Três Contos

Três Contos Gustave Flaubert
Milton Hatoum




Resenhas - Três contos


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Patricia 29/09/2024

Eu gostei muito do primeiro conto, para mim foi o melhor. Amo esse tipo de histórias, acho que são do gênero "realismo". Me levou muito sd Victor Hugo e outros autores que amo. O segundo conto foi ok, talvez não tenha gostado tanto devido ao fato de ter odiado o personagem. Talvez se ele não tivesse matado tantos animais, eu teria gostado mais. Agora o terceiro... sinceramente, eu não gostei nem um pouco. Me condenem, mas achei chato e entediante, chegou a me dar sono.
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Tacia7 25/08/2024

MAESTRIA
Três contos, de Gustave Flaubert (principal autor do Realismo francês), foram escritos tão magnificamente, que é lamentável que a única obra desse maestro escritor que é citada, principalmente em escolas, seja o livro que deu início ao Realismo, a obra Madame Bovary, (1857), da qual, está sendo a minha leitura atual.
Em Três contos (1877), Flaubert, segundo a minha pesquisa, estava passando por uma crise quando as criou. Mas a sua sublime e profunda escrita, deixa-nos claro, o gênio na arte da palavra, que ele era. Tanto que, ao fim da escrita, o próprio autor garantiu que tinha se recuperado da crise.
Os contos são: Um coração simples, A lenda de São Julião Hospitaleiro e Herodias.
Em Um coração simples, o autor narra a história da criada Félicité. Poderia até afirmar que é uma história de formação. Pois narra desde o seu nascimento até a sua morte. Detalhando para o leitor com riquezas, seus sonhos, suas perdas, sua dedicação e suas poucas alegrias, incluindo uma delas que foi o papagaio Lulu. Fiquei extremamente tocada por esse conto. Flaubert foi de uma sensibilidade ao escrever a personalidade Felicité que não tem como não nos envolver em cada situação na qual ela passa e não conseguimos deixar de torcer por um final feliz!
O segundo conto, a hagiografia de São Julião Hospitaleiro, foi o que me deixou mais curiosa em chegar ao fim da história. É um conto que perturba e inquieta o leitor. Fiquei já extremamente fascinada pela leitura, desde da primeira linha. Também considero um romance de formação. A linha narrativa desse conto é perfeita. Flaubert fez uma construção narrativa singular em todo o enredo. É extremamente profunda a história e diz muito ao leitor. Um clássico, sem dúvida, como nos demais contos.
O terceiro e último conto, Herodias, é a confirmação de que ele encerrou o livro com chave de ouro. Flaubert, em sua leitura na história bíblica de João Batista, apresenta-nos a seu ver, em sua escrita, detalhes e acontecimentos que culminaram na decapitação de São João Batista, que poderiam ter acontecido de fato. Isso sem se perder das citações bíblicas citadas no conto. Que excelência de conto! Estou encantada com a riqueza da escrita desse conto!
Finalizo, que Gustave Flaubert é com certeza um dos maiores escritores da literatura e que suas obras sempre vão ter muito a dizer!
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RaquelSales17 28/05/2024

Três contos muito diversos
Numa retomada da escrita, Flaubert fez estes 3 contos sendo: ?Um coração simples? de uma mulher muito humilde, abnegada e bondosa que confunde um papagaio com o Espírito Santo; ?A lenda de São Julião Hospitaleiro? que se trata de um sanguinário caçador parricida; e ?Herodíade? que pareceu-me uma analogia a Salomé e São João Batista.
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Lucas Lobo 25/04/2024

XD
Acho que não gosto tanto de ler contos, pelo menos os que li até agora não me atraiu tanto, mas é isso.
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Guilherme Amin 15/04/2024

Dois contos e um terceiro
Última obra completa do autor de ?Madame Bovary?, ?Três contos? foi publicado em 1877, a três anos da morte do escritor.

A prosa de Flaubert é fluida, agradável e extremamente elegante.

O primeiro conto (?Num coração simples?) elege como protagonista uma empregada doméstica devota e analfabeta. Como aponta o tradutor Samuel Titan Jr. na apresentação do livro, a força desse retrato singular é tratar ?com honras de personagem principal uma figura que, o mais das vezes, seria mais uma na multidão de personagens secundárias que povoam um romance? (p. 9/11).

O segundo conto (?A legenda de São Julião Hospitaleiro?) reinventa a história bíblica de um santo com maestria tal que a narrativa ganha vida própria, sem dependência de pesquisa prévia pelo leitor.

Isso não ocorre com o terceiro conto, ?Herodíade?. Nele, Flaubert narra outro episódio bíblico ? a morte de São João Batista ? de uma perspectiva também particular, mas inteiramente subordinada ao prévio conhecimento do leitor.

Por óbvio, isso não compromete o valor artístico da obra, mas limita o alcance da leitura de cada um. Eu, que pouco conheço da Bíblia, não consegui sustentar o interesse no decorrer desse conto.

Naturalmente, o autor sabia que isso poderia acontecer. Em carta ao escritor Guy de Maupassant, revelou: ?enfim, começarei minha ?Herodíade?. Terminei minhas anotações e agora estou desemaranhando meu plano. O difícil aqui é dispensar, na medida do possível, as explicações indispensáveis? (p. 142).

Particularmente, acredito que Flaubert não apenas sabia que o conto ficaria insuportável se contivesse todas as explicações bíblicas possíveis, como aceitava que essa não seria uma leitura acessível ou interessante a todos.

Ainda assim, os dois primeiros contos são extraordinários e só por si valem a leitura.
Gustavo Temperini 15/04/2024minha estante
Gostei do 2° conto, quando ele vê o espírito dos animais rsrs




Erich 13/04/2024

Os três contos são religiosos, especificamente ligados à mitologia cristã. Nenhum deles parece carregar um significado por si, mas sim fazer uma descrição do que foi feito e está sendo feito.

O primeiro mostra uma mulher humilde e vemos os "altos" e baixos da sua trajetória de vida. Acompanhamos a insignificância da pessoa.

No segundo conto temos algo que poderia ser interessante, caso não se embebesse novamente de cristianismo que introduz um tom mágico.

O último conto é um retorno ao passado, que carrega para a região de Israel/Palestina e vemos um pouco das disputas religiosas.

Talvez para um leitor mais religioso possa ser interessante. No meu caso ficou bem chatinho, o discurso não combinava muito comigo. Fica-me a dúvida agora se Madame Bovary é realmente agradável.
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Luis.Henrique 16/03/2024

Revisitando um clássico
Três contos, três pequenas amostras do talento genial de Flaubert.
Em histórias curtas e concisas como só o conto nos permite, temos todas as características que fizeram de Flaubert o gênio que foi.
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Izabella164 03/02/2024

Teressante, eu acho...
Estou com o livro mais famoso dele separado aqui pra ler na sequência. Esse aqui é composto por: Coração Simples (Muito sofrimento), A Lenda de São João Hospitaleiro (folclore, a gente valoriza, só que é católico) e Herodias (mais um folclore, agora bíblico, disparando os gatilhos da EBF). Mas, gente, esse livro como cartão de visita eu fiquei meio assim ?

Tudo bem, o primeiro conto é de partir o coração, me lembrou Germinal do Emilie Zolá. O segundo conto é longo, meio doido mas bom. Pra quem tá aí flertando com o vegetarianismo/veganismo é ótimo. Um empurrãozinho assim...

Agora o último conto, égua... não sei se pq eu deixei de ser crente e Histórias bíblicas me dão gatilho, também não faço ideia porquê esse povo tinha uma fixação com a história de Salomé, até lembro que na pintura tinha uma coisa assim também. De qualquer forma a versão do Oscar Wilde é muito melhor.

Eu não me arrependo de ter lido, acho que é a melhor conclusão que posso chegar no momento. Vou passar um tempo ruminando isso e depois vejo o que achei, mas aí esqueço de atualizar a resenha.
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Samuel539 14/01/2024

"A literatura é a arte dos sacrifícios." - G. Flaubert.
Um livro curto e poderoso. Três contos que mostram quem é Flaubert e o que ele é capaz de escrever. Três contos com muitas referências e simbologias cristãs. Os dois primeiros são espetaculares, você não consegue parar de ler, já o terceiro, "Herodíade", apesar de interessante, pois retrata a morte (o assassinato) de João Batista, ele não me prendeu e eu achei muito arrastado.
De todo modo vale muito a pena para conhecer o autor ou mesmo para explorar mais a sua obra.
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camila del rio 27/12/2023

Três Contos
uma coisa que eu gostei no clube de literatura clássica é a ideia de mandar livros mais curtos dos autores junto com o livro do mês, porque permite que o leitor se acostume com o estilo de escrita e também com o movimento em que o autor está inserido. dito isso, ?Três Contos? foi uma ótima introdução ao Realismo de Flaubert. as características que o tornaram precursor do movimento são marcantes na obra.
estou muito animada pra começar a ler Madame Bovary, apesar de não ser muito interessada pela literatura realista. a edição do clube é bem bonita e quanto à tradução, espero que siga o exemplo de ?Três Contos?, que estava ótimo.
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maria 25/12/2023

Específico
O conto que mais gostei foi claramente o primeiro, o de Felicité. Os outros dois são centrados em figuras da igreja católica, e pessoalmente, eu esperava algo mais original, mas nem por isso deixa de ser bom.
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Marcos606 05/09/2023

Um tour de force estilístico, evocando as possibilidades e limites de três vidas, cada uma vivida num momento distinto e significativo de transição histórica, e contando a história de cada vida na linguagem, formas artísticas e perspectivas que cada momento oferece.
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