Lucas 13/12/2011
Em Chamas, fazendo a trilogia pegar fogo!
Logo após terminar de ler o primeiro livro da trilogia, - Jogos Vorazes - pude perceber ser inundado imediatamente pela sensação de quem acabara de ler o primeiro livro de qual virá a se tornar melhor trilogia de toda minha vida.
Achando impossível um livro de silhueta humilde e edição juvenil chegar aos pés de estórias emocionantes e que marcaram e ainda marcam época - "O Senhor dos Anéis", "Harry Potter" - pude perceber que a Editora Rocco nos surpreendeu novamente.
Não conseguindo tirar a série de minha cabeça, dia após dia, não demorei para adquirir o segundo livro, "Em chamas".
Mas ao tempo em que começo a ler, logo comete-me um desespero: E se o segundo livro não for tão bom quanto o primeiro?
Afinal, só se passa neblina na mentes dos quais leram o primeiro livro da trama e imaginam como seria o segundo.
Falha minha. Em Chamas é mais do que qualquer outra coisa: SURPREENDENTE!
O que faz a tarefa de criar uma resenha para essa obra-prima dificílima, sabendo que cada detalhe pega fogo dentro do enredo.
O começo morno no livro, faz jus ao nome da primeira parte - A Fagulha - da qual começa exatamente no ponto em que Jogos Vorazes termina, tendo um começo muito menos aventureiro em relação ao mesmo ponto no livro anterior.
A primeira parte serve para situar-me novamente na estória, o que não demora muito, devido à escrita fervorosa e emocionante de Suzanne Collins que me abrange com facilidade.
Por um momento, sinto-me fraquejar: será que o novo livro traz um enredo tão diferente? Algo que fará The Hunger Games passar a ter o título de "Melhor-Trilogia-De-Toda-Minha-Vida" para "Maior-Decepção"?
Quando de repente, tão rápido quanto uma flecha de Katniss Everdeen, a segunda parte da magnífica obra me acerta.
"O Massacre", permite-nos conhecer mais sobre a vida dos que já estavam presentes em nossa leitura e os que ainda surgirão - obrigado por essa oportunidade Suzanne. Muitas coisas mudam na vida da "Garota Em Chamas" tendo agora que tomar decisões únicas e críticas sabendo que qualquer erro seu pode significar um grande desastre. Profundo e efervescente, a segunda parte transforma "A Fagulha" em uma fogueira aconchegante e anciã, incutido-nos magníficas sugestões do que ainda está por vir. Falha minha outra vez. Nada do que eu poderia imaginar se iguala ao verdadeiro choque do que está por vir.
Perplexidade total. Pude sentir enrijecer-me imediatamente. Ou meus olhos peças pregando-me estão, ou Collins conseguiu superar a si própria fornecendo-nos uma proposta muito conhecida para os quais já leram o primeiro livro da saga.
"O inimigo" mostra tudo aquilo que mais queremos ver desde que abrimos pela primeira vez a capa de Catching Fire - guardem bem minhas palavras - fazendo-nos animais doentes pelo próximo movimento de cada personagem ali presentes.
Quando estamos completamente excitados no ápice da estória, uma bomba explode - literalmente - e me vejo novamente dentro de algo tão maravilhosamente alucinante que cabe-me não acreditar que tudo isso se encontra em um livro só. Porém tudo isso tem um final - 413 páginas para ser mais exato -, e vejo então que a ultima página já se fora.
Acontece que me vejo sedento pelo terceiro e ultimo livro desse magnífico mundo fictício porém que é extremamente real em minha mente a ponto de querer mais e mais e mais.
Foi aí então que aquele meu pontinho de desespero sobre "Em Chamas" não conseguir ser tão bom quanto "Jogos Vorazes" se esvai completamente e tenho a certeza que além de igualmente bom, é melhor.
Cabe-me agora, mais do que qualquer coisa dar uma opinião literária que se possível, daria a todos nesse mundo: Leiam esta maravilhosa trilogia, pois acreditem, além do primeiro livro ser voraz, o segundo fica em chamas!