Chantilly

Chantilly Mare Soares




Resenhas - Chantilly


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Juliana Tomazoni 24/06/2011

Mistério e suspense na medida certa.
A idéia central do livro é bem interessante: algo supostamente ligado a uma vacina geneticamente modificada fez com que a população de Chantilly perdesse todas as suas memórias, acabando por dizimá-la.

A única sobrevivente, Catherine de Aragon, escreveu um diário dez anos antes da data em que a história se passa, antes que suas memórias fossem completamente apagadas.

O diário é encontrado por um historiador, Ethan, que resolve desvendar este mistério.

No caminho de suas investigações, ele passa a ser ajudado por Leon, um alcoólatra boa praça e por Anabelle/Louise, uma mulher misteriosa e cheia de segredos.

As investigações não conseguem avançar, sempre que eles estão no caminho certo para desvendar o mistério, algo acontece que os faz voltar a estaca zero.

Mare Soares nos conta que escreveu o livro pensando em um roteiro de filme. E o livro daria mesmo um bom filme, com mistério e suspense na medida certa.

O livro tem poucas páginas, mas não é curto, narra o suficiente para que o leitor fique curioso para ler os outros livros desta que promete ser uma ótima trilogia.

E que venha Copenhague!
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Marezinha 26/06/2011minha estante
Ahh, que maneiro que vc acha que daria um bom filme! *-*
hahaha, quem sabe um dia? :DD




Carol Mancini 18/07/2011

Autora: Mare Soares
Capa: Mare Soares e Guilherme Lima
Revisão: Bianca Briones
Editoração Eletrônica: Junia Camarinha


Certos títulos são verdadeiros enigmas a respeito da obra, oferecendo pistas sutis ao mesmo tempo que nos confundem. Assim, antes de apropriamento dito "resenhar" a obra, gostaria de dividir com vocês algumas opiniões e sensações.
"Chantilly", tem um certo ar moderno, aquele típico despojado cheio de estilo e aprofundado em vertentes alternativas. O título somado a capa me lembrou o filme "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain", onde eu ressaltaria as qualidades graça e engenhosidade, junto a uma visão poética e crítica. O bom é que estava certa. "Chantilly" é um livro com todas essas características.

A arte da capa é muito simples e criativa, ela brinca com o próprio nome já que na história não há nenhuma menção ao creme de fato.
Apesar de particularmente não gostar de personagens que se auto-descrevem, o que se encontra nas primeiras páginas do livro, resolvi não me ater em um julgamento nesse início visto ao próprio título do primeiro capitulo: "Chantilly, 17 de outubro de 2020" que muito me intrigou. A história se passa em um futuro próximo, inicialmente, na cidade de mesmo nome na França, e depois segue para outras regiões como Paris e Madri.
O clima. Se existe algo marcante nessa história é a atmosfera que Mare Soares cria. Decadência, grandes vazios pessoais e sociais. Os personagens contribuem com seus atos falhos, seus desvios de personalidade e inseguranças. Não há um personagem que se assemelhe ao outro. Eles são únicos e suas características são fortemente ressaltadas nas suas atitudes e na visão que um faz do outro. Esse tipo de criação é muito interessante pois não é a visão unilateral da autora, e sim intermediada diante a postura do personagem perante os demais, o que os enriquece.
Um mistério é o ponto de nascimento do enredo, mas não é um conto policial, mesmo possuindo investigação, homicídio, pistas que se revelam, todo tipo de interesses - dos egoístas ao humanitários - e segredos, o livro vai além. "Chantilly" esta muito próximo do convívio humano, os protagonistas amadurecem, aprendem, se emocionam o que enriquece a trama.
Não há segredos na diagramação, as páginas são brancas, mas com qualidade. Já a revisão esta de parabéns, o que faz uma grande diferença pois muitos de nós já lemos livros de autores renomados saindo por grandes editoras onde a revisão parece não existir. O que acontece aqui é uma obra feita com esforço particular e que se sobressai às outras que envolvem muito lucro e vários exemplares.
A linguagem da autora é peculiar e possui uma velocidade muito boa, com curvas de esperteza e bela forma somadas a acontecimentos rápidos e sem enrolação. Cabe ressaltar que a história mesmo sendo repleta de personagens e locais que beiram o caótico, a obra esta muito equilibrada. Não há excessos em nenhum momento por conta da autora, tudo é feito com delicadeza, mesmo nas situações de maior tensão ela transmite o ocorrido que emociona e choca sem a necessidade de abusos.

