Tess of the D

Tess of the D'Urbervilles Thomas Hardy




Resenhas - Tess of the D'Urbervilles


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Lela Tiemi 15/12/2011

Não somente uma trágica história de amor
“Tess of the D’Urbervilles” trata-se de uma história de amor um tanto triste e trágica de uma pobre, porém jovem e bela camponesa do séc. XIX e seus infortúnios ao descobrir que seu sobrenome pertence a uma linhagem nobre.

Tess Dubeyfield, a filha mais velha da humilde e numerosa da família do Mr. John Dubeyfield e Mrs. Joan Dubeyfield, é enviada por seus pais à procura de seus parentes, com intuito de melhorar financeiramente de vida e na esperança de casar a filha mais velha com algum parente rico.

A desgraça de Tess está materializada no suposto primo – já que na realidade, ele não é primo de Tess, pois só carrega o nobre sobrenome que possui por seu endinheirado pai tê-lo “comprado” – Alec D’Urberville, encantado com a beleza e graça da virginal Tess, a seduz – em outras palavras, violenta a jovem – tirando dela a única coisa que possuía: sua honra. Tess paga por este “pecado” do qual não foi autora e sim vítima por toda sua curta vida.

Entretanto, Alec D’Urberville não é o personagem mais interessante da história, afinal ele é o vilão, dissimulado e mau caráter. Mas, ainda há o herói Angel: um livre pensador, que parece não se importar com as “regras” da sociedade e busca trilhar seu próprio caminho e possuir seu próprio modo de ver o mundo. Parece o homem ideal para resgatar Tess das humilhações passadas e viver feliz para sempre. Mas nem mesmo Angel, que possui uma mente aberta para os padrões de sua época e sociedade, consegue aceitar as condições de Tess, tomando atitudes pelas quais mais tarde irá se arrepender. (Para quem não leu o livro, calma que a história não acaba por aí...).

Thomas Hardy (02 de julho de 1840 – 11 de janeiro de 1928), novelista e poeta inglês conhecido por seu excesso de pessimismo – trata em sua obra “Tess of the D’Urbervilles” de assuntos que ultrapassam a trágica história de amor descrita: a hipocrisia cristã da época, a dominação masculina, a condição da mulher e a injustiça social são assuntos também abordados nas entrelinhas do belo romance.
Claire Scorzi 03/11/2009minha estante
Meu problema com Hardy: seu pessimismo irreversível. Li "Judas, o Obscuro" sobre um jovem repleto de sonhos que não realiza nenhum deles, levado por uma paixão e pelas circunstâncias - e creio que pararei aí com esse autor. Já vi "Tess" numa tradução antiga como "A Desonrada" - mas já havia lido "Judas" e assim estava prevenida. Não comprei, apesar de babar em cima de clássicos, ainda mais ingleses.


Dominique 09/01/2010minha estante
Adorei sua resenha. Adoro uma história trágica de amor... é uma pena que não tenha uma versão traduzida para o português. De qualquer forma, ótima resenha.


Heloisa 28/11/2012minha estante
Oieee...aonde encontro a versão em Português?? sou doida para ler, mas infelizmente não tenho inglês suficiente para lê-lo.


Lela Tiemi 28/11/2012minha estante
Encontrei na biblioteca publica da minha cidade (Sao Jose dos Campos, SP). Eh um livro mto dificil de achar, bem raro... Mas tenta o estante virtual! =)


Lela Tiemi 28/11/2012minha estante
Encontrei na biblioteca publica da minha cidade (Sao Jose dos Campos, SP). Eh um livro mto dificil de achar, bem raro... Mas tenta o estante virtual! =)


Marina 09/12/2012minha estante
é bem possivel que com essa ''divulgação'' do livro em 50 tons de Cinza, possa haver algum lançamento de versão traduzida, não? eu espero pois eu gosto de clássicos. Eu até leio em ingles mas ingles antigo acho complicado entender.


