Resenhas - História

Lista de Livros 02/02/2016

Lista de Livros: História, de Heródoto
“Eu que sei como a divindade tem ciúme da ventura dos seres humanos e como se apraz em perturbá-la.”
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“Sabes por experiência que mais vale despertar inveja do que piedade.”
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“A mais cruel tristeza para o homem é ver que o sábio não tem a menor autoridade”.
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Adiel.Guimaraes 14/04/2021

!!!
Os Persas, convencidos de que a opinião de Ciro era a melhor, abandonaram o projeto de emigrar, preferindo o império com suas terras estéreis à servidão em planícies férteis.

Wes Janson 07/03/2021

História com H!!!
Toda pessoa que tenha um interesse maior do que o comum por História conhece Heródoto e sua extensa obra chamada justamente "História", relato das guerras entre gregos e persas na Antiguidade. Hoje em dia a cultura pop o tornou mais popular por ter servido de base para a HQ 300 de Esparta, de Frank Miller que por sua vez inspirou o filme 300.
O relato abrange a vida dos imperadores persas como Ciro, Cambises, Dario e Xerxes e suas relações com os povos gregos, culminando na Batalha de Plateia. Conhecemos como era a vida no império persa, os diversos povos gregos e a interação entre eles. Heródoto é minucioso, e procura contextualizar os fatos às vezes voltando no tempo para contar a origem de certa pessoa ou evento, o que torna o acompanhamento a leitura ligeiramente difícil. Senti grandemente a falta de um mapa colocando os inúmeros povos em seus locais e também localizando as batalhas e as movimentações de tropas.
Uma edição mais ilustrada contendo além dos mapas, figuras de como os povos se vestiam, viviam e lutavam seria mais enriquecedora. Mas o foco fica no texto de Heródoto que é um registro quase que em primeiras mão dos eventos, e isso torna essa obra fundamental!
Essencial para quem é amante da História!!

Saru.Bryan 04/04/2023

?Príncipe sedento de sangue; que este sucesso não te envaideça; não o deves senão à cepa da videira, a esse licor que nos torna insensatos e que nos penetra no corpo para refluir aos lábios em palavras incoerentes. Levaste de vencida meu filho, não numa batalha e pela força das armas, mas pela atração do veneno sedutor. Escuta e segue um bom conselho: devolve o meu filho, e embora tenhas eliminado um terço do meu exército de maneira ultrajante, permitirei ainda que te retires impunemente dos meus estados. Se não o fizeres, juro-te pelo Sol, senhor dos Masságetas, que te saciarei de sangue, por mais sedento que dele estejas?.
Rainha Tomíris, para Ciro, o Grande, antecedendo sua morte.

Monocromatico 07/02/2009

Heródoto criou sua História sem ter, como base, um método pré estabelecido para desenvolver sua pesquisa. Isso acarreta em erros que que já o seu sucessor Tulcídides procurou evitar, que era o uso de suposições e rumores para complementar lacunas entre os fatos. Os seus relatos sobre estratégias, intrigas políticas e batalhas são referência importante, porém sua obra vagueia por mitos, lendas, intervenções divinas e estereótipos quando ele precisa dar razões que desconhece e complementar suas minunciosas descrições sobre a geografia do mundo e seus povos.

Saindo da sua importância acadêmica, História narra um épico de Davi contra Golias, com elementos fantásticos e dramas reais, que torna esta uma aventura quase tão emocionante quando o Senhor dos Anéis. Exceto pelo fato de ter ocorrido de verdade :^P

Marcos606 22/03/2023

Considerada a obra fundadora da história na literatura ocidental. Escrito em 430 a.C. Embora não seja um registro totalmente imparcial, continua sendo uma das fontes mais importantes sobre esses assuntos. Além disso, estabeleceu o gênero e o estudo da história no mundo ocidental.

As Histórias também se destacam como um dos primeiros relatos da ascensão do Império Persa, bem como dos eventos e causas das Guerras Greco-Persas entre o Império Persa e as cidades-estado gregas no século V a.C. Heródoto retrata o conflito como um entre as forças da escravidão (os persas) de um lado, e da liberdade (os atenienses e a confederação das cidades-estados gregas que se uniram contra os invasores) do outro. As Histórias foram em algum momento divididas nos nove livros que aparecem nas edições modernas, convencionalmente nomeados conforme as nove Musas.