"Chantilly" é o primeiro livro de uma trilogia que parece ter muito a oferecer. Um livro super envolvente e instigador, sem sombra de dúvida. Está na lista dos "super recomendados" para qualquer público que goste de se surpreender.

Acesse também o site da autora: maresoares.com.br onde se pode ler o primeiro capítulo
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Vanesa :) 04/04/2011

Me surpreendeu!
A capa é linda, consequentemente pensei que fosse uma história bonitinha e fofinha, sei lá... sobre principes e princesas (?), talvez pelo castelo. Mas.. aí vem à tona toda aquela história de investigações, segredos, mortes.. ameeei! Confesso que é o tipo de história que mais amo! *-*
Enfim.. o livro trata do renomeado cientista Ethan, com cara de nerd e anti-social (nada pessoal), que encontrou o diário de Catherine Aragon escrito há 10 anos e está tentando descobrir o que aconteceu na pequena cidade francesa, Chantilly. Catherine escreve o diário na tentativa de não perder suas lembranças, tipo.. ela escreve quem ela é, pra não esquecer o seu nome! as pessoas tem medo de ir ao médico, pra ver se conseguem resolver esse problema, e se esquecerem como voltar pra casa! muito louco. Nessa investigação Ethan tem a "ajuda" de Leon, que me lembrou muito o Jonny Deep, engraçado, bêbado, safado! que também viveu numa cidade perto de Chatilly, e também não lembra muito bem o que aconteceu na cidade naquela época. Nessa narrativa, entra a bela e misteriosa Anabelle (ameei esse nome :) que descobriremos sua verdadeira identidade no decorrer do livro.
Quanto mais eles começam a desvendar o mistério de Chantilly, que depois desses 10 anos, se tornou uma cidade do crime, mais mortes há!
Cara, esse livro me surpreendeu muito! nunca imaginei que seria assim, foi muito melhor do que eu imagina. O tempo em que se passa o livro é no futuro 2030, mas eu particularmente, não vi nenhuma mudança com o nosso atual tempo. O livro também é beeem pequeno, rápido e fácil de ler, a Mare não enrola muito e ao direto ao ponto. Mas mesmo assim achei que foi pouco, realmente o imaginei mais como um roteiro de um filme. E por último.. o final ficou um ar.. porque a história ainda não terminou! Que venha Copenhague!

PS: Adorei o Making of do livro ;)
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Nadz 26/10/2011minha estante
Me deixou super curiosa para ler este livro!Boa resenha!


Vanesa :) 26/10/2011minha estante
Brigada Nadz *-*




Endry 21/11/2011

Este é o primeiro livro da autora brasileira Mare Soares, além de ser o primeiro de uma trilogia (os próximos serão: "Copenhague" e "Champagne"). Bom, vou começar esta resenha comentando sobre a falta de estímulo para leitura de novos autores do cenário brasileiro. Realmente, se não fosse pelo blog, por eu estar sempre acompanhando as novidades, acredito que não conheceria esta autora super criativa e este livro maravilhoso. É preciso valorizar mais a literatura brasileira atual! Até porque a qualidade de nossos livros está muito boa! Está na hora de deixar os preconceitos de lado e dar uma chance aos novos autores.
Posso dizer que me surpreendi com este livro. Fazia tempo que namorava este livro... Um certo dia, vejo um tweet da Mare e me jogo! Era uma possibilidade de parceria. A Mare, super querida, aceitou e logo em seguida recebi o livro. A imagem da capa do livro é linda, apesar de ficar devendo em alguns quesitos. Só que estes meros detalhes nem fazem tanta diferença depois do livro lido. Mare conseguiu prender a atenção, ter uma leitura que flui, que emociona. Senti falta de um pouco mais de detalhes em uma parte importante do livro (onde aparece Ethan), mas volto a repetir, nada consegue retirar o brilho desta história. Ela foi curtinha, ao passo, que estou morrendo de curiosidade para ler o próximo! (Mare, apressa aí, hihi). Ethan é incrível, com seu jeito intelectual, observador. Leon é tão "fora da casinha" que chega a ser uma graça. Anabelle me surpreendeu muito... Não esperava nem a primeira, nem a segunda reviravolta. Foi incrível mesmo. Recomendo a todos que curtem suspense, leitura leve e envolvente! Não deixem de prestigiar o site do livro e ler o primeiro capítulo ;)
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Janaina Rico 25/02/2011

Chantilly, de Mare Soares
O livro é perfeito para os apaixonados por suspense. É uma daquelas tramas que faz a gente prender o fôlego e não largar o livro até chegar na última página. Trata da história de Catherine Aragon, que misteriosamente perdeu a memória. E um cientista, Ethan Stuart, resolve ajudá-la. Para isso conta com outro desmemoriado, Leon Saiter.
Mare Soares construiu um enredo muito bem amarradinho. Chantilly é a primeira parte, e quando chegamos ao fim dá aquela vontade desesperada de já ter o próximo livro nas mãos, e saber o que é que acontece dali por diante. Mas ainda vou ter que esperar um pouquinho, já que ainda não foi lançado.

