A Sonata a Kreutzer

A Sonata a Kreutzer Leon Tolstói




Resenhas - A Sonata a Kreutzer


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laisnows 01/02/2023

fé nas malucas versão masculina
já nas primeiras páginas podemos ver o machismo daquela época e isso percorre o livro todo, como mulher foi uma leitura torturante mas interessante, trata sobre problemas dos relacionamentos conjugais, ciúmes e muitos surtos

vi algumas resenhas falando que ficou com dó/pena do pozdnychev porém me senti totalmente o contrário kkkkk talvez não tenha entendido o final, o arrependimento dele, não sei mas sei que ele merecia tudo de pior, recomendo ?
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Gabriel685 30/01/2023

Um felicidade conjugal do ponto de vista estritamente masculino.
Se Tolstoi escreveu Felicidade Conjugal mostrando o amor e o casamento do ponto de vista feminino, aqui ele fez o mesmo só que pelos olhos de um homem. Na verdade, como ele mesmo disse em um posfácio, a ideia era mostrar como a sociedade estava entendendo completamente errado o que é o casamento, o celibato etc.

Agora, é uma novela "tecnicamente" exemplar. O livro é praticamente um grande monologo e mesmo assim você não vê o tempo passar. O antissemitismo (aparece duas vezes no livro, e já tinha percebido em Dostoievski também) que tem no livro é algo que irei pesquisar com mais cuidado.
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Almecz vic 26/01/2023

A Sonata a Kreutzer
Esse livro me obrigou a dar cinco estrelas, mesmo que a história de um modo geral vá contra muito do que eu acredito e seja até um tanto quanto "loucura" do ponto de vista social. O personagem principal tem opiniões sobre o amor e principalmente as mulheres que desafiaram o entendimento da contemporaneidade. Ao mesmo tempo é de uma genialidade absurda, se o propósito da arte é gerar amor ou incômodo, esse livro atingiu seu objetivo ao meu ver.
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izinha.mp4 24/01/2023

maçante, talvez uma autobiografia.
Uma leitura incômoda. A história se baseia na confissão de um homem perturbado cujas suspeitas e ciúmes o levaram a cometer um crime hediondo - o assassinato de sua esposa, mãe de seus filhos. A história é escrita como uma narrativa direta pelo próprio ofensor. Surpreendentemente, Tolstoi escolheu essa abordagem. Talvez ele tenha pensado que seria a maneira mais honesta e verdadeira de transmitir a história ao leitor. Mas essa franqueza, na minha opinião, tornou a leitura ainda mais desconfortável, e isso é tudo que tenho a dizer sobre a história.

Se, no entanto, deixarmos de lado o conteúdo da história e investigarmos um pouco as opiniões expressas sobre amor, casamento, conduta de homens e mulheres, etc., descobriremos que as opiniões de Tolstoi sobre esses temas se intrometem no enredo. Mais do que a história em si, suas opiniões me interessaram. A conduta do protagonista guarda muitas semelhanças com a vida pessoal de Tolstói. Como nosso protagonista, Tolstoi cometeu devassidão quando jovem; como ele, Tolstoi insistiu que sua futura esposa lesse as anotações de seu diário, que registravam sua conduta anterior antes do casamento; como ele, Tolstoi não foi muito feliz em seu casamento; e como ele, Tolstoi era atormentado pelo ciúme de um músico amigo de sua esposa com quem ela tocava.

Através da Kreutzer Sonata, Tolstói encontrou uma maneira de expressar todas mágoas de seu casamento.