Lilly 25/01/2013minha estante
Olá meninas...
Me interessei por Tess, justamente pela citação dele em 50 tons, fui buscar e encontrei uma página que disponibiliza o livro em inglês, porem é possível utilizar o tradutor automático... Iniciei minha leitura hoje, segue o link abaixo. Espero que sirva!!!
Bjos

http://www.literaturepage.com/read/tess-of-the-durbervilles-1.html




Marcele 24/03/2013

O livro vítima dos 50 tons de citações equivocadas
Nota: Cinco estrelas (e zero para as comparações sem sentido que a E.L. James fez entre as personagens do Hardy e as dela mesma)

Avaliação: Considero sempre extremamente difícil avaliar qualquer obra dos autores por quem passei a nutrir admiração sem igual; Thomas Hardy com certeza é um deles. No entanto, se decidi transcender tal dificuldade e me esforçar para compor esta resenha, um dos motivos reside no fato revoltante de o escritor haver tido o conteúdo dessa obra totalmente distorcido nas muitas citações (levianas) que o best-seller Cinquenta Tons de Cinza fez a ela. Vim aqui, portanto, tentar comprovar com a análise do enredo que a senhora E.L. James só pode ter sofrido de algum analfabetismo funcional quando na leitura de Tess (of the D’Urbervilles). Vamos aos fatos!

Publicado ainda no século XIX, na Inglaterra de 1881, Tess of the D’Urbervilles (ou apenas Tess no Brasil) parece ter sido o último romance do escritor Thomas Hardy, o também autor de “Judas, o obscuro” – o seu sucesso anterior. Isso porque, graças à grande polêmica que repercutiu da trama, a pressão social sobre o Hardy foi tão grande que ele decidiu se voltar apenas para a composição de poesias depois dela. Imaginem vocês, agora, o que é abrir mão da sua carreira em nome de uma mensagem e, séculos mais tarde, ser ela totalmente deturpada por uma história de valores duvidosos? Como fã do gênio que foi o Thom, eu acho um completo absurdo! Tomara que vocês concordem no final, após conhecerem um pouco mais sobre o trabalho dele…

Comprometido com a missão de retratar o contexto social da zona rural inglesa daquela época, Thomas Hardy ambientou a sua história nas redondezas de Wessex; o condado onde moravam os Durbeyfield e mais uma quantidade considerável de trabalhadores campestres. Conhecido como um autor de perspectivas pessimistas, é através das desventuras da virginal e inocente Tess que ele vem denunciar uma série de hipocrisias defendidas pela sociedade em que viveu. E, acreditem, apesar de toda a sutileza das suas linhas, o tapa na cara foi com força, mesmo que em luva de pelica… Meio mundo se roeu com a publicação!

Filha de John e Joan Durbeyfield, dois pais imaturos, Tess é enviada à casa de seus supostos parentes ricos para pedir ajuda financeira quando um vigário revela a John a sua descendência nobre. Acontece que, por conta de uma colher de prata com o brasão da família, restou comprovado de modo irrefutável que os Durbeyfield, na verdade, faziam parte da linhagem D’Urberville; uma família poderosa que, como muitas outras, foi à falência com o tempo. Não era o caso do núcleo dela que ainda habitava a cidade vizinha, no entanto; o jovem Alec e a sua mãe enferma.

Recebida pelo suposto primo, Alec D’Urberville (com quem Mrs. Durbeyfield sonhava em casá-la), Tess é empregada como serviçal no casarão e pouco a pouco assediada pelo maior carma da sua vida: a subjugação da mulher perante o homem. Pecaminoso, instigante e sedutor, Alec investe todo o seu poder de arrebatamento contra a moça e, após ser rejeitado incessantemente, decide criar a primeira virada surpreendente da história: ele a desonra (contra a vontade… estupra, “seduz”, o termo que vocês preferirem)! E só de lembrar a forma magistral como o Thomas Hardy escreveu essa parte da trama em especial, eu tenho vontade de esganar a E. L. James por embasar a relação doentia dos seus protagonistas com uma coisa como essa! Leia melhor as suas citações, minha senhora!

Ao contrário do que qualquer leitor da Saga 50 tons palpitaria, no entanto, (Para continuar lendo, acesse: http://www.marcelecambeses.com.br/2013/03/resenha-tess-of-the-durbervilles/ )
Bella 28/06/2013minha estante
Muito boa a resenha! Adorei. Impossível não se apaixonar por esse livro e se deixar seduzir pelo conflito humano (o trio hipocrisia, injustiça, imperfeição), que por tantas vezes nos passa despercebido na sociedade atual. É irônico perceber que ainda sofremos do mesmo mau do século até hoje. E Hardy leva essa discussão de forma tão leve e suave que é muito fácil deixá-la passar.


Marcele 17/08/2013minha estante
com certeza. O Hardy foi impecável, já naquela época, em refletir assuntos importantíssimos como o estupro, o machismo e a hipocrisia. Ele era muito gênio


Strecht 10/10/2013minha estante
adorei a sua resenha é de facto um livro maravilhoso


Marcele 10/10/2013minha estante
Muito obrigada, Strecht. O Hardy merece mesmo cada elogio.