Leia mais em: http://www.janainarico.com.br/site3/pagina.php?idpagina=6
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Alícia 22/12/2011

06 de Novembro de 2010
Chantilly, nhac, é uma delicia né? E não é do comestível que eu estou falando, mas sim do primeiro livro da trilogia da Mare Soares: Chantilly. É o primeiro livro dela, é nacional e vai ser lançado de forma independente, isso mesmo. Esse livro tá na minha estante do skoob desde que eu criei ele, né… então eu fui falar com a Mare sobre parceria com o blog, para resenha. Ela não pode me mandar o livro impresso, mas me deu em pdf *-* (Sou acostumada a ler assim, né, então foi normal) e eu só digo uma coisa: *MATANDO A MARE POR ME DEIXAR NA CURIOSIDADE*

Como eu já disse, Chantilly é o primeiro livro da trilogia, lhe foi dado esse nome porque a cidade de Chantilly, na França, é a base para a historia do livro. E o segundo livro já está sendo escrito, seguindo a mesma linha do primeiro, vai se passar na cidade de Copenhague e terá o mesmo nome. O terceiro livro ainda não foi informado.

O livro começa com Catherine Aragon, uma habitante da cidade de Chantilly, escrevendo um diário-carta para não esquecer do que está acontecendo em sua cidade. Lá todos estam começando a perder suas memórias, pouco a pouco. A mãe do Leon, personagem que aparece mais na frente, chegou a um ponto de não reconhecer o filho. Sério. Bem, esse diário de Catherine acaba na mão de Ethan Stuart, um cientista, dez anos depois… imagine. E o mistério, conhecido no livro como: caso Chantilly, ainda não foi resolvido e agora a cidade é a rainha do crime.

Ethan começa a investigar o caso, trocando cartas com Catherine. E então surge Leon, um alcoolatra que viveu em Chantilly quando criança, ele está disposto a ajudar Ethan – principalmente quando o cientista lhe manda uma passagem para Paris e banca seu hotel. Enquanto Ethan trabalha, Leon enche a cara (sentiu a rima?). E é numa dessas visitas de bar que Leon conhece Annabelle – deixa eu falar logo: minha favorita, é. Ela é uma personagem e tanto, carismatica e misteriosa.

Eu só encontro uma palavra para descrever esse livro: maduro. Eu não sei explicar. A Mare escreve de uma forma, como se fosse somente para adultos. Tem aquele “quê” de filmes de mistério (e você acaba sabendo o porque disse making of que tem no livro), haha. Eu acho que tem essa essência madura no livro, por conter só personagens adultos. Não se trata de romances adolescente, nem mesmo de sobrenatural com a mocinha adolescente, o que é uma coisa muito interessante né? Mas também tem uma pitadinha de romance (eu adorei os personagens que se envolveram) e um dramazinho.

Sem contar que o final é surpreendente. Você fica (vulgo: eu fiquei): Mare Soares, cadê o resto? Como você ousa parar aqui? Me dá mais, me dá mais logo, eu quero. *Enlouquece* Hahahah, sério. Deu pra perceber o quanto eu amei esse livro, né? Recomendo muito-muito-muito Chantilly.
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11/03/2011

Suspense até o final!
Retratada no futuro, entre os anos de 2020 e 2035, Chantilly é uma história rápida e gostosa de ser lida. Ela descreve o drama da pequena cidade francesa homônima que, há algum tempo, passou a perder seus moradores, ao passo em que eles perdiam suas memórias. É nesse clima de desespero e de dúvida que Catherine Aragon, habitante de Chantilly, decide escrever um diário que, anos mais tarde, seria encontrado pelo pesquisador Ethan Stuart.
Reconhecido por suas pesquisas sobre Chantilly, Ethan é contatado por Leon, um bêbado boêmio que afirma ter vivido na cidade por algum tempo e acabou sendo, mesmo que em menor escala, afetado pela misteriosa doença que apagava as memórias dos moradores.

