Fê 16/02/2015Eu já havia comentado sobre esse livro aqui, e, depois de muito tempo, resolvi reler. Eu adoro o filme, é um dos meus preferidos, e lógico que quando vi no catálogo do Círculo do Livro, eu sabia que tinha que ler também.
Como eu expliquei na postagem sobre o filme, o livro é uma livre adaptação, e conta como os dois amigos se conheceram na adolescência. Isso, claro, vai em desacordo com o que é relatado pelo próprio Conan Doyle em Um Estudo em Vermelho (resenha em alguns dias), mas os próprios produtores do filme, bem como o autor do livro, assumem que a aventura não tem nada a ver com a obra de Conan Doyle, a não ser pelos personagens. Mas eles são tratados em ambos com o respeito devido, com as mesmas características impostas a ambos por seu criador. Holmes é inteligente, arrogante, egoísta e brilhante; Watson é prático e mais cuidadoso. Ele é quem humaniza Holmes em muitos aspectos.Mas aqui, esse cargo fica por conta de Elizabeth, a namorada de Holmes.
Elizabeth é órfã e mora na escola com seu tio, o professor aposentado Waxflatter. Ela é inteligente, perspicaz e muito matura para seus 16 anos. E, em muitos aspectos, uma jovem bem à frente da sociedade vitoriana da época. É culta e não é do tipo de mocinha que fica parada esperando as coisas acontecerem. Ela ajuda Holmes e Watson em muitas das soluções para o caso em questão.
O livro é relatado como os outros de Sherlock Holmes, através da perspectiva de Watson, por meio de seus manuscritos. E ele preserva o mesmo estilo de escrita dos clássicos de Conan Doyle. A narrativa é fluida, e entremeada com fatos históricos sobre o Egito, e diversas digressões de Watson, já muitos anos depois de suas aventuras com Holmes terem chegado ao fim. E volta e meia o autor inclui algum comentário sobre os outros casos de Holmes, fazendo referência a um ou outro acontecimento relatado por Conan Doyle.
Percebi que não comentei a sinopse do livro, mas nem vou fazer isso porque já relatei na resenha do filme, e o livro foi escrito em cima do roteiro do filme. Mas, muito mais do que uma adaptação literária do roteiro, ele aprofunda alguns acontecimentos, como já comentei, e encadeia os eventos de forma mais precisa do que o filme. Muita coisa que no filme fica sem explicação, no livro está bem comentada, mas de forma prazerosa, sem comprometer em nada a leitura. Vale a pena tentar procurar em algum sebo, e se deliciar com esta aventura adolescente, mas muito empolgante, de Holmes e Watson.
Trilha sonora
Não tem outra (até porque sempre que ouço essa música, lembro do filme), O Fortuna, de Carmina Burana.
Se você gostou de O Enigma da Pirâmide, pode gostar também de:
The Complete Sherlock Holmes – Arthur Conan Doyle;
coleção Agatha Christie;
coleção Ramsés – Christian Jacq;
coleção A Pedra da Luz – Christian Jacq;
As Crônicas dos Kane – Rick Riordan.
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natrilhadoslivros.blogspot.com