Mari 09/02/2015minha estante
O que acontece no final? Queria ler mas não tenho paciência pra descrição demais :(


Marcele 24/04/2015minha estante
SPOILER




Mari, no final a Tess é presa e executada pelo assassinato do Alec D'Urberville. E, como cumprimento da promessa que fez, o fim dá a entender que o Angel se casará com a Liza Lu (a irmã mais nova que é cópia dela) para poder protegê-la; é meio que o castigo do autor ao Angel por ter sido hipócrita e só posto a mão na consciência tarde demais; ele vai ter que viver com a culpa e com essa responsabilidade. É isso, em resumo. Mas eu recomendo que, mesmo assim, você leia, porque o Hardy mitou demais no fim. Na última página, por exemplo, lembro bem que uma passagem narrativa era um tapa na cara da sociedade com bastante força, pela forma como refletia os ideais distorcidos de justiça. Leia, sério.




Ana 28/06/2021

"Era o toque de imperfeição[...]que conferia a humanidade"
Hardy me fez amar a Tess, ela é uma pessoa boa, responsável e trabalhadora. Ela faz tudo ao seu alcance para permanecer independente, mas não é fácil ser uma mulher independente quando você vem de uma família pobre e quando a sociedade diz que pra ser bem sucedida você precisa casar.

Tess é objetificada, assediada e abusada por alguém que devia ajuda-la. Mesmo sendo vítima, ela ganha a alcunha de "mulher caída" e pária da sociedade. Esse romance me irritou com a injustiça de um código moral opressor e que é tendencioso contra as mulheres. A indignação que esse romance nos faz sentir é quase insuportável e por isso ele é ótimo. Ele nos faz sentir que estamos aqui e que nos importamos.

A escrita de Hardy é cheia de simbolismo, referências bíblicas e maus presságios. Suas descrições da natureza são lindas e poéticas. Com certeza vou continuar lendo seus romances.
Carolina.Gomes 29/06/2021minha estante
Já estou sofrendo só de ler essa resenha ?




Lais Pires 09/10/2020

Que custava ele ter escrito um final justo para o amor
Tess Durbeyfield (originalmente D' Urberville), com toda sua inocência, encontrou uma difícil jornada em sua vida. Ainda jovem se perdeu por desconhecer quanta maldade pode existir na mente de alguns homens.

Seu deslize traçou o seu destino e as consequências foram desastrosas em sua vida amorosa, que oscilou entre momentos de altos e baixos.

Sua família cresceu e diminuiu, marcando fases, nas quais ocupou-se com tarefas árduas e extenuantes para ajudar a sustentá-los. Na verdade, o contexto da época, coloca tanto homens quanto mulheres, menos abastados, numa forte caminhada e fatigante luta diária para sobreviver.

Sem maiores detalhes, achei esse livro maravilhoso, até chegar nas duas últimas páginas (tô revoltada mesmo). É bastante intenso e persuasivo no que se refere a veracidade dos sentimentos expressados, algo que pra mim é super importante.

Foi bem escrito e só por isso consigo perdoar o autor e depois buscar mais alguns que ele tenha escrito que atendam as minhas exigências de um final adequado.
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bluemoon 02/09/2021

Meu deus
Esse livro me deixou tão triste, mas tão triste que eu nem consigo explicar
A forma como ele retrata tudo é bem marcante
Faz sentido ser um clássico
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Marcos606 30/08/2023

Com o subtítulo de 'uma mulher pura' já que Hardy sentia que sua heroína era uma vítima virtuosa de um rígido código moral vitoriano.

Considerada a obra-prima do autor, afastou-se da ficção vitoriana convencional no seu foco na classe baixa rural e no seu tratamento aberto da sexualidade e da religião.

Depois que sua família empobrecida descobre sua linhagem nobre, a ingênua Tess Durbeyfield é enviada por seu pai preguiçoso e sua mãe ignorante para fazer um apelo a uma família rica próxima que leva o nome ancestral de d'Urberville. Tess, atraente e inocente, é seduzida pelo dissoluto Alec d'Urberville e secretamente dá à luz um filho.