Leia mais em: http://onlythestrong-survive.blogspot.com/2011/03/resenha-chantilly-mare-soares.html
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Leitora Viciada 24/12/2011

O livro é uma publicação independente, o primeiro da jovem Mare Soares, projeto que será uma trilogia, sendo os próximos: Copenhague e Champagne.
Conheci a autora na Bienal do Rio, e me interessei bastante pela sinopse do livro. Adquiri o livro diretamente com ela numa super promoção.
A qualidade do livro é boa, apesar de não possuir uma editora, o material é de qualidade, a fonte tem um tamanho bom, a capa é bonita e quase não há falha na diagramação e revisão.

Gostaria de ressaltar que notei uma enorme diferença na escrita entre o início/meio e o final. A impressão que tive é que a autora escreveu 2/3 do livro primeiro e depois de um tempo o finalizou. Isso porque a parte final está muito mais madura e bem escrita.
As trocas de ponto de vista e narradores ocorrem a todo momento, às vezes em relatos, ou através de trocas de cartas. Em outros momentos, em terceira pessoa, dando uma visão mais ampla. Isso deixa o livro interessante.

Toda a história possui uma ambientação e narrativa noir, direta e rápida. Até imaginava as cenas com uma fotografia em preto-e-branco, o mistério pairando no ar e os locais urbanos decadentes x locais luxuosos e chiques. As personagens também contribuem para isso: uma espiã fatal, um cientista depressivo, um alcoólatra perdido, uma mulher doente. Sendo que os dois últimos sofrem do grande problema que assolou Chantilly: não conseguem se lembrar de grande parte da vida.

O ponto fraco está no fato de que a ótima premissa não foi tão bem aproveitada como poderia. Os cenários poderiam ter sido mais explicados, como a cidade devastada. Não entendia se o lugar estava em parte abandonado, se estava depredado ou em escombros... As personagens são excelentes, mas a autora peca em não se aprofundar mais. Poderia ter aperfeiçoado suas personalidades e motivações e explorado mais o lado sombrio de cada um. Faltou um pouco de drama, não para fazer chorar, apenas para criar uma tensão e cativar.

Por ser uma trilogia, compreendo que mais fatos surgirão. Mas achei que corremos através das páginas e ao terminarmos, não chegamos a lugar algum em relação ao tema central, ou seja: o mistério da cidade de Chantilly, o porquê dos moradores de lá terem perdido suas memórias progressivamente.
Acredito que não importa quantos livros uma série terá, cada volume deve ter um início, meio e fim, e no caso de haver uma continuação, um gancho que os interligue. A autora não soube criar esse sistema, criando um vazio e não uma vontade de desejo de continuação no leitor.

Acredito que a história funcionaria muito melhor se fosse adaptada para uma minissérie, tanto em quadrinhos (estilo Sin City) quanto para a televisão. Para um livro, falta alguma coisa. Mais detalhes ou maturidade, talvez. A autora é jovem e iniciante e teve uma ideia brilhante, porém não a aproveitou 100%.
No entanto, no final do livro nota-se um desenvolvimento fantástico e a autora surpreende com uma evolução na sua narrativa. Por isso acho que antes de publicar o livro ela deveria ter reescrito todo o início e o meio. Se todo ele fosse no estilo do final, seria um livro muito melhor. Tenho certeza de que ela seguirá essa linha e o segundo volume será bastante superior.
ThaGi 14/02/2013minha estante
Um dos piores livros que já tive na estante :(




Kel Costa 26/02/2011

A trama toda é tão misteriosa quanto a sinopse. O livro começa com as escritas de Catherine em um tipo de diário, onde ela conta as coisas estranhas que estão acontecendo na sua cidade: Chantilly. Parece que de repente as pessoas começaram a esquecer de algumas coisas e aos poucos o caos vai se espalhando, até que Catherine se vê desesperada. Ela sabe que está perdendo a memória e está ciente de que é uma das poucas pessoas na cidade que ainda estão vivas e lúcidas. Portanto, ela resolve fazer anotações no diário para que quando for lê-las, possa se lembrar.

Só que o tempo passa, nada é feito para solucionar a epidemia e com isso, Catherine cai no esquecimento, junto com toda a cidade de Chantilly. Dez anos depois, Ethan, o renomado cientista, envia uma carta para Catherine contando que encontrou em suas pesquisas, as anotações feitas pela mulher e se dispõe a ajudá-la a lembrar dos fatos e descobrir o que realmente ocasionou a epidemia.

Acesse para ler mais:
http://www.itcultura.com/2011/02/resenha-chantilly/
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@apilhadathay 07/02/2011

PARA SE RELER VÁRIAS VEZES!
"Um monte de por quês e nenhum porque."

