Fabio Shiva 18/11/2013
escritor pintor
Simenon é um escritor pintor. Bastam duas pinceladas para ele completar seu quadro romance. Com o primeiro golpe de tinta, vigoroso, ele faz um vívido retrato. E com a segunda mão, bem mais sutil, ele faz a sugestão...
O resultado é de um esplêndido efeito dramático, como qualquer leitor das aventuras do comissário Maigret sabe muito bem. O que é difícil é justamente precisar onde reside o fascínio da leitura, que à primeira vista parece tão simples.
É que com Simenon o romance policial adquire profundidades insuspeitadas. Pois Maigret, à semelhança dos maiores filósofos, está à procura da essência do homem.
E é por isso que lhe causa tanta estranheza investigar um crime que envolve tantos milionários e o universo dos VIPs. É custoso para Maigret compreender aquelas pessoas e suas motivações. Essa é a primeira pincelada, o retrato.
E então vem o toque do artista, presente na sutil sugestão que vai surgindo à medida que o comissário começa a enxergar melhor o cenário, que tanto o homem pobre quanto o rico têm em comum o fato de cada um construir a sua própria prisão.
Muito bom!
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