O enredo traça a vida difícil de Tess, cuja vitimização nas mãos dos homens eventualmente leva à sua queda. E não poupa ao leitor a amargura inerente à vida no campo inglês. Hardy apresenta um mundo em que o espírito humano é abatido pelas forças, não do destino, mas da hierarquia social.
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ValQueiroz 21/07/2011

Tess of the D'Urbervilles é um livro cheio de tristeza e crítica. A querida protagonista tem a honra manchada por ser vítima de um estupro. Depois desse fato, ela é fadada a viver na tristeza por ser uma "ruined maid" (comparando com um poema de Hardy). Embora tenha lá seus momentos felizes, sua vida é uma coleção de ruínas, que acontecem por conta da sua perda da virgindade antes de um casamento legítimo. Um livro daqueles para se prender em um fôlego só. Impossível não se envolver com as sutilezas de Hardy e os infortúnios da protagonista, que, embora não seja mais donzela aos olhos da sociedade, jamais perde sua pureza.
Heloisa 28/11/2012minha estante
Oláá... Esse livro só tem em Inglês mesmo??? sou doida pra ler, mas n acho versão em português...se puder me ajudar ficarei grataaa...queria muitoo lerrr ... =D


ValQueiroz 28/11/2012minha estante
Olá, Heloísa. Não, o livro tem traduçao também para o português. Foi difícil achar qnd precisei tb, mas procure em bibliotecas publicas ou nos sebos pela estante virtual. ;)




Gabriele 23/08/2014

Demorou, mas valeu a pena.
Eu demorei 1 ano para ler Tess. Isso, UM ANO! Meu recorde.
É melancólico e tem um ritmo bem devagar. Eu seriamente pensei que nunca ia acabar. Todo mundo me perguntava por que eu não abandonava e digo o por quê: sabe quando você lê um livro com um caderno do lado para anotar aquelas frases LIN-DAS? Tess me proporcionou isso. Sabe quando um livro te faz pensar na vida a noite toda antes de dormir enquanto lê? Passei um ano lendo, mas foi um ano que debati MUITO comigo mesma sobre temáticas do livro como machismo, a hipocrisia da igreja, da justiça e por ai vai. É um livro que sempre cito como exemplo em discussões, por que seus personagens são espécimes maravilhosamente descritos e construídos. Gosto especialmente do mocinho que é, sem dúvida, o mocinho que mais me inspirou asco na literatura (e sim, uma coisa não excluiu a outra rsrs).
Enfim, vale muito a pena.
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Indria 16/05/2020

Muito bom
Um livro triste mas muito bom, esse autor tem um estilo único
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bobbie 20/10/2022

Could it actually be a surprise?
You read stories about a woman in the eighteenth century and you know she'll suffer. You read stories about a woman in the nineteenth century (such as this one) and you know she'll suffer. You read stories about a woman anywhen and you bet she'll suffer. Driven by her ambitious parents, especially her father, very young Tess is pushed into pursuing rich and notoriety by intruding into an age-old family which is allegedly her own, only with an uncorrupted surname. Almost tragically impelled to obey, she sets out to accomplish that goal, but ends up finding only disgrace and dishonour. But Tess is a fighter and a righteous one: determined not to let the tragedy put her family name to dirt, she goes away in pursuit of a new anonymous life, one in which she works hard and can be respected again. Then she meets a dream boy - by the suggestive name of Angel -, one who despises conventionalities and blind faith. They fall in love and yet, Tess is fearful and dragging the boy's name in the dirt, so much so that she avoids his every invest in her and a future marriage, unless she is able to tell him the truth about her, which he blatantly refuses to hear. After they get married, he tells her of a past dishonorable deed of his, which she forgives, only to reject her after hearing the confession of her past misfortunes. Expectedly, they part ways: Angel can't bear to carry such a wife to his name. Tess is heartbroken, but she "knows" it's the right thing to do. Hardy rubs it in our faces how hypocritical men can be and the extent to which women would lower and diminish themselves in the face of a sexist society. Tess borders the absurd in how she subjects and humiliates herself to Angel. The reader is left no alternative but to not want the couple to be together - Tess deserves so much more than Angel - but the end of the novel comes crashing down on our heads, as the expected unexpectedly happens (the paradox is deliberate). It goes to show just how absurdly and unfairly women have been treated for centuries. It is meant to make us feel repulsed at characters such as Angel Clare and Alec D'Urberville.
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Jacqueline.Duarte 24/03/2017

Tess of the D'urberville
História de uma moça que sofre durante toda a sua vida. Vai atrás do amor da sua vida, mas tem um final trágico! História de outros tempos!
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Lari 06/07/2022

Lento
Minha leitura mais lenta desse ano até o presente momento. Demorei quase 1 mês para lê-lo. O livro é maravilhoso,mas é muito triste e as coisas acontecem muito devagar, apesar de algumas passagens de tempo. O final não foi como eu queria,mas era previsível. De resto,amei a história.
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