Batman - Ego

Batman - Ego Darwin Cooke



Resenhas - Batman - Ego


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Raeli 29/03/2021

Bruce x Batman
Genial a forma como a história aborda os conflitos internos de um Bruce Wayne desgostoso, cansado, psicologicamente vulnerável e deprimido. A solidão de um homem que tem tudo e ao mesmo tempo não tem nada. A própria relação entre Bruce e Batman e a difícil distinção de onde um começa e o outro termina.

Em Batman Ego todos os sentimentos há muito guardados são colocados para fora e materializados em uma forma assustadoramente medonha, que querendo ou não, é o cerne da obscuridade do próprio Batman.

Uma HQ sensacional, contando uma história muito boa que deveria ser muito mais reconhecida pelo público, principalmente os admiradores do Batman.

Gostei bastante, recomendadíssimo!
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Parker 28/03/2021

A história mais Batman do Batman
Pode ser exagero para alguns oq eu vou falar mas Batman Ego é pra mim o que Grandes Astros é para o Superman, essa história vai no fundo do psicológico do Bruce Wayne/Batman, explora sua dor, medo e o que é a figura do Batman, oq impede de Bruce Wayne se perder na figura da entidade vingativa que é o morcego, e o que impede o morcego de esquecer de seu propósito caso se perca na figura do homem que é Bruce Wayne. Se The Batman vai mesmo se inspirar nessa história ent já posso dizer que esse vai ser o melhor filme do herói pq essa hq É BATMAN na alma.
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Giulendo 06/10/2020

Uma leitura profunda e triste do Batman
A história é impecável, recheada de sentimentalismo, reflexão e dilemas acerca de Bruce Wayne e do próprio Batman. Gostei de vê-lo como uma pessoa sensível com seus próprios demônios dentro de si, o que faz do personagem mais humano e nos permite se identificar com o super herói.
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joaoggur 09/09/2020

Reflexivo
Um quadrinho para refletir sobre o Batman. Curti bastante. Pela primeira vez vejo esse tipo de abordagem em um personagem como o Batman.
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Sabrina 08/09/2020

Uma boa HQ para entender alguns aspectos do Bruce. Considero importante também para compreender o tamanho da loucura desse moço. Teria que gastar a fortuna em terapia pra ficar ok.
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Eduarda Duarte 07/09/2020

Batman EGO, Darwin Cooke
Esta foi a primeira leitura referente ao herói vigilante que fiz. E foi muito intensa.

Em EGO vemos Batman se materializar e assumir sua existência em co-dependência à Bruce Wayne, que se assusta ao constatar que mesmo ele sendo Batman, o Batman não é ele. Podemos entrar em questões freudianas que explicam. Portanto, o Batman seria aquilo que a sociedade fez de Bruce Wayne, aquilo que o filantropo milionário tenta a todo custo controlar.

Mas que, como parte de si, se rebela e tem vontades. Tem vontades que vão inclusive contra seus próprios princípios. vemos então, a luta do EGO e do ID.

É perturbador, em meio a reflexão que a HQ nos proporciona analisar nossa opinião no meio dessa discussão tão... íntima.

Reforça as complexidades e nuances humanas.

Quem somos nós? Somos o amontoado de experiências e traumas que enfrentamos e de que forma isso influencia no nosso papel na sociedade
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Jef 12/09/2017

"Batman Ego: E o inimigo verdadeiro é interior"
Batman: Ego (Batman Ego and the others tales, 2000) é um dos melhores quadrinhos do Batman que aborda toda psiquê conturbada do herói. Se você quer conhecer mais do que se passa na mente do herói mais famoso da DC, precisa conhecer esta grande obra dos quadrinhos!

Bruce Wayne tornou-se um homem atormentado desde a morte dos pais. E após o trágico episódio do assassinato ele se tornou o maior herói de Gotham, o Batman, sempre lutando contra o crime, contudo, há uma ideia se propagando na mente dele de que não está fazendo tudo o que poderia com os recursos e intelecto que possui contra a enorme violência que existe na caótica e corrupta Gotham. Fragilizado, refletindo sobre todo o peso da responsabilidade que tem em ser o Cavaleiro das Trevas, o homem morcego não vê mais saída e começa a temer que tenha chegado ao seu limite. Descobrindo que para continuar na caçada contra o crime terá que lutar uma batalha que adiou há tempos, a maior batalha da sua vida: a batalha interior.

Essa é a premissa da HQ lançada originalmente em agosto do ano 2000 pela DC cujo principal artista é Darwyn Cooke, que roteiriza junto com o Paul Grist, e desenha – e que também foi responsável por DC: Nova Fronteira (DC: The New Frontier, 2013-2014) – criando ilustrações únicas com predominâncias das cores preto, cinza, roxo e amarelo, características do herói.

Lançado somente uma vez no Brasil pela editora Mythos em 2003, é uma das grandes histórias que poucos conhecem e que mais pessoas deveriam conhecer, principalmente os admiradores do vigilante de Gotham.

Batman: Ego é um dos tesouros escondidos para muitos da mitologia do morcegão mais querido do mundo que mostra que o que faz um herói é como ele consegue lidar consigo mesmo.

Já pela sua capa, é possível reparar do que se trata a história. De como Batman é tão unido à Gotham. De como esta cidade tão perdida quanto ele necessita de proteção. Um é uma parte do outro. Por isso a capa do Cavaleiro das trevas fundido a cidade é um tiro certeiro nas analogias feitas por Darwyn Cooke que mergulham intimamente nos medos e fraquezas de Bruce Wayne.

batman ego
DO QUE SE TRATA ESSA HISTÓRIA E POR QUE VOCÊ DEVE LER?