Valério 02/06/2014

Obra de valor histórico inestimável
Heródoto inicia seu livro, escrito por volta de 400 a.C., por dizer que o objetivo é relatar o que conhece da história até seu tempo.
Se mais pessoas tomassem sua iniciativa, teríamos muito mais conhecimento do modo de vida de várias civilizações, de várias épocas. Em que pese os seus relatos não poderem ser historicamente 100% confiáveis, tendo em vista que escreve muitas histórias segundo se contava na época, tem-se um vislumbre do pensamento e dos costumes da época, não somente em guerras, como no proceder de civilizações.
Como exemplo, Heródoto cita uma civilização onde as crianças são mantidas afastadas de seus pais até completarem 10 anos. Como era dada extrema importância ao chefe da casa, o objetivo desta prática era não causar dissabores ao pai no caso de falecimento dos filhos.
Daqui também foi extraída a história da batalha de Termópolis (que deu origem ao filme 300). Heródoto contou toda a história da batalha dos espartanos contra Xerxes e os persas.
E há registro com valores históricos que confirmam que a história da batalha de Termópolis realmente ocorreu. Assim, em contraponto aos que afirmam que a obra de Heródoto carece de validade científica: Pode até ser. Mas sobra em valor histórico.
Um pouco cansativo por ser escrito em forma de relato, sem nenhum acréscimo de valor literário. Mas pelo seu valor histórico, é um livro interessantíssimo.

tiagonbraz 04/12/2022

Histórias, de Heródoto - Livro IX, Calíope
"A mais cruel tristeza para o homem é ver que o sábio não tem a menor autoridade”.

Findo as Histórias de Heródoto. O último livro, cujo nome é em homenagem à musa Calíope - musa da poesia épica, da ciência em geral e da eloquência e a mais velha e sábia das musas, considerada por vezes a rainha destas -, conta sobre os acontecimentos após a Batalha de Salamina, durante a guerra grecopersa, em que Xerxes abandona a Grécia e volta para a Ásia, deixando Mardônio responsável por tentar conquistar o restante da Grécia. Ele até consegue reconquistar Atenas, mas eventualmente é vencido pelo exército grego - que uniu atenienses, espartanos e outras tantas pólis gregas - na chamada Batalha de Plateia. Com o término desta e a completa expulsão dos persas de território grego, Heródoto ainda conta de uma última batalha, em Mícale, já em território Iônio, em que Samos é libertada do domínio persa.
Livro mais curto que o anterior, traz duas batalhas importantes na história da guerra e coloca um ponto final nesta; no entanto, é inegável que os dois últimos livros, que narram a Batalha de Termópilas e a de Salamina, são mais épicos, instigantes e emocionantes - tanto que ambas as batalhas viraram filmes, com destaque especial à primeira. Ademais, não encontrei o livro IX para comprar em edição física: nem da "Edições 70", editora portuguesa, nem da Edipro, que faz edições belíssimas. Tive de recorrer ao ebook do site Ebooks Brasil, cuja edição recomendo fortemente.
Sobre todos os livros das Histórias: Heródoto iniciou com diversas digressões, começando com o início do expansionismo persa, no reinado de Ciro, o Grande; depois, com Cambises, que talvez era um psicopata; Dario e, por último, Xerxes. Até se pode dizer que é uma história linear, mas recheadíssima de digressões - Heródoto para a narrativa incontáveis vezes para discorrer sobre histórias dos povos, como se sucedeu algo, características geográficas, étnicas e mitológicas dos locais em que as Histórias ocorrem. Por exemplo, num dos livros, o Império Persa conquista o Egito - mas nem de longe a narrativa para por aí, pois discorre minuciosamente sobre a região e história de diversos faraós. É facílimo perder-se no livro; por isso, acredito que algumas dicas podem ser úteis.
Deve-se tentar ler ininterruptamente, sem ler as notas de rodapé. É bem possível que se fique perdido na narrativa caso se prenda a cada uma delas - a história já é difícil de acompanhar, e com sucessivas interrupções, beira o impossível. Sei da tendência em achar que estamos perdendo algo ao não ler as notas, mas o mais provável que ocorra é o contrário: perdermos a experiência da leitura de Heródoto, ao interrompermos a leitura a cada capítulo. Até por este motivo creio que a leitura do Ebook que citei pode ser mais útil para o leitor médio, pois não tem muitas notas. Lê-se numa fluidez maior, e fica mais fácil acompanhar. As edições da "70" e da Edipro são cheias de notas de rodapé - que certamente ajudam para situar o leitor, mas se utilizadas em demasiado podem atrapalhar. Por isso, sou da opinião de que deve-se ler sem recorrer às notas, de maneira geral. Recorre-se a elas caso algo fique realmente obscuro, ou em uma eventual releitura. Algo que também pode auxiliar, durante a leitura, é ter um bom mapa da Grécia e Ásia Menor: algum específico dos acontecimentos das Guerras grecopersas pode trazer mais informações e ser mais útil, durante a leitura, para consultas rápidas.

