Mrgmoretto 29/04/2012
No ínicio o livro parece que vai tratar apenas sobre a viagem de Almeida Garret, meio realista e ao longo dessa primeira parte ele faz digressões sobre diversos assuntos. Depois o autor e narrador começa a nos contar uma história romântica que tem como cenário uma guerra civil portuguesa e aí sim parece pertencer ao romantismo. Bom, as digressões fazem o livro se tornar muito cansativo e chato, pela excessão de algumas três, nas quais ele faz observações legais, especialmente quando fala sobre frades e barões, Dom quixote e Sancho relacionando-os com a sociedade e quando fala sobre fé. Quanto a história romântica,é como um alívio por tornar o livro mais fácil de ler, mas tem um desfecho muito brusco e mesmo fugindo do comum final feliz do romantismo, eu acho previsível. Enfim, é cansativo, a metalinguagem que lembra Machado de Assis seria um recurso que daria brilho à obra se não fosse usada juntamente à tanta enrolação. O que salva são as passagens citadas, que são bem interessantes e a histórinha que torna o livro menos cansativo. Recomendo a quem for ler, a edição com rodapés e uma pesquisa rápida sobre a guerra civil portuguesa que pode deixar o leitor que não conhece esse contexto perdido, na leitura e na análise das caracteristicas do conflito principal do livro e das personagens.