A trama, em síntese, é sobre o confronto de Bruce Wayne com sua persona Batman.

O quadrinho inicia com uma voz narrando os eventos. Uma voz com uma fonte diferente das demais com um balão azul claro, que pode ser entendida como o consciente do herói. Batman questiona-se se deve ou não continuar em sua caçada ao crime refletindo sobre seu legado: “Em momentos como esse… no frio e nas trevas, eu sinto que estou perdendo o rumo, que a cidade a qual me entreguei ameaça me esmagar com o fardo do meu compromisso com ela.”

Ferido, perdendo sangue, persegue implacavelmente um subordinado do Coringa que está com muito medo da fuga do palhaço do crime de Arkham ou da polícia de Gotham descobrir que revelou o esconderijo secreto do maior vilão do morcego e que fugiu com o dinheiro do bando. Bruce tenta dialogar com o bandido e manter tudo sobre controle para prendê-lo, como está acostumado a fazer. Não aceita a derrota, nunca desiste porque nunca foi uma opção e suas falam são representadas por um balão tradicional refletindo a personificação do seu Ego, que dá título a HQ.

batman ego
A perseguição termina em catástrofe quando o capanga temeroso por sua vida e da sua família pela ira do Coringa, diz que assassinou sua mulher e filha antes que o vilão o fizesse de forma pior. Após a chocante revelação, o capanga já sem esperanças de qualquer salvação faz o mesmo consigo, suicidando-se na frente do Batman, que choca-se, ao perceber que mais uma vez não consegue salvar uma vida. E é aí que a história começa de fato, após essa introdução.

Ao voltar para a Batcaverna, totalmente abalado, Bruce reflete sobre suas ações e o que levou a isso acontecer, e eis que ele toma a decisão mais importante de sua vida: desistir de ser o Batman. Algo que sempre lhe atormenta pelo peso que carrega em suas costas. Pela decisão de ter que abdicar a sua missão por uma possível vida normal, e provavelmente fútil, em uma busca pela felicidade pessoal. E nesse momento, o Batman aparece diante dele e começa a questionar a decisão. Batman é desenhado como uma entidade, bem maior que Bruce e com um aparência intimidadora. Sua fala nos quadrinhos também difere-se dos outros personagens; seus balões são de cor meio amarelada e que aparenta representar o inconsciente, o Id, contudo parece-se mais com a representação do Super ego de Freud, ou com a Sombra de Carl Jung. De qualquer forma, o ser nomeado de Batman surge como a contraparte de Bruce Wayne.


Quando um Batman em forma de entidade (seria alucinação ou dupla personalidade?) surge em frente a um emocionalmente quebrado Bruce é quando se têm os melhores momentos da HQ. Bruce é confrontado com seus maiores medos, falhas, contradições e desejos pelo Ser Batman, que o coloca contra a parede com diálogos como esse: “Bruce Wayne, o humanitário, o pretenso beato e total hipócrita, você professa a santidade da vida humana enquanto professa a santidade da vida humana, enquanto jaz, soterrado sob inúmeras vidas humanas. Como ficam as vidas delas? Elas não passam de execução da sua moralidade covarde? Numa análise final: será que nós não criamos o monstro?”

Momentos em forma de flashback importantes que impactaram a vida do milionário e vigilante de Gotham são relembrados: morte dos pais, da criação do Coringa através do Capuz Vermelho, em uma referência/homenagem a icônica e premiada história de Allan Moore, A piada Mortal (The Killing Joke, 1989), a sua parceria com o garoto prodígio, Robin, a sua culpa de deixar pessoas morrerem e nunca quebrar o seu código de honra de não matar. Batman quer que o Coringa seja morto para que a justiça possa prevalecer em Gotham. Bruce é contra o assassinato. Um conflito entre ambos é estabelecido. Bruce está diante daquele que mais sabe sobre ele mesmo. Daquele que surgiu quando o menino teve medo da morte dos pais. Bruce está diante do que o faz ser o Batman: o medo.

POR QUE BATMAN: EGO É UMA EXCELENTE HISTÓRIA?

Antes de Darwyn Cooke escrever e ilustrar esta história fechada, de uma única edição como nenhuma outra história abordou a psiquê do morcego ou brincou completamente com a essência psicológica dele. Com o que há de mais básico: ego. Essa abordagem do Batman, onde Bruce enfrenta seu ego/personalidade não tinha sido feita antes. Outros escritores destruíram o Batman fisicamente e o puseram no limite, mas não de modo emocional e intelectual. Cooke foi o único que escolheu quebrar a figura do homem por trás da entidade morcego de forma tão reflexiva, intelectual e concisa usando muitos elementos abordados no também recomendado e incrível documentário do Batman produzido pelo canal History.

Batman: Ego é uma excelente história não só para os fãs do morcego ou dos quadrinhos da DC, é para qualquer apreciador de boas histórias. É curta, bem escrita e com desenhos únicos que traz uma abordagem diferente e altamente interessante. É uma das poucas histórias onde vemos como o Batman pensa e age e como paradoxalmente a existência dele inspirou os caóticos e psicóticos vilões de Gotham, como o maior exemplo: Coringa, seu eterno arqui inimigo.

O que Batman: Ego tem de ótimo está no debate que traz sobre o que torna o herói mascarado vestido de morcego tão diferente da sua galeria de vilões. Seria Batman um louco? O que difere dele dos