Os Escolhidos

Os Escolhidos F. Paul Wilson




Resenhas - Os Escolhidos


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Flavio Assunção 03/09/2011

F. Paul Wilson é considerado um dos mestres do terror moderno, comparado a autores como Dean Koontz e Stephen King. Em suas obras é comum encontrar criaturas sanguinolentas e muita tensão. "Os Escolhidos" é o oposto de tudo isso.

O livro conta a história da jovem Quin Cleary, que sonha em ser médica, mas sem fundos para poder ingressar em uma faculdade de medicina. Então, vê na Faculdade Ingrahan a possibilidade de ter uma carreira de sucesso. Lá, quem passa no teste estuda sem pagar nada e com direito a tudo. A única regra, é que os alunos durmam lá. Após um grande rebuliço, Quin consegue ingressar no sistema, mas aos começa a descobrir o esquema macabro que existe por trás de tudo.

Como é possível observar, a trama possui uma premissa bem simples, mas ao contrário de livros que começam assim e se transformam em algo flenético, intenso, em "Os Escolhidos" o desenvolvimento segue em uma simplicidade de dar nos nervos. Já narrativa é extremamente arrastada, maçante, e apenas no último quarto é que de fato alguma coisa acontece. Mas mesmo assim o desenrolar é bobo, sem qualquer surpresa, sem qualquer fato relevante.

Definitivamente, "Os Escolhidos" é um livro fraco. O mais fraco dos livros que li de F. Paul Wilson. Pra falar a verdade, ainda não li nada do autor que me mostrasse seu brilhantismo. Tudo bem que apenas li, além deste, "O Fortim" e "O Sepulcro", bons livros, mas que não me deram a confiança de que ele pode ser realmente comparado aos mestres citados no primeiro parágrafo. Continuo aguardando.
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Lia Gabriele 24/01/2013

Um clímax para entrar para a história
F. Paul Wilson é um escritor bastante criativo. Sabe criar situações novas como ninguém. Seu maior pecado, porém, é a construção superficial dos personagens. Suas heroínas costumam ser insossas, com pouco ou nenhum carisma. Os protagonistas tendem a beirar a perfeição e, com isso, naturalmente se tornam irreais.

Em “Os escolhidos”, porém, essa cadeia é rompida. Tim Brown é um personagem divertido, que conquista o leitor e rouba a cena de Quinn Leary, insípida estudante pobre que conquista uma vaga milagrosa na maior e mais respeitada universidade de medicina dos Estados Unidos. É nesse ambiente que estranhos acontecimentos têm lugar, gerando dúvidas e suspeitas crescentes, tanto nos personagens centrais quanto no leitor. A conspiração se insinua, tomando uma proporção cada vez maior.

O ponto fraco deste livro em especial é o ritmo fraco da narrativa nos primeiros capítulos. Houve excesso de drama para retratar as expectativas de Leary quanto ao ingresso na famosa faculdade. O autor não precisava ter mastigado tanto: já sabíamos. Também foi redundante quanto à grandeza da instituição de ensino. Estava mais do que claro esse peso acadêmico.

Contudo, as páginas finais da obra tornam a leitura obrigatória. Há uma sequência de eventos de pura adrenalina, daquelas que, no cinema, fazem a gente ficar tenso e conter o impulso de desviar os olhos da tela. É impossível parar de ler, de torcer, de se torturar. Wilson revelou uma inspiração única ao criar o clímax. E isso, aliado ao charme irresistível de Tim Brown, torna o livro recomendadíssimo.
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