Eu o li em duas noites e reli-o em um dia.
Chantilly é um suspense leve, gostoso, que não deixa de ser divertido e que tem um toque de romance na medida certa. Apreciamos, durante a leitura, a forma limpa e direta com que Mare narra os acontecimentos: o texto é impecável, muito bem escrito, a narração transcorre com a maior naturalidade e eu encontrei apenas uma ou duas palavras que colocaria de outra forma.

Bem ao estilo Agatha Christie, o livro nos mostra Catherine, Ethan, Leon e Anabelle envolvidos – cada um de uma forma – na investigação do seguinte mistério: porque a população de Chantilly, que fica 40 km ao norte de Paris, está perdendo as memórias e morrendo?

Será algum tipo de evento espiritual ou de comoção coletiva?
Será uma espécie de experimento secreto e bizarro de que ninguém foi avisado?
Será que, em algum ponto da história, já se previa que este evento aconteceria ali, não importa quem estivesse habitando a cidade, quando ocorresse?
Será que aquilo não está realmente acontecendo?

O livro é aberto pelos belíssimos versos de Luíz Cézar Marinho – e eu não poderia deixar de citar aqui os que me chamaram a atenção, mesmo porque tem muito a ver com o que captei da história:

"A vida não é feita de momentos, pois momentos vêm e vão.
A vida é feita de sequência, e cada ato vai ter uma reação." (p.7)

Conhecendo melhor os personagens...

CATHERINE, A DONA DO DIÁRIO
Somos apresentados ao problema que invadiu a cidade francesa de Chantilly por anotações no diário de Catherine Aragon, que fora abandonada pelo marido, supostamente por ser estéril. Imagino se sua condição não tem a ver com aquele mal coletivo do esquecimento - que fazia amigos, vizinhos e até parentes se esbarrarem na rua e não se reconhecerem?

Lendo a sinopse, você imagina que Catherine é a protagonista dessa história, mas não é. Ela registrou em um diário todas as memórias que pôde, quando percebeu que também começava a perdê-las. Um trecho que achei fantástico:

"O fato, leitor, é que olho pela janela e vejo ruas devastadas. A cidade inteira está assim, temo que futuramente a França deixe de existir. Não entendo o que poderá acontecer, gostaria que descobrissem a solução depressa. Gostaria que tivesse volta, gostaria que (...)
Eu não me lembro mais." (p.13)

Ela chegou a procurar ajuda do governo, mas eles desconversaram. Estariam envolvidos, diretamente o indiretamente? Como se não bastasse, as pessoas começaram a morrer e a cidade de Avilly também estava sendo afetada. Em determinada etapa, a bondosa Catherine percebeu que começava a lembrar de fatos através de sonhos.

ETHAN, O CERTINHO
Só dez anos depois (2030), quando Chantilly já se transformara numa cidade do crime, o diário de Catherine foi encontrado por um cientista e historiador inglês chamado Ethan Stuart. Foi aí que, estudando o caso, ele iniciou uma pretensiosa troca de cartas com a francesa e decidiu encontrá-la pessoalmente. A ideia de encontro cara a cara não foi bem recebida pela mulher porque o mal de Chantilly teria deixado nela uma marca física. Claro que isto só deixou o cientista mais curioso e ansioso por vê-la. Logo descobrimos de que se tratava e é realmente estranho.

Ethan é muito centrado, não perde o controle da situação. Todo arrumado, de jaleco, cabelo repartido e óculos de fundo de garrafa – do tipo que, segundo o espirituoso Leon, "não faz o tipo de ninguém e foi nerd na infância, apenas preocupado em estudar e decorar fórmulas de matemática". O cientista era um homem mais reservado desde a morte de sua esposa, que partiu desse mundo logo depois de encontrar o diário de Catherine, deixá-lo com o marido e começar a investigar o caso Chantilly.

LEON, EL MISERABLE
Quando começou a publicar seus artigos sobre o caso, Ethan recebeu uma carta de Leon Saiter, que tomara conhecimento da pesquisa e podia ter informações, como ex-morador da cidade francesa. Ele mora atualmente em Madri e tinha quatorze anos quando deixou Chantilly para viver com uma família colombiana.

Ethan até compreendeu o que deixou o rapaz daquele jeito - Leon contou sua triste história, desde que fora entregue aos sul-americanos. Imagine sua mãe olhar para você e não reconhecê-lo, ou ouvir seu pai pela última vez tendo um infarto pelo telefone...