Subjetivamente, como uma leitora e mulher moderna, acho que suas opiniões são desconcertantes. Eu conhecia um pouco da vida de Tolstói antes desta leitura e, sinceramente, isso me ajudou a suportar essa história desagradável. E também me impediu de ficar completamente chocado. No entanto, prefiro muito o Tolstói que escreveu Anna Karenina, quando era mais equilibrado e feliz.
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lui_zat 21/01/2023

Não sei o que estou sentindo.
Inquietação e encantamento são as sensações opostas que a leitura deste pequeno ?romance? de Tolstói deixa. Uma obra que precisa ser contextualizada para entender seu significado quase revolucionário para a época.
Pesquisei um pouco sobre este grande livro e Tolstói o escreveu no final de sua produção literária, após uma intensa crise espiritual que resultou em sua exaltada adesão a um cristianismo evangélico. Ele chamou isso de sua regeneração moral. Pela aspereza dos argumentos, surpreendentes para a época, o escritor teve muitos problemas para sua publicação (quem leu já imagina o porquê).
O autor recebeu cartas de seus leitores pedindo explicações sobre sua posição sobre os temas abordados.
Em um trem, o narrador conhece um homem - Pózdnichev - que matou sua esposa por ciúmes.
A história do crime é precedida por uma longa reflexão sobre a sociedade e suas hipocrisias. Essa reflexão soa como uma acusação implacável, em tons altos, revoltados e violentos. Os homens são apenas mestres selvagens de mulheres/escravas, vendidos como em um leilão pelo lance mais alto. Ele mesmo se coloca entre esses homens que só se interessam pelo prazer. Falamos sobre casamento, o amor é definido como nada mais do que a busca do prazer.
O homem que fala parece ser um misógino, um louco, um mitomaníaco e um homem violento.
Li pela primeira vez, e apreciei bastante, talvez pelos ecos dostoiévskianos que contém na leitura. Tolstoi em seu período mais sombrio, cheio de ideias e reflexões.
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Raquel 14/01/2023

pesadíssimo! escrita que prende a atenção, apesar de alguns trechos terríveis de se ler, principalmente pra pessoas como eu (mulheres)!
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Vinder 14/01/2023

Livro muito bom, mas acredito que a tradução para português de Portugal, nessa edição que li, tenha contribuído para não achar 5/5. Casamento, ciúmes, poder do homem sobre a mulher?
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Emily977 09/01/2023

Inquietação e encantamento: dois sentimentos opostos sem qualquer espécie de correlação entre si e sendo causados por distintas situações, mas que, de alguma forma, predominam o leitor durante a leitura deste pequeno romance. 

Tolstói o escreveu próximo ao fim de sua produção literária, após uma profunda crise espiritual que resultou em uma exaltada adesão ao cristianismo evangélico, denominado pelo mesmo como sua "regeneração moral". Na época, o escritor enfrentou muitos problemas para conseguir publicar a obra - tais problemas decorreram da aspereza de suas argumentações, surpreendentes para a sociedade da época, além de opiniões pouco populares expostas na história.

Durante a leitura fica evidente que esta crise abarcava o matrimonial, o ético e o religioso, pois todas as ideias organizadas de maneira clara são expostas através de uma figura chamada Pózdnichev, um homem que divide o vagão de trem com o - suposto - narrador desta história e com outros passageiros desconhecidos. Após assistir uma discussão acalorada entre os mesmos sobre temas maritais, ele assume ter assassinado sua esposa e conta detalhadamente sua história para o narrador da obra, assumindo o seu título. O cenário é sombrio e desconfortável, já que a viagem é realizada durante a noite e as chamas bruxuleantes das velas não são o suficiente para iluminar o trem de maneira satisfatória. Não há nada para quebrar a escuridão, exceto a voz deste homem dizendo como ele realizou o ato e por quê - aqui ele fica levemente poético e embarca em um monólogo filosófico sobre casamento e? música. 

Pode se notar que a história é forte e não me surpreende que tenha causado tanto alvoroço na época em que foi publicada - em torno de 1889 -, especialmente devido à violência dos acontecimentos desenrolados no fim, e a forma escabrosa com que o autor aborda certas questões que não eram discutidas de maneira tão dura na época. Talvez forte demais para uma sociedade russa que, como tantas outras, não estava devidamente preparada para digerir uma história tão transgressora como esta. 

