Kate 04/10/2010Retirado do Blog Conversando com DragõesPor várias vezes eu li a sinopse e algumas resenhas deste livro mas, apesar do nome me chamar muuuuita atenção (dragões!!!), o livro me parecia totalmente sem graça. (Vai pagar língua vai...).
Então, um dia, uma resenha me fez mudar de idéia e comprar o livro (sim Nanda estou falando da sua resenha), mas ainda não nutria grandes esperanças pelo livro.
Comecei a leitura, eu pensava “Caramba que livro estranho...”, “Que cara doido de colocar essas histórias infantis no livro, isso não faz o mínimo sentido”, “Acho que estou me arrependendo de ter comprado...”.
Depois de mais de 50 páginas lidas e com meu ânimo escorrendo em direção ao arrependimento dois trechos do livro me despertaram e fizeram com que minha atenção novamente se voltasse para a obra que estava sendo lida.
O primeiro trecho foi este: “Entretanto, pesquisando mais a fundo, fui entender o seguinte: as donzelas chamavam de “cara de homem” aquele sujeito de queixo quadrado, nariz e lábios grossos, sobrancelhas grandes e muitas vezes uma barba ainda por fazer. E, se aqueles com “cara de bebê” normalmente tinham a estatura média, os homens com o “abençoado” dom de nascer com a tal “cara de homem” costumavam também ser altos e não necessariamente ter os músculos trabalhados, mas, sim, abrutalhados. Existe também uma questão de postura e da forma de se portar com elas, mas isso envolve todo um raciocínio de um ser humano inconstante e difícil de ser definido.”
Eu ri por uns 10 minutos sem parar.
Em seguida veio: “-Ah não! Por favor, desculpa, Maria, príncipe, desculpa, seu orco, desculpa a gente, vai?” (...) “Humpf!...Seu orco...”.
Eu parei de ler por que ria tanto que não conseguia me concentrar, fui pro banho, saí do banho, continuava rindo, agora escrevendo esta resenha, estou rindo!!! Talvez vocês nada tenham entendido, concordo que o segundo trecho necessita de um contexto para ficar engraçado, mas pode ser que nem com o contexto ele seja assim engraçado, eu simplesmente sucumbo às gargalhas muitas vezes sem uma razão lógica...
Enfim, Raphael Draccon tinha me ganhado (no bom sentido), comecei a devorar o livro a partir de então.
Um reino construido pela força do pensamento, um rei que é considerado o maior de todos e algumas hitorinhas de nossa infância, é assim que começa Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas.
Fadas (que são avatares de semideuses) corrompidas pelo ódio, tranformadas em usuárias de magia negra, bruxas, bruxas das trevas.
Dois príncipes, um amado pela plebe, outro reverenciado pela nobreza, Axel e Anísio, em suas mãos descansa o futuro de Arzallum, mas é lógico que nenhum deles sabia disto...
Três adolescentes que passaram por grandes traumas na infância também participariam do futuro da cidade, são eles: Ariane, jovem que viu sua avó ser devorada por um imenso lobo faminto e João e Maria, irmãos que entraram em uma linda casa feita de doces e se viram escravizados por uma horrível bruxa das trevas.
Um jovem pirata filho de um muito famoso James Gancho iria ser o responsável pela virada na história de Arzallum e de um rei que sempre fora considerado o maior dos reis, seu nome: Jamil-Coração-de-Crocodilo.
Com um intrigante entrelaçamento de histórias o enredo se torna cada vez mais envolvente.
E o final... ah o final... pense em um filme de ação, aquele que você mais gosta, o filme que quando se aproximou do final você estava tão nervosa para saber oq aconteceria que começou a roer unhas, gritar, pular ou qualquer coisa que faça quando a adrenalina atinge sua corrente sanguina durante um bom filme. Então, pensou??? Eu estava assim, queria me bater por não conseguir ler mais rapidamente.
Não posso falar muito mais da história, não quero que os futuros leitores percam a mágica que nos envolve quando nos deixamos levar pela leitura deste livro.
Os personagens nos são apresentados detalhadamente, o que em princípio achei que era exagero mas no final se mostrou surpreendentemente engenhoso.
O história é impecável, não tenho nenhuma pretensão de que o autor vá ler esta resenha mas mesmo assim me sinto na obrigação de agradecê-lo pela mágica aventura que me proporcionou e espero retribuir minimamente com esta resenha, esperando que outras pessoas resolvam se deixar levar por tão magnífica obra.
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