Leon é o meu personagem preferido na trama. É todo largadão, maltratado e com maus modos; adora ler e beber algumas de vez em quando, mas não é fã de TV e tecnologias. Ele é apaixonante, divertido, mostra a que veio na lata, não fica fazendo rodeios. Também não é o cara mais sutil ou sensível desse mundo, mergulha em whisky barato e faz amizade com os donos de botecos para sair sem pagar a conta.

"Você parece ter uns sessenta anos!" (p. 71)

Como o jovem de 24 anos pode ter mais informações sobre a época em que o mal se alastrou na cidadezinha, Leon viaja a Paris, a convite de Ethan, para se hospedar no mesmo hotel que ele, com todas as despesas pagas, enquanto estudam o caso juntos. Leon é um sujeito bonito, a seu modo, e com síndrome de apelidos de Sawyer. Os diálogos com ele são sempre engraçados e é inevitável associá-lo a Johnny Depp, uma vez que você tem a ideia.


ANABELLE, UM ENIGMA

- Leon Saiter, é um grande prazer. O que faz uma moça tão bem apessoada sozinha num lugar como esse? Bebendo para esquecer? – o interesse na mulher aumentava a cada instante, precisava recolher o máximo de informações possíveis sobre ela.
- Não. Eu bebo para lembrar. (p.43)

Ruiva, cabelos ondulados, corpo escultural e com os olhos vazios fixos em Leon – naturalmente, o peixe caiu na rede. O lema dela é Por que não? e não contou conversa antes de dormir com o jovem, no dia em que se conhecerem: Belle virou a vida do rapaz de ponta a cabeça, desde que pôs o primeiro pezinho francês nela.

"O dia amanheceu à tarde para Leon." (p. 46)

E, na verdade, acabamos descobrindo que ela não é quem diz ser. É uma estrategista, de topete, que está sempre do próprio lado – e do lado que está ganhando; é imediatista e sutil quando é conveniente. Em todo caso, parecia estar realmente afeiçoando-se a Leon. E sua vida dupla tripla muito me lembra uma mistura de Elza com Naomi (Lost), the Economist girls.

O CASO CHANTILLY
A investigação se volta para um possível encontro de Ethan com um amigo geneticista, chamado Johann, só que o cientista e Leon têm uma grande surpresa, quando chegam à casa do cidadão, e, com três simples palavras, percebem que continuar aquela busca por respostas pode ser mais que cansativo... pode ser fatal.

"Ethan, fique longe." (p. 62)

Não apenas as pessoas acometidas pelo misterioso mal estavam partindo desta para uma melhor, mas qualquer um que ousasse chegar perto da verdade sobre o caso. O que estaria acontecendo ali? Cientistas fugiam de Ethan para não se envolverem e ele mesmo acabou provando um pouquinho da peçonha contida no mistério. Aliás, Anabelle também não ficou sem sua fatia do bolo, e acabou descobrindo da pior forma que sua posição não lhe oferecia tanta segurança quanto imaginava.

"Muito cuidado. Afinal, mortos não falam..." (p. 93)

Eu teria caído dura ali, mesmo!
Aí vem o maior dilema de sua vida: ficar presa no mal que reconhece ou jogar-se pelo bem que mal conhece? Não importa a escolha que ela fizesse, alguém se machucaria. Mas uma coisa, preciso reconhecer: adorei a forma que o chefe de Louise adotou para se aproximar de seus funcionários, porque foi muito inteligente.

Vimos durante o início dessa jornada como a gente, às vezes, precisa se aliar a uma pessoa que deveria e/ou queria evitar. E aí, entra uma pitada da genialidade de Michael Scolfield:

- Como saberei que não vai me trair?
- Não saberá, mas o que você tem a perder? (p. 109)

Louise tenta voltar atrás em sua decisão, mas não percebe que confiança é um jarro de cristal: uma vez quebrado, mesmo com todos os pedaços colados no lugar certo, ainda será um jarro formado de cacos. Ela foi esperta, mas ingênua, e isto tem uma consequência.

"Sentei-me em minha velha cadeira do escritório. Não tinha recomendações, apenas fui aceita novamente (...) Nunca estive num labirinto mental tão grande." (p.118)

Enquanto isso, mesmo enchendo a cara em espeluncas para tentar fugir do problema por algum tempo, Leon também não escapou da sua cota; admirei, no entanto, a decisão que tomou, e não pude deixar de pensar que foi um tremendo salto de fé.

