Guilherme Amaro 15/07/2020
O livro Guidão da Liberdade; do autor ciclista Antonio Olinto, editora Juruá, possui 251 páginas, material de papel reciclado em prol do meio ambiente.
O livro contém um depoimento da Renata Falzoni no prefácio, e durante a obra possui mapas geográficos das cidades no qual pedalou e fotos de registro dos lugares (preto e branco), notas de rodapé ( detalhes e dicas mais específicos), além de duas páginas identificação de distribuição de equipamento na bicicleta. O livro foi lançado em 1997 no Salão duas Rodas no Anhembi em São Paulo.
Sobre o enredo é de um brasileiro (paulista) chamado Antônio Olinto, que parte para uma aventura inesquecível, uma época com pouca tecnologia (década de 90), sem muito dinheiro, sem seguro de vida ou acidentes, sem patrocínios, sem apoio governamental. Atravessando zonas de guerra, desertos, estradas mais alta do mundo, ambientes de temperaturas extremas 50° graus - 20°, epidemia peste pneumônica, apenas com uma bike, barraca e os acessórios necessários.
Olinto iniciou a volta ao mundo em 1993, durou 3 anos e meio (1.246 dias), trabalhou apenas por 3 meses, somando aproximadamente U$ 10 mil de despesas. Os números impressionam, foram: 34 países percorridos : (13) Europa, (1) África , (9) Ásia e (11) América, totalizando 46.620 km. Colecionou a visita de 81 parques (reservas, áreas de preservação).
Foram contabilizados 18 pneus, 65 remendos em furos câmara, 2 coroas, 1 catraca, 6 correntes, e outros inúmeros problemas mecânico.
Esse livro é sobre histórias de onde um ser humano consegue se transportar com uma bicicleta, o contato direto com muitos povos e culturas, detalham as dificuldades do caminho e algumas péssimas experiências , mas acima de tudo muito mais bons momentos, pessoas incríveis encontradas no percurso. Olinto é uma alma iluminada, mereceu ter essa vivência e foi uma atitude digna em colocar todos esses relatos nessa livro, que é perfeito para todo amante de cicloturismo, fonte de inspiração para viajantes, relatos sinceros do dia a dia das suas experiências, descrições geográficas, históricas e sociais das localidades por onde passou.
" Na viagem, por várias vezes, contemplei o crepúsculo em sua plenitude. Aprendi, então, a dar mais valor a coisas simples que até então desprezava em minha rotina diária. " pg 107