"Esta é a exposição da investigação de Heródoto de Túrio, para que os acontecimentos passados não sejam extintos entre os homens com o tempo, e para que os feitos grandiosos e maravilhosos, uns realizados por helenos e outros por bárbaros, não fiquem sem glória, e expor os motivos pelos quais guerrearam uns contra os outros."

Nobrels 28/07/2023

Sensacional edição e tradução!
Que edição linda, juntamente com a tradução impecável.
Herodoto é leitura obrigatória para quem almeja compreender a historiográfica antiga, juntamente com a história grega

JosA225 31/12/2023

História
Aqui temos a história da guerra entre Persas x Gregos. O império persa continua com sua política expansionista e tem pela frente os gregos e as suas cidades-estados, autônomas entre si mas unidas perante um inimigo comum.

HeitordeLima 23/01/2013

Uma grande descrição da guerra do Peloponeso
Um pouco cansativo no início, mas a partir da metade do livro 7, ele começa a fazer uma magistral descrição da guerra do peloponeso. Ganhou uma estrela a mais por conta disso.

Patrick 21/02/2019

As guerras, os impérios e os mitos
Na paz, os filhos sepultam os pais; na guerra, os pais sepultam os filhos,
disse Creso, último rei dos Lídios, segundo Heródoto

À parte tudo o que já se escreveu sobre a inovação que Heródoto à época deu ao relato escrito, é um presente, e um presente cada vez maior, a medida que o tempo passa, ter em mãos e poder deitar os olhos sobre a prosa de Heródoto: sua imparcialidade carregada ora aqui ora ali de certa dúvida ou de certo julgamento franco, sem as insídias, os ardis e as palavras empoladas modernas; seu escrito elegante cheio de artifícios narrativos e domínio; e acima de tudo, a maior qualidade da obra, característica que hoje não seria admitida em qualquer um que se propusesse relatar a História, e tomada em seu sentido mais elevado, a sua ingenuidade.

Um detalhe em História me fez pensar em Remo e Rômulo, e em Roma: os pais de Ciro procuraram convencer os persas de que Ciro, ''o Grande'', quando eles pensaram que ele estava morto, fora, na verdade, preservado pelos deuses e amamentado numa montanha por uma cadela. ''Spaco'' na língua dos Medos significava ''cadela'', e Spaco, assim como o marido, era como se chamava a mulher, escrava de Astíages, que criara Ciro desde bebê.

Eram tempos duros, não muito diferentes dos de hoje, mas como eu queria ter estado lá só pra ter visto a cidade da Babilônia e o templo de Ártemis.

felipemartins 13/09/2021

Heródoto conta a histórica greco-pérsia sabiamente. Consegue levar o leitor de volta a Grécia Antiga. Extremamente bem-escrito, Heródoto consegue descrever cada figura histórica que faz o leitor imaginar ele ali ao lado de cada momento histórico. Extremamente bom!