Karol481 09/12/2022
Não façam catfish, tenham empatia ?
Eu demorei bastante pra me conectar (perdão pelo trocadilho infame) com esse livro. Passei muitas páginas sentindo ranço da Raíssa porque catfish é uma das coisas que eu mais odeio no mundo, e sinceramente, não sei se no lugar da Ayla eu teria perdoado e continuado com ela, talvez só perdoado e seguido minha vida mas provavelmente nunca mais iria querer ver a pessoa na vida. Dito isso, acho importante pontuar que as duas são adolescentes, ou seja, estão na fase de fazer cagada e eu sei bem como estar no armário e com medo de não ser aceita por ninguém, medo de não se aceitar é a coisa mais dolorosa do mundo, pode literalmente acabar com a gente, então só depois que consegui enxergar isso, aí sim consegui sentir mais empatia pela Raíssa e gostar um pouco mais da história.
Pessoas são imperfeitas, adolescentes mais ainda e ser LGBTQIAP+ nunca vai ser fácil em lugar algum do mundo mas sempre temos que ter em mente que existem consequências para os nossos atos, e diferente do final do livro, muitas vezes o resultado de uma atitude como a da Raíssa, não é positivo.