Romane.Cristine 21/02/2024
Sério isso?
É com muita tristeza e dor no meu coração fã do Sidney Sheldon, que eu venho falar desse livro. Eu queria gravar um vídeo, mas por motivos de assalto estou sem celular, então precisa ser digitado no computador mesmo. Gente, eu tô em choque do tanto que essa leitura foi ruim de como ela foi chata, sem lógica, contrariando completamente tudo que eu me lembro de ter lido do autor. E ai eu venho ver as resenhas e o pessoal fala que é obra prima dele. Não consigo entender. Eu achei muito chato, algumas coisas muito incoerentes, encontrei coisas que em um livro sempre me incomodam e eu não me lembrava de que tinha isso nos livros dele. Mas vou me explicar. O livro conta a trajetória da Kate Blackwell. Atualmente uma senhora de 90 anos que é dona de uma empresa multibilionária ou multimilionária não sei. A empresa é herança do seu pai, Jamie McGregor, antes um jovem sonhador que queria enriquecer a fim de ajudar sua família a sair da miséria. Para isso ele foi atrás das minas de diamantes. Lá foi enganado, quase morto, sobreviveu, ficou rico e se vingou do seu algoz. Casou-se, teve dois filhos, uma deles é a Kate que sempre foi mimada, desobediente, arrogante, e uma dor de cabeça eterna pra mãe. Não queria aprender a ter bons modos, nem estudar, nem nada. Com o tempo entrou em uma escola na qual aprendeu a administrar empresas, pois administraria a empresa da família um dia. Casou-se, teve um filho, depois duas netas e por fim um bisneto. O livro conta a história de cada um deles, a exceção do bisneto. Esse deve ficar para o outro livro, creio eu. Mas nesse temos o desenvolvimento acelerado de 4 gerações, dispostos de forma bem ridícula e incoerente. Vou explicitar:
"Aconteceu há muito tempo. Kate tinha QUATRO ANOS (foca na idade), travara uma briga a socos com um garoto que se atrevera a zombar dela. O garoto fugira quando David aparecera. Kate saíra atrás dele, mas David a segurara e dissera:
- Kate, você tem que aprender a se controlar. As meninas não podem brigar assim.
-Largue-me! - gritara Kate.
E David a soltara. O vestido rosa que ela usava estava enlameado e rasgado, seu rosto estava machucado.
- É melhor você se arrumar antes que sua mãe a veja nesse estado - acrescentara David.
Kate ficara olhando pesarosa para o garoto que se afastava correndo.
-Eu poderia ter dado uma surra nele, se você não tivesse interferido.
Gente, uma criança de 4 anos tem essa eloquência toda? Uma criança de 4 anos que nem estudava direito falaria "interferido"?
E a Eve, neta da Kate?
Na noite anterior ao quinto aniversário das gêmeas( ou seja, com quatro anos de idade) Eve tentou matar Alexandra.
E como? Com um plano bem elaborado e eloquente sobre ascender as velas do bolo de aniversário e dar um jeito da Alexandra morrer queimada. E a conversa, os pensamentos de uma criança de 5 anos, que dali em diante passou a vida tentando matar a irmã e a irmã nunca percebeu . E pense numa mulher irresistível, linda, deslumbrante e sei lá quantas coisas. Com 17 anos a Eve já tinha passado pela cama de todos os alunos da escola e metade dos professores, e achava a coisa mais maravilhosa do mundo porque na cabeça dela ela tinha controle sobre eles. Gente foi tanto absurdo na parte dessas gêmeas que eu sinceramente fiquei me perguntando se o livro era mesmo do Sidney Sheldon. Porque a memória que eu tenho dele é de Tracy Whitney com uma trajetória que de fato merece menção honrosa, e ai eu leio isso. Porque a Kate é só uma filhinha de papai, que recebeu uma empresa de herança, soube dominar e se aprimorar e conseguir mais dinheiro sim, mas de resto ela só é manipuladora pra conseguir o que quer. E as netas é ladeira abaixo. Fui procurar a ordem de lançamento dos livros, e vi que ele foi lançado antes dos livros que gostei (Se houver amanhã, Nada dura para sempre, Conte-me seus sonhos) mas mesmo assim é uma decepção muito grande. Fico pensando em se eu reler esses outros livros eu vou perceber essas coisas presentes neles também, e se vai estragar a experiência. Não sei, mas esse livro aqui não foi nem perto de não ser bom. Foi triste mesmo, de verdade, e é com muito pesar que digo isso.