Raffafust 21/01/2013
Me interessei pelo livro porque queria muito saber mais sobre o país. E o jornalista foi na medida certa, o livro não é cansativo, e é muito bem escrito. Também foi meu primeiro livro lido em e-book, como havia acabado de adquirir um kindle escolhi esse livro e foi uma ótima aquisição.
Fernando conhece um paquistanês quando estudou na Europa e a convite dele foi ficar em sua casa em uma tribo por 2 meses, na verdade, depois do convite de uma simples visita ele logo imaginou que seria bom escrever um livro sobre essa estada.
Logo no voo que fazia escala na Europa, ele reparou que era o único estrangeiro a ir para o país, ou seja, tirando cidadãos paquistaneses e pessoas que trabalham para seus governos, não há muito turismo em um país que após ter se separado da India em 1947, pouca coisa conseguiu além de se tornar sinônimo de grupos terroristas islâmicos.
O que Fernando nota é além da diferença cultural gigante e óbvia, é a pobreza que aparece em todos os locais.
Em um país onde o comum é as pessoas tentarem a vida no exterior, principalmente Europa já que nos EUA é dificílimo conseguirem vistos de entrada.
A impressão que tive é a de que não fiquei com vontade alguma de conhecer esse país apesar de por mais que possa parecer estranho, algumas leis do Islã, citadas no Alcorão eu acho bem legais.
Sem pensarmos na mulher como algo que se esconde e somente serve ao homem, já que a visão de que Fernando teve no Paquistão é que a terra dos puros é de certa forma verdade. Já que boa parte dos homens se casa virgem mesmo perto dos 30 anos e só conhece a esposa no dia do casamento já que é tudo arranjado pelas famílias. As esposa em sua maioria não trabalham fora mas sim cuidam da casa e tem o dever de ter filhos com o marido. A segunda esposa só ocorre se a primeira permitir.
Estranho para nós brasileiros. Eu mesma senti pena de uma história que ele conta de um professor que conheceu que não gostava da esposa gordinha que lhe arranjaram e a coitada fazia de tudo para emagrecer.
Não só isso nos gera estranheza, eles não costumam usar talheres, comem com as mãos e é comum que em uma mesma travessa vários comam e toquem na comida.
Lençois muito brancos também era item de luxo de acordo com ele, que o dia mais feliz foi quando encontrou um Subway aberto.
Em uma terra massacrada pela pobreza, por políticos corruptos e pelo terrorismo, faz com que mesmo nosso país sendo pobre se pareça um paraíso.
Recomendo o livro, um relato feito por um brasileiro sobre o como é um povo de cultura muito diferente da nossa é sempre um ponto de vista interessante.