Sabrina 01/03/2022
A queda da dinastia Romanov
Brilhantemente escrito pelo historiador Robert K. Massie o livro apresenta uma escrita fluída, de fácil entendimento e com uma linguagem acessível até para os que não conhecem os fatos que suscitaram na queda do Imperador russo Nicolau II.
É preciso ressaltar aqui que o autor vai além das circunstâncias políticas, mas faz um relato fiel da vida pessoal do imperador, da Imperatriz e de seus cinco filhos.
Uma breve relato de como era a Rússia sobre o reinado de seu pai, Alexandre III que governou até 1894, quando adoece e morre.
Nesse momento, Nicolau II com seus 23 anos, prestes a se casar com Alix de Hesse - Darmstadt se vê diante do trono do império.
Com pouquíssima experiência, e ainda abalado pela morte precoce de seu pai, ele se casa com a agora Alexandra Feodorovna e juntos assumem o trono russo.
Alexandra, filha de mãe inglesa e pai alemão, foi criada por sua avó, a rainha vitória da Inglaterra.
Tímida e pouco sociável, ela começa a sofrer com o desprezo do povo russo por ser alemã.
Insinuações de que ela era inimiga da Rússia e amiga dos alemães foram surgindo ao longo de seu reinado.
Principalmente, quando ela se aproxima de Rasputin.
Uma série de ocorrências fortaleceram o sentimento revolucionário de 1917.
Aos poucos, talvez pela pouca experiência de Nicolau, pela intromissão da Imperatriz nos assuntos do governo, por sua aproximação ao monge Rasputin que interferia diretamente nos assuntos do czar, por causa da primeira guerra mundial que estourou em 1914 e ceifou a vida de milhares de soldados, enquanto a civis morriam de fome na capital e nos campos.
E impossível dizer que apenas um fato isolado tenha arruinado o reinado Romanov.
Para além da revolução e da guerra, é possível ver que Nicolau e Alexandra eram um casal extremamente unido, mesmo após mais de vinte anos de casados, ainda trocavam juras de amor, se aconselhavam e se amavam como dois jovens adolescentes.
A hemofilia de seu herdeiro, abalou o reinado de Nicolau, o garoto que se machucava constantemente e sangrava quase até a morte, dava gritos dia e noite de dor no palácio, o que acabou desestabilizando Alexandra e Nicolau, que recorriam a Rasputin.
Por algum motivo ainda pouco revelado pelos historiadores, quando Rasputin entrava em seu quarto, Alexei parava de sangrar. Isso de fato é um mistério, para a ciência e para a história.
Se aproximando do fim, conhecemos a figura central, mas não única da revolução, o Bolchevique Vladimir Lênin.
E nos momentos finais, a angústia e sofrimento do Imperador e sua família no cativeiro onde foram brutalmente assassinados.