Sil 19/03/2019
Recomendo.
Sumida há um tempo do blog, nada melhor do que retornar com uma resenha de livro policial não é mesmo? O escolhido da vez foi o A herdeira, do autor norte americano Sidney Sheldon. Depois de ter ficado encantada com a escrita do mesmo em 2015 com o livro O outro lado da meia noite (inserir link da resenha), demorei quatro anos para pegar novamente algum livro do autor, e esperava me apaixonar ainda mais. Infelizmente não foi o caso, porém confesso que o livro também não deixou tanto a desejar. Confuso? É, eu sou haha
Elizabeth Roffe recentemente perdeu seu pai de forma trágica em uma escalada nas montanhas de Chamonix, na França. Ela estava em casa tranquilamente quando recebeu a terrível noticia de sua morte. Agora, sozinha no mundo, Elizabeth precisa aprender a dirigir o maior conglomerado farmacêutico do mundo! Elizabeth estranha o fato de seu pai ter morrido daquela forma, afinal, ele era um excelente alpinista. Somado ao fato de que os freios do seu carro acabam de falhar misteriosamente enquanto ela desce uma ribanceira, ela começa a achar que algo muito estranho pode estar acontecendo.
A história da família é triste, porém muito bonita. Samuel Roffe, o fundador da empresa era um morador (no livro está mais para prisioneiro), de uma espécie de assentamento de moradores pobres que se apaixona pela filha do médico local. Samuel precisa provar para o pai da moça que é digno dela e que conseguirá manter o seu padrão de vida, para que possa se casar com ela. Com isso Samuel decide que vai descobrir a cura de uma doença que está afligindo todos os moradores locais. Como já é típico do autor, essa parte é muito bem escrita e detalhada, e você logo toma o partido do jovem Samuel, que tem grande êxito em sua busca e se torna dono da maior indústria farmacêutica do mundo. Samuel coloca seus filhos para cuidar de uma filial em cada parte do mundo, e decide que para que a empresa possa um dia ser vendida, todos os membros da família devem estar de acordo e assinar a venda. Dessa forma, garantirá que a empresa fique nas mãos da familia por muitos anos, uma sábia decisão, que a longo prazo pode ter um efeito terrível para a todos.
E que comecem os jogos, hahaha
Este é um livro muito divertido! O autor tem a incrível habilidade de te envolver e jogar dentro daquela poça de sujeira e treta que é a família Roffe. Porém confesso que descobri facil facil quem era a pessoa que estava criando os problemas para a Roffe e Filhos. O autor ainda estava pegando o jeito de enganar o leitor, ou eu que estou ficando mais esperta para esse tipo de livro? Fica a questão haha. Foi esse o ponto que me deixou um pouco triste durante a leitura, eu imaginava ser novamente enganada pelo autor, como fui no primeiro livro, mas isso não aconteceu.
Para quem assim como eu for ler A herdeira nos dias atuais, irá perceber algumas coisas que podem encomodar, uma delas é que o autor descreve deliberadamente sobre o teste de fármacos em diversos animais, chegando a causar repulsa durante a leitura. Considerando-se que o livro foi escrito em 1977 (segundo a Wikipédia, então pode confiar okay? Haha), podemos dizer que está tudo dentro da normalidade, apesar dessa prática ser repudiada atualmente por muitas pessoas que lutam pela causa animal, e inclusive por minzinha aqui que escreve a vocês. Acredito que conseguimos formas mais inteligentes de testar produtos sem ter que machucar outro ser vivo. Li há uns dois anos que iam fazer um transplante de cabeça em um ser humano. Tá entendendo isso? Transplantar uma cabeça! Então não dá pra ficar fingindo que não existem outras formas de fazer as coisas (Hey! Que tal repensar a mamografia? Amassar peitinhos na chapa definitivamente não é o caminho da evolução! rsrs).
Abraços.
site: www.revelandosentimentos.com.br