Suzanie 24/07/2021Os Seis Meses em que Fui HomemQuando resolvi ler esse livro, imaginava uma outra coisa. Acho que uma análise mais compartimentada. Mas não é, pois a autora lança mão de uma pesquisa de campo, de análise sociológica e histórica, mas principalmente da psicanálise, que foi o que mais me impressionou, talvez por eu conhecer muito pouco.
Mais para o final do livro consegui compreender melhor onde todas essas linhas vinham dar. O livro fez mais sentido.
(?) Podemos, pois, começar a inferir que a identificação sexual que se processa na espécie humana varia muito de cultura para cultura. Ela não é natural, mas produzida, fabricada, de acordo com a relação que essa cultura precisa ter com a sua forma de sobrevivência.
(?) Dessa forma, vemos por que só o desejo tem força suficiente para transformar a história que foi feita pela sublimação, que serve ao poder, e só a entrada do desejo na história e na cultura é capaz de reunificar os instintos em briga inconsciente entre si. Assim e só assim a vida humana poderia não ser baseada na repressão, e, portanto, não se destruir.
Gostei, mas sinto que uma releitura me traria maior compreensão.