Apesar de ser um livro um pouco complicado de ler e de possuir uma história difícil de digerir, eu tive uma ótima experiência de leitura - mesmo que Tolstói tenha estragado a sensação de tranquilidade que sentia ao ouvir Sonata De Kreutzer, já que agora, quando escuto a música tudo o que consigo pensar é em um homem escondendo um punhal atrás das costas prestes a cometer um crime.

"Eu quis correr atrás dele, mas lembrei-me de que seria ridículo correr de meias atrás do amante de minha mulher, e eu não queria ser ridículo, queria ser assustador."
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Rogerio.Flores 08/01/2023

Sonata a Kreutzer
O escritor russo Tolstoi, inspirado em uma obra homônima de Beethoven produz aqui um romance polêmico para seu tempo, mas que, por falar dos dramas entre casais, não deixa de ser atual. Com uma narrativa profunda, mas limitada, concentra todo o enredo à história contada por um passageiro de trem. Quando comparado a outras obras do autor, não demonstra a mesma complexidade de cenários e personagens, se concentrando em uma única trama, da qual já é conhecido o desfecho final. Contudo, a trama psicológica e a escrita elaborada, características marcantes de Tolstoi, são mais que suficientes para valer a pena sua leitura. Recomendo, sim. Tanto que, ao final da leitura, ainda fiquei bastante curioso e fui escutar a obra de Beethoven que inspirou o autor.
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Paulo 06/01/2023

Curto romance em forma de diálogo
Trata-se de um romance que ocorre fundamentalmente através de um diálogo em um trem sobre relacionamento que acaba em um caso de feminicídio relatado pelo próprio autor do crime. Na narrativa, vem à tona várias questões e reflexões.
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Gustavo.Cesar 05/01/2023

Tolstói depravou a música de Beethoven
Até o momento é a minha novela favorita de Tostoi. Trata-se de uma história narrada por um homem com sérios problemas de confiança na esposa, que de maneira doentia cria uma situação para ela o traír.
A narrativa é extremamente envolvente e deliciosa de se ler, apesar de pesada. O único defeito da obra é poluir a sonata Kreutzer de Beethoven.... obrigado, Tolstoi. Agora quando eu ouvir Beethoven vou pensar em um psicopata com a navalha na mão prestes a...
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jeanczrlo 04/01/2023

ciúme x paixão
não preciso falar nada sobre esse livro incrível, esse trecho já diz tudo:

?todo aquele que olhar para uma mulher com olhos de cobiça prática o adultério, não se aplica unicamente à mulher do próximo, mas também à nossa própria mulher.?
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Catarine 03/01/2023

uma obra que simplesmente não existiria se o protagonista fizesse algumas sessões de terapia.
deixando a maluquice de lado, adorei minha primeira experiência com Tolstói.
Raissa.Guerreiro 24/01/2023minha estante
Kkkkk realmente




Jaque.Barreto 30/12/2022

Moralismo embora comum ainda choca no século 21
Trecho da obra que define bem a ideia que a sociedade tem sobre as mulheres:

O mesmo se dá com a emancipação da mulher. A escravidão da mulher consiste unicamente em que os homens querem e consideram muito bom utilizá-la como um instrumento de prazer. Bem, e ei-los que libertam a mulher, concedem-lhe toda espécie de direitos, iguais aos do homem, mas continuam a ver nela um instrumento de prazer, e assim a educam na infância e, depois, por meio da opinião pública. E eis que ela continua sendo a mesma escrava humilhada e pervertida, e o homem o mesmo senhor pervertido de escravos.
Libertam a mulher nas escolas e nos parlamentos, mas olham-na como um objeto de prazer. Ensinem-lhe, como ela foi ensinada em nosso meio, a olhar assim para si mesma, e ela sempre permanecerá um ser inferior.

Só eu achei extremamente atual?
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