"Precisava confiar na mulher que me traiu." (p. 120)

Ninguém confiou em seu potencial, mas defendo que as pessoas subestimadas são aquelas que oferecem mais perigo, são as que detêm o verdadeiro poder em suas mãos, simplesmente porque você nunca espera que elas ataquem. E o último capítulo teve, a meus olhos, um toque do humanismo tão característico de Victor Hugo.

"Agora entendo o motivo porque ninguém me leva a sério. Sou um fiasco. (...) Retornei para a velha espelunca. Ainda devo uns dois aluguéis e nem sei se terei condições de pagar." (p. 138)

Encontrei em Chantilly, algo que me apaixona nos livros do meu autor e humanista favorito: o reconhecimento da frágil condição humana e de que todos os caminhos nos levam de volta para casa, para o ponto de partida. Não importa quantas voltas você faça, quantas pessoas encontre, em quanto lugares fique: o final estava ali desde o começo e ninguém muda a sua natureza.

"Eu tento largar a vida, mas ela não me larga." (p. 139)

PALAVRAS NOVAS...
Pernóstica = afetado, pretensioso
Velada =oculta, disfarçada

RECADO FINAL...
L-E-I-A & R-E-L-E-I-A!!
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Ju Oliveira 18/02/2011

Catherine Aragon é uma francesa de 28 anos, moradora da cidade de Chantilly, que fica a 40km ao norte de Paris. Sua pequena cidade está totalmente devastada. Todos os moradores foram acometidos subitamente por um surto de perda de memória. Uma situação insuportável, que além de perder suas preciosas recordações, as pessoas agora começam a morrer. Catherine, muito assustada com toda essa situação resolve escrever um diário relatando tudo o que tem se passado em Chantilly, antes que ela própria acabe perdendo totalmente a memória. Somente dez anos depois é que seu diário foi encontrado por um renomado cientista da Inglaterra, Ethan Stuart. Ele acaba se interessando pelo curioso caso de Chantilly e decide ajudar Catherine. Os dois começam a trocar correspondências. Surge então na história Leon Saiter, que por ter lido alguns artigos de genética escritos por Ethan, resolve procurá-lo. Ele relata que morou em Chantilly a dez anos atrás e também tem sérios lapsos de memória. Os dois resolvem se unir para tentar decifrar esse mistério e juntos partem para a França para se encontrar com Catherine. Mas tudo se complica ainda mais quando os dois se deparam com um misterioso assassinato. Alguém que poderia ter algumas respostas que eles estão procurando agora está morto. Uma misteriosa mulher também faz parte da história, se aproxima de Leon, mas sempre rodeada de mistério, inclusive seu verdadeiro nome ninguém sabe ao certo.

Chantilly é o primeiro livro de uma trilogia, criado pela jovem escritora Mare Soares. Eu gostei muito da facilidade com que a Mare usa as palavras, sem rodeio ou meias palavras. A acidez que aplicou à misteriosa personagem feminina, sempre ríspida em suas respostas, gostei muito! A personalidade de cada um dos personagem muito bem definida. Apesar do livro ser uma edição independente, achei muito melhor revisado do que alguns de grandes editoras conceituadas. O único ponto desfavorável , é que eu achei que a história foi interrompida muito bruscamente. Mesmo sendo uma trilogia, acho que poderia ter tido um final mais sutil, onde pelo menos algumas respostas fossem esclarecidas. Mas fora isso, um suspense muito bom, muito bem elaborado com um tema bem diferente.Como a própria autora citou no livro, que o vê como um filme, eu também tive a mesma impressão. E até já visualiso a atriz que fará o papel da mulher misteriosa, seria a Gabrielle Anwar. Ethan Stuart seria interpretado pelo ator Steve Buscemi. Os outros personagens ainda não consegui imaginar. Já estou louca pra ler a continuação e enfim descobrir qual o mistério de Chantilly! Recomendo!
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Rapha 25/07/2011

Chantilly no blog Doce Encanto
Para ler a resenha na íntegra, acesse:
http://rapha-doceencanto.blogspot.com/2011/03/chantilly-mare-soares.html

Chantilly, o primeiro livro da Triologia escrita por Mare Soares, nos conta uma história fantástica sobre uma cidade chamada Chantilly onde, no ano de 2020, ocorreu uma estranha "epidemia de esquecimento" entre seus moradores, que fez com que eles começassem a perder lembranças, até que esqueciam-se completamente de tudo, incluindo quem eles mesmos eram.

Catherine Aragon, moradora da pequena cidade, com medo de que logo também fosse afetada, começa a escrever em um diário contando tudo o que ainda se lembrava, e nele pedia ajuda - isso caso alguém, algum dia, o encontrasse.

