Talita.Lobo 08/07/2023
Autocentrado
Ainda não tenho certeza do que pensar e/ou escrever do livro.
Sendo sincera, não foi um livro ?uau? e pouca coisa lembro dele após alguns meses de leitura.
Detalhes da história já não posso recordar. Mas lembro que durante a leitura (que foi interrompida por muitos meses porque meu livro estava muito velho e com muitos ácaros que me causaram uma ?bela? sinusite alérgica) e o que me fez retoma-lá foi me interessar na discussão proposta no livro sobre o que é a liberdade e outras investigações morais.
O livro analisa e crítica a sociedade Inglesa (?) do século 30, a maneira como as pessoas vivem as próprias vidas, olham somente para si, buscam a auto satisfação a todo custo, ignorando e satirizando quem está a sua volta. Neste ínterim, o autor analisa se a liberdade é algo dado, fácil, ocioso, ou se de fato é algo trabalhoso, duro, fatigante?..
a vida que vivemos é, afinal, uma farsa? Tudo é perene? Nossas virtudes são algemas e prisões?
Algumas dessas questões me foram surgindo durante a leitura, questões que, fatalmente, não possuem uma resposta concreta, mas que possuem o encanto de serem importantes enquanto podem ser pensadas.
?Todos os governos, mesmo o de Hitler, mesmo o de Stalin, mesmo o de Mussolini, são representativos.
O comportamento nacional de hoje é uma projeção em larga escala do comportamento individual de hoje. Ou antes, para ser mais exato, uma projeção em larga escala dos desejos e intenções secretas dos indivíduos. Pois todos nós gostaríamos de nos comportar muito pior do que o permitem a nossa consciência e o respeito da opinião pública. Uma das grandes seduções do patriotismo está em que ele realiza os nossos piores desejos. Na pessoa de nossa nação somos capazes de, por delegação, tiranizar e fraudar. E, o que é mais, tiranizar e fraudar com a sensação de sermos profundamente virtuosos. E doce, é decoroso assassinar, mentir, torturar por amor à pátria. As boas políticas internacionais são projeções das boas intenções e benévolos desejos individuais, e devem ser da mesma espécie que as boas políticas interpessoais. A propaganda pacifista deve visar às pessoas tanto quanto aos seus governos; deve começar simultaneamente na periferia e no centro.?