Flávia Menezes 28/06/2023
???????????UM CLÁSSICO PARA TODOS GOVERNAR.
?O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel?, foi publicado pela primeira vez em 29 de julho de 1954 no Reino Unido, e foi escrito pelo pai da literatura fantástica, J.R.R. Tolkien. Na verdade, o autor o escreveu como uma obra de volume único, dividido em seis seções que ele chamou de ?livros?, acompanhado por extensos apêndices. Porém, foi decisão da editora essa divisão em três livros, inclusive decidindo por renomear o seu terceiro volume de ?O Retorno do Rei?, quando Tolkien preferia o título ?A Guerra do Anel?, por oferecer menos spoilers sobre a trama.
Mas deixando de lado a parte mais técnica da história, até porque essa é uma resenha que eu estava bastante ansiosa para escrever, essa foi a leitura mais prazerosa que eu fiz neste ano. Porque além de mergulhar em um universo desenvolvido com uma riqueza de detalhes (que em outros livros do autor, ele traz ainda mais detalhes dessa Terra-Média), para mim, ele foi especial porque essa foi uma aventura que fiz acompanhada. E muito bem acompanhada (não é mesmo Fábio??).
Eu já falei isso anteriormente, em uma outra resenha, mas se existe algo que eu amo, é conhecer as pessoas através dos livros que elas amam. E foi um momento para conhecer ainda mais desse meu parceiro, e me encantar em ver como ele conhece tantos detalhes desse universo do Tolkien.
Diferente do Fábio, essa foi a primeira vez que eu li esse livro (ele já o havia relido anteriormente), e não quando eu era apenas uma jovenzinha, mas já na idade adulta. Mas quem disse que a idade influencia na forma como nos aventuramos em histórias de fantasia como essa, não é? E mesmo agora, conseguimos nos divertir muito conhecendo esses Hobbits danadinhos, e os seguindo pelo início de uma importante jornada rumo à Mordor.
Aliás, eu acho que diversão não nos faltou mesmo. Se tem uma experiência que eu nunca vou me esquecer, é de combinarmos de lermos no mesmo horário só para fazermos a atualização da leitura ao mesmo tempo, e ir correndo no perfil do outro para ser o primeiro a comentar. Viu? Isso que uma obra fantástica como essa fez com a gente: nos permitir viver o momento de uma maneira tão leve e divertida, que só deixou a experiência da leitura ainda mais inesquecível.
Confesso que eu não me sinto preparada para falar de um universo tão bem desenvolvido como esse. E como em paralelo o Fábio me orientou a ler ?O Silmarillion? (não inteiro, mas em partes, conforme avançávamos neste), eu pude ver como a obra que o Tolkien criou é completa e complexa. O que só me deixou ainda mais encantada e boquiaberta de ver como uma mente como a dele foi capaz de criar uma história tão bem escrita, e com personagens tão cheios de sentimentos nobres, e de uma lealdade sem igual.
A paixão que o Tolkien colocou nesse universo que ele criou, é algo que salta às páginas. E muito embora as pessoas digam muito do fato de ser um livro com muitas descrições, olha... para mim foi a parte prazerosa. Porque o Tolkien fala de uma natureza que é fascinante, e conforme vamos lendo, dá para sentir que somos transportados para cada um dos lugares onde esses corajosos hobbits e seus companheiros de viagem passaram. E quer saber? Que vontade de morar nesse livro!
Se tem uma coisa que me fascina, é essa capacidade do autor de nos transportar para dentro das suas histórias. Nesses momentos, me senti fazendo parte da comitiva do Frodo, e isso me deu uma sensação de lealdade a essa turminha tão diversificada. São hobbits ao lado de elfos, anões, homens, magos.... Toda uma diversidade que nos faz sentir parte, porque também podemos ter nossos ?poderes? para proteger o jovem Frodo em sua jornada repleta de aventuras, mas também de muitos perigos.
Não vou me ater a história, e nem em falar sobre os personagens, porque quem tem conhecimento sobre o assunto é o Fábio, e eu bem que tentei convencê-lo a fazermos essa resenha em duas mãos. Mas ele me disse que eu tinha que ser como o Frodo, e ser corajosa! Então... estou sendo!
Mas, muito embora eu não tenha tanto conhecimento para ficar aqui falando sobre tudo o que cada um desses personagens tem de especial, eu não poderia escrever essa resenha sem falar de Tom Bombadil. Eu assisti a trilogia do ?Senhor dos Anéis?, e para todos aqueles que também viram, esse é um dos personagens que não foi incluído na adaptação. Mas eu tenho que confessar que fico até feliz, porque foi uma agradável surpresa.
Quando assistimos primeiro à uma adaptação e depois lemos um livro, é comum que pensemos nos personagens tendo a mesma aparência dos atores. Então, foi normal ver o Frodo como o Elijah Wood, o Aragorn como Viggo Mortensen, Legolas como Orlando Bloom, assim como pensar em Gandalf como o único e mágico Ian McKellen.
Mas... e quando surge um personagem que não há como associar ao rosto de um ator, por que ele não foi incluído na adaptação? Bom... nessas horas a nossa mente viaja para longe... e sabe em quem eu pensei? No gigante bonzinho do filme ?O Bom Gigante Amigo?. E não é que ele ficou simpático, alegre e cheio de bondade dentro de si? O que combinou com perfeição com um homem tão único que sequer podia ser corrompido por um anel como esse carregado pelo ?Sr. Frodo?. E isso só tornou essa experiência ainda mais mágica.
São muitas as partes que me encantaram nesta história, como quando a Sociedade tem início e muitas histórias são contadas sobre a origem do anel, mas a que me fez ficar com o coração partido, foi quando Gandalf foi arrastado pelo chicote de balrog. Essa parte, no filme, é inesquecível, e eu consegui até visualizar os olhos de Ian Mckellen nessa hora. E isso deixou tudo ainda mais comovente.
Mas algo melhor ainda nesta história toda, é que ela continua. E eu já estou muito animada para seguir para ?As Duas Torres?, e acompanhar mais dessa saga de um hobbit bolseiro chamado Frodo, que foi o escolhido para levar um anel poderoso (mas maligno) para ser destruído em Sauron. E você, Fábio? Espero que também esteja tão animado quanto eu para continuarmos a nossa aventura junto nessa terra mágica criada pelo gênio e mestre Tolkien. ??