O que ocorre é que este diário é descoberto apenas 10 anos depois por Ethan Stuart, um renomado cientista, que assim que inicia a leitura do diário já decidi se empenhar a descobrir o que causou tal "doença". É importante destacar que NADA foi falado sobre isso, ninguém nunca soube sobre o caso, e isso é que mais intriga Ethan.

Em suma o livro gira em torno disso. Não vou falar mais sobre a estória porque detalhes são importantes e eu poderia tirar toda a graça soltando um spoiler, né?! hehehe.
Mas posso dizer que o livro é super envolvente e a estória é fascinante!! [continua]
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Amanda 12/08/2011

Chantilly - Mare Soares
Acho que não é novidade para quem me acompanha nas redes sociais, que eu queria esse livro há bastante tempo!
E, bom, eu finalmente consegui comprá-lo. Comprei por um preço muito bom na Livraria do Selo, que eu indico para todo mundo aqui.
O livro é curtinho e eu pude ler bem rapidamente.
E, vou lhes dizer uma coisa: eu gostei muito! De verdade!
Eu sempre gosto muito de incentivar a literatura nacional e fico muito feliz de não ter me arrependido ainda.
Chantilly é o livro de estreia da Mare e já nessa primeiro livro ela nos brinda com uma história fascinante.
Nessa cidade, onde todos de uma hora para outra perderam suas lembrança, Catherine Aragon, moradora do local, começa a escrever um diário com esperança de ser ajudada.
Suas escritas só são encontradas dez anos depois por Ethan Stuart, um cientista e historiador inglês.
Eu fiquei meio na dúvida sobre os motivos pelos quais o Ethan ficou tão interessado na história de Chantilly.
Curiosidade, vontade de escrever seu nome na história... Acho que esse foi um dos pontos que me deixou meio intrigada.
Achei os personagens muito bem construídos.
Principalmente o Leon *-* Bom, eu sempre tenho uma queda pelos que não prestam haha
Ele é um dos possíveis afetados pela epidemia que se juntará a Ethan para descobrir todo esse mistério.
Anabelle também me agradou bastante. Uma mulher forte, contemporânea, sem pudores.
Ela é uma peça importantíssima nesse quebra-cabeça.
No desenrolar da trama, depois de certas revelações, nossos três detetives perceberão que há algo muito maior por trás do caso Chantilly.
Uma história secreta e, acima de tudo, perigosa.
Quais seriam os reais motivos para essa tragédia?
Também estou louca para saber, pois o livro terminou em um suspense terrível!
Chantilly é um livro que te prende do início ao fim. Um ótimo livro e que com toda a certeza eu indico!
A Mare me surpreendeu. Eu já estava com a expectativa lá em cima devido a várias resenhas positivas, mas ainda assim fiquei mais surpresa.
Só lendo para saber.
Estou ansiosíssima para Copenhague, a sequência de Chantilly que ainda contará com um terceiro livro: Champagne.
Com certeza muito mistério ainda está por vir.
Espero poder saber logo o motivo de tudo isso.

Mais resenhas em: http://mandinhaleticia.blogspot.com/
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PeqMari 09/01/2011

Distâncias na cidade-cobertura
"Um livro para quem gosta de mistérios,
intrigas e personagens nada convencionais,
todos juntos em uma narrativa e simples e rápida."

Bem, pela nota ao lado da capa já dá ter uma primeira ideia do que achei deste livro.
Agora, vamos aos detalhes.
Desde que terminei de ler, e quando penso em Chantilly, me vem a ideia de uma ótima trama, mas junto está a sensação de distância. Oi?
Ok, deixe-me explicar melhor.
Devido a rapidez dos acontecimentos (várias coisas descritas em menos de 200 páginas - o que pra mim é um grande feito, já que não tenho o mesmo dom de concisão) e a pouca descrição dos cenários, não se abre muito a possibilidade de estar dentro da cena, de fazer parte dela. É a diferença entre você estar vendo uma festa do lado de fora e do lado de dentro. É como se os acontecimentos passassem diante seus olhos, atrás de uma tela de vidro. Estão ali, mas são de algum modo intocáveis.
Não que isso seja um desmérito, mas me deixou um pouco... intrigada. Pois isso é dificil de acontecer. E a sensação do vidro "protetor"... talvez seja realmente um mérito da Mare. Mas ainda prefiro me ver dentro das cenas...
Outra coisa que ajuda é...
(leia a resenha completa em http://peqmari-trocoatencaoporvidas.blogspot.com/2011/01/resenha-chantilly.html)
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