Ju 10/12/2020
Pieguice e drama em excesso: Duas histórias feitas as pressas, dispensáveis e esquecíveis.
O Encanto da Montanha
Esse livro conta a história da única filha entre os 6 filhos do casal Wolf e Mary, só li um livro dessa saga, o do Joe, acho eu, e não achei lá essas coisas...
Nesse aqui, Maris acorda do lado de MacNail, peão que trabalha na mesma fazenda que ela e que ela, apesar de achá-lo atraente, nunca deu confiança, mas ao acordar ao seu lado num hotel seminua, sem saber como foi parar ali, em poucas páginas já decreta que ele tem que se casar com ela, e ele, que a achou doida por isso, em mais algumas páginas a frente concorda plenamente! É um romance inexistente, frio, corrido, sem graça, tem lá uma investigação sobre um plano de assassinar um cavalo pra ficar com a grana do seguro que não interessa em nada, visto que é resolvido também num piscar de olhos, sem maiores explicações.
Logo no início já queria largar essa porcaria graças a descrição física, a meu ver padronizada e escrota por beirar a pedofilia, que o mocinho faz de Mris sobre Maris : " Pensou em todo tipo de coisa, mas também pensou na sua pele linda, sem manchas, como se não passasse várias horas seguidas ao ar livre (...) Mulher nenhuma deveria ter a pele como a dela, pura como a de uma criança, tão translúcida que se podiam ver as veias azuis nas têmporas..." . Pele pura como a de uma criança?? Já desandou a partir daí, deu asco desse livro!!
Pra completar tem a volta de Nick, a sobrinha chatinha-prodígio que aparece pra roubar as cenas piegas e sem graças que rolam lá pro final, não simpatizei com essa menina lá no livro do Joe, achei-a mimada e maldosinha, um caso pra Super Nanny e não escondo que não gosto de livros com crianças meio ¨Maysa¨, querendo chamar mais atenção que os protagonistas. Enfim, livro muito ruim, totalmente esquecível, fraco e sem graça.
Caminho ao lar
O mocinho desse livro é um Christian Grey da vida, tirando a BDSM: Comeu o pão que o tinhoso amassou desde antes de se entender por gente e cresceu durão, sem demonstrar sentimentos até encontrar Anna, sua até então secretária e, depois de um ultimato muito do machista e antiquado ( ou não, já que hoje existe os tais Sugar Daddy), depois de, sem maiores explicações, transarem loucamente nos 4 cantos do escritório, a tem como amante em tempo integral, 100% a sua disposição, com grana garantida na conta e a condição de não esperar dele nenhum compromisso além do estabelecido e expressar nenhum apego afetivo.
Essa história começa bem corrida, Ana fica a disposição dele no apartamento que ele comprou pra ela como uma boneca inflável humana, sorriso esticado na cara pronta pra recebê-lo ao ouvir o barulho das chaves na porta ; ok que a cama é o único lugar onde ele se permite demonstrar afeto, mas fora dela o casal convive por 2 anos sem saber nada da vida pessoal um do outro; Ana vive pisando em ovos com medo de estar sendo invasiva e ver o acordo acabado, enfim, achei uma história meio louca, Saxon, o mocinho, me pareceu meio bipolar, mas depois entendi suas reações contraditórias e lamentei que um personagem não estivesse mais presente, me fez pensar em quanto tempo foi perdido graças aos onipresentes mal entendidos, á falta de coragem de arriscar e tomar a iniciativa, mas também o achei frio demais, não custava procurar quem o acolheu , ao menos procurar saber se tava vivo ou morto, poxa, teve 20 anos pra isso, não tem como desculpar, eu no lugar dele morreria de culpa, pessoa em questão deve ter ficado alimentando a esperança de uma visita breve que fosse pra ao menos vê-lo antes de morrer e ele nem aí! Frieza demais pro meu gosto, ingratidão!!
Enfim, foi drama demais e romance de menos, me senti até meio voyeur no começo do livro nos trechos hot pelo fato da coisa ser tão atropelada e fria; pesar foi a única emoção que esse livro me despertou.