milagres para ele.
Detalhe que na Bíblia o anticristo vem como um falso profeta exatamente como começa a acontecer com ele.
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Um livro com capítulos custos e que você simplesmente devora. Os diálogos e discussões que o livro traz são enormes. Até onde vai o fanatismo e alienação religiosa? As pessoas podem e cometem atrocidades por causa da religião.
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Os capítulos se intercalam com Fausto tendo pesadelos terríveis com o maligno e sua vida aterrorizada por causa de seus chifres e do julgamento das pessoas.
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Gostei muito das partes da psicóloga de Fausto tentando trazer ele para a realidade procurando explicações racionais para tudo o que estava acontecendo.
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Um livro muita mais profundo e intenso que um simples livro de terror e suspense.
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Fausto se entregará ou não ao maligno?
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Soliguetti 04/03/2022

Narrativa e enredo de qualidade
Junte a narrativa cuidadosa de Marcos DeBrito com um enredo que te faz prender a respiração a cada cena e você terá o "Apocalipse Segundo Fausto". O livro não decepciona e, muito mais que retratar um apocalipse (histórias assim têm aos montes), convida o leitor a adentrar a psique do protagonista, Fausto, e vivenciar todos os seus conflitos. O desfecho foi surpreendente e melhorou ainda mais a minha percepção sobre o livro como um todo. Vale a pena!
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Talita.Chahine @cutucandoahistoria 26/08/2020

Perturbador
O autor explora com maestria a idolatria dos seres humanos, e o quanto o medo cega as pessoas.
Vamos acompanhar Fausto Macario um ator que sempre interpretou Jesus, mas acaba sendo interrompido durante a encenação de A Paixão de Cristo e não consegue interpretar o Calvário e a Ressurreição, aliado a isso ele começa a ter pesadelos com Mefisto.
Catástrofes ambientais começam a acontecer, e os fies cegos e com medo do julgamento final comentem uma atrocidade.
Tudo é narrado por Fausto, e acompanhar o a loucura do personagem só deixou a história ainda mais incrível.
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Fábbio @omeninoquele 10/10/2020

Espetacular!
#OMeninoResenhando
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❝As ovelhas só seguem um pastor por não saberem que estão indo para o abate. Acreditar em um princípio falso é o início de toda a ignorância.❞
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Fausto Macário é um ator conhecido por interpretar seu único papel como Jesus na peça teatral Paixão de Cristo e quando numa apresentação a peça é interrompida antes do fim por eventos climáticos o ator passa a vivenciar coisas estranhas alheias à realidade, que o perturbam dia a dia e o faz ir à terapia.
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Carregar o peso de um único papel, bem simbólico como esse de interpretar Jesus é o que o leitor pensa de início que deva ser a grande aflição do personagem, mas a medida que adentramos na narrativa, percebemos que as circunstâncias dele estar vivenciando isso são outras. O fim do mundo esta cada vez mais próximo, quando sons atordoantes vem do céu anunciando o prenúncio do Apocalipse e quando chifres saem de sua testa e sonhos constantes com o Diabo, o povo que tanto venerava-o como um possível Messias pode passar a enxergá-lo como o Anticristo.
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Preciso dizer que a narrativa sob a perspectiva do Fausto deixa o livro ainda mais intrigante e junto à escrita primorosa e super fluída do Debrito, esse livro já se tornou um dos favoritos do ano.
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É legal acompanhar também, quando os sons no céu começam a acontecer anunciando o Apocalipse, a movimentação entre os dois ramos que divergem entre si, a Ciência e a Religião em busca de uma explicação para esse acontecimento. E é maravilhoso acompanhar também o quanto a mídia está presente na vida das pessoas e pode ser aquela que vai julgar quem é culpado e quem é inocente, muito arbitrariamente, por sinal.
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É impossível não ver na jornada de Fausto pelos mistérios da existência humana o quão fadados estamos à nossa existência pautada ao fato de ser-mos ou não salvo no fim dos dias, e que estamos juntos nessa mesma jornada que se reflete na angústia de querer praticar o bem e o mal que é tão intrínseca do ser humano.
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Eu senti muito pesar pelo que Fausto estava passando naquele momento e inclusive achava que o que ele vivenciava era uma fase de autoconhecimento bastante brutal que mudaria sua vida profundamente e foi isso, essa curiosidade de entender sua jornada, que fez com que página a página eu ficasse aflito por explicações.
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Esse livro está numa edição belíssima que por sinal contribui muito para a ótima experiência do leitor, como foi a minha. Esse não é apenas mais um livro de terror, é um livro que toca sobre um assunto que estamos bem acostumados a ouvir, o Apocalipse e o fim dos tempos, e que põe em pauta uma reflexão poderosa sobre o cristianismo bem como as inflexões da sociedade moderna e o pêndulo moral que nos aflige diariamente e é por isso que curti tanto a leitura e recomendo demais que vocês conheçam.
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#ApocalipseSegundoFausto #MarcosDebrito #EditoraCoerencia

site: https://www.instagram.com/p/CGI0HJ9DxY-/
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Clauclau/Eu leio sim e daí 09/11/2021

O horror nos meandros apocalípticos
Nesta obra o autor Marcos DeBrito mostra para os leitores a sua diversidade na hora da escrita, aqui ele sai do ambiente de terror bem conhecido, que é sua marca, para entrar em um ambiente um tanto diferente, o horror nos meandros apocalípticos, sem deixar de lado o escárnio depositado em certos personagens.
O fanatismo cobra com mão pesada, caso seu alvo, não for exatamente aquilo que imaginavam.
Uma leitura densa, questionadora, desconfortante que pontua de forma incisiva o endeusamento de certas figuras, o fanatismo religioso (por vezes induzidos por situações), a vaidade imposta pela sociedade atrelada ao fim dos tempos com suas trombetas ensurdecedoras. Este livro irá te prender, assim como me prendeu!
Estamos em frente ao inicio do fim!

Gosto muito da escrita do Marcos DeBrito, a cada trabalho concluído identificamos como sua pesquisa foi intensa e cuidadosa, e com este livro não foi diferente.
Um enredo vigoroso e forte, colocando a batalha de egos entre ciência e religião, ou melhor, o satânico e o sagrado em pauta. O fanatismo religioso e o glamour que conduz os assediados. Neste livro veremos que a ira de um povo, chega com a mesma proporção que sua veneração cega e doentia. Que as mãos que acariciam podem machucar com o mesmo furor, e que por trás da despretensão se esconde a vaidade silenciosa.
Resenha na íntegra no blog.


site: https://www.euleiosimedai.com.br/post/apocalipse-segundo-fausto
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Yuri93 27/04/2023

Razão vs Crença
Senhoras e senhores, que livro FABULOSO!

O Marcos deBrito mostra um conhecimento ímpar da língua portuguesa, esse livro é quase uma escultura, um trabalho de artesanato. Além da ótima escrita, as referências presentes demonstram um domínio enorme em relação aos temas abordados.

O livro tem uma ótima premissa, um excepcional desenvolvimento e trabalha muito bem a dualidade entre o que pode ser loucura do personagem, ou de fato realidade.

Impossível não traçar um paralelo entre o que fora escrito e o mundo em que vivemos.

?O espetáculo da podridão era o verdadeiro indício do fim dos tempos?
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@injoyce_ 16/08/2020

Apocalipse segundo Fausto
Fausto é um ator famoso, que interpreta Jesus nas peças da paixão de Cristo.
O ator é tão parecido com Jesus Cristo, que existem pessoas que o seguem fielmente, até o apocalipse começar.
Apocalipse segundo Fausto é um livro sensacional, dei risadas em alguns momentos e fiquei chocada em outros.
O livro só retrata a realidade e mostra como o ser humano é podre e idolatra qualquer coisa.
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Guil 26/09/2024

Apenas uma observação
Adoro livros nos quais a verdadeira face do ser humano aflora descaradamente por motivos alheios à sua vontade, deixando a mostra auilo que tenta mantes muito bem escondido dembaixo de uma grossa camada de cinismo e hipocrisia.
Para completar, ainda tem as várias relexões levantadas pelas questões religiosas abordadas no livro.
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Kamilla Gabriela 07/07/2022

Que obra prima! Diferente de tudo que já li, um livro de terror de primeira.

Críticas ao fanatismo religioso e a alienação em massa. Repleto de diálogos inteligentes, principalmente os que giram em torno da ciência e da religião, do profano e do sagrado. E é exatamente esse o objetivo do livro. Não espere encontrar descrições detalhadas de catástrofes por se tratar do apocalipse. Apocalipse segundo Fausto é muito mais do que isso: é uma imersão na mente do protagonista, que inclusive, é muito bem construído.

Com uma ambientação maravilhosa, personagens excêntricos, e temas questionadores, é um livro que vai te prender até a última página.

Apocalipse segundo Fausto foi finalista do prêmio Jabuti.
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Guido Alexandre - @lendocomotempo 14/12/2020

Em Apocalipse segundo Fausto, vamos acompanhar Fausto Macário, um ator que tem sua fama por interpretar Jesus Cristo já há alguns anos em Nova Jerusalém no espetáculo da Paixão de Cristo.

Durante uma tempestade, Fausto é impedido de dar continuidade na apresentação da peça bem na hora que Jesus morre, fazendo com que não haja a cena da ressurreição.

Fausto estava com 33 anos, justamente a idade da morte de Jesus. Depois desse dia ele começa a sonhar com o diabo e começam a nascer uma espécie de chifres em sua testa, deixando as pessoas confusas, acusando-o de ser o falso profeta.

Um livro que aborda temas pouco discutidos como a religião de uma forma brilhante e crua. O Marcos mais uma vez consegue nos surpreender em suas histórias.

Confesso que não é um livro de fácil digestão, mas para quem gosta de um bom terror vai se deliciar nessas páginas.

Não posso deixar de falar do trabalho gráfico dele, uma verdadeira edição de colecionador, ele já se tornou um dos livros mais bonitos que tenho na estante. A editora Coerência está de parabéns.
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@sentiroslivros 22/11/2020

Um livro sobre intolerância
Em Apocalipse Segundo Fausto acompanhamos a trajetória de Fausto, um ator que tem como único papel notável em sua vida o de Jesus de Nazaré que interpreta em uma das Via Sacras mais importantes do país, mas nesse ano em que o ator completa 33 anos (idade em que Cristo morreu) a apresentação é interrompida no momento da crucificação, sendo impossibilitada de conclusão e com isso o ele começa a acreditar que está diante da morte, sonha com o demônio mostrando-lhe que ele é o próprio Anticristo e que irá para o inferno antes do que imagina. Isso, paralelo à barulhos de trombetas seguidos de terremotos, vemos que não está só em acreditar que a versão bíblica do fim do mundo está prestes a acontecer. E ainda, ligado ao que Fausto internaliza com os sonhos, nascem chifres em sua testa, nos apontando se a Besta não está mesmo certa. 

Um livro que fala muito sobre a intolerância cristã, já que durante toda a narrativa ele é confundido com o próprio Nazareno, sendo incapaz, mesmo que por vaidade, de se negar a dar bênçãos ou fazer orações, ficando a cargo do leitor concluir se Fausto procura a fama de ser o Messias ou se é algo imposto pelos religiosos mais alienados.
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