Quemuel 06/09/2015A arte da vidaGuerra é uma palavra com um significado bastante pesado e cruel. Todos sabem muito bem quais são os males causados por uma guerra e não a querem de jeito nenhum.
Baita é um menino pobre que é convidado a aprender a arte da guerra e com muito entusiasmo aceita, mas ele aprende muito mais do que a arte da guerra, aprende a arte da vida, com seus erros e acertos, aprende a viver.
Neste livro Paulo Leminski retrata a evolução e a mudança do ser, por meio das escolhas e mudanças de Baita. Em várias partes do livro é possível associar que Baita e Kutala são a mesma pessoa, mas em fases diferentes da vida. Devido aos acontecimentos, Baita vai ficando cada vez mais parecido com Kutala, chegando até mesmo a “ultrapassá-lo”. Enquanto Kutala perdeu a maior batalha de sua vida, Baita ganhou a dele, mesmo tendo perdido seu grande amor.
Apesar de o livro trazer o nome Guerra no título, a guerra que mais aparece nele não é aquela com bombas, combates e armas, mas sim a guerra que ocorre dentro de cada um de nós. A guerra do bem contral o mal; a guerra do certo contra o errado; a guerra e os dilemas que tanto nos divide. O tempo todo Baita é obrigado a fazer escolhas grandes e sérias, tendo seus valores morais e éticos confrontados, o que causa uma real guerra dentro dele. Ao final do livro podemos perceber que essa guerra terminou. O bem ganhou. Após aprender a arte da guerra, Baita percebe o quanto ela é dolorosa e cruel e perde todo o prazer que antes encontrava nela, mostrando assim a evolução e mudança total pela qual alguém pode passar.
Esse texto foi escrito como uma redação sobre a compreensão do livro para um trabalho da escola, então não tenho certeza se ele se encaixa nos quesitos exigidos em uma resenha.