Mar inquieto

Mar inquieto Yukio Mishima




Resenhas - Mar Inquieto


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Matheus945 14/01/2021

Singelo e delicado
Uma das histórias mais gostosas que ja li, tem um tom tão singelo e delicado... parece muito um filme do Studio Ghibli. Talvez o que faça esse livro ser tão excelente seja a escrita e seu narrador, Mishima descreve tão bem toda a ilha de Utajima e seus moradores que eu acho impossível que eles não existam. Tudo parecia tão real...

A história de amor fica quase em segundo plano tamanha importância que o narrador dá em descrever os aspectos da ilha, seu cotidiano, a prática da pesca (que pega a maior parte da narração), os problemas enfrentados, uma parte minha quer viver nessa ilha. Eu não consigo explicar em palavras como esse livro é encantador e delicioso.
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Mari 11/01/2021

Simples, mas encantador
Shinji é um humilde pescador de Utajima, uma simples ilha no Japão, que mora com sua mãe e seu irmão. Como seu pai morreu, agora é sua função cuidar da família, por isso, ele teve que se formar com urgência na escola e, para isso, ele precisou da ajuda do faroleiro. Por isso, com frequência, Shinji leva um belo peixe para a família do faroleiro. Em um desses dias, Shinji encontra uma moça que nunca tinha visto antes e, de cara, fica encantado com ela, por ela ser bem diferente das outras moças da ilha. Logo, ele descobre que essa moça é Hatsue, filha e herdeira de Terukichi, um homem rico e importante da região. Todos os rapazes almejam sua mão, mas o favorito de seu pai é Yatsuo, um rapaz rico e desprezível. Assim, Shinji e Hatsue acabam se envolvendo em um relacionamento proibido, esperando a ajuda dos deuses.

A história é simples, talvez até um pouco clichê. Porém, a narrativa é encantadora, os personagens são muito bem construídos, as descrições da ilha são lindas, mas o que mais me encantou foram as metáforas com animais.

"?Que borboleta estranha! Quer ser uma gaivota??, pensou.
No mesmo instante, afligiu-se por ela.
A borboleta alçou vôo e tentou se afastar da ilha arrostando a viração. A brisa era suave, mas não para as asas frágeis de uma borboleta. Apesar de tudo, afastou-se da ilha voando bem alto. A mãe continuou a acompanhar seu vôo contra o céu claro e ofuscante até vê-la transformar-se num minúsculo ponto preto, a bater para sempre as asas num canto do seu campo visual. Contudo, a borboleta talvez se aturdisse com a luminosidade e a vastidão do mar ou se desesperasse com a distância ? pequena à primeira vista, mas grande na realidade ? que a separava da ilha vizinha, pois resolveu retornar para o quebra-mar, dessa vez voando rasteiro e hesitante sobre a superfície marítima. Em seguida, descansou as asas numa rede que secava ao sol, acrescentando um belo laço à sombra dos fios entrecruzados.
A mãe não acreditava em premonições ou superstições, mas tanto esforço inútil da borboleta entristeceu-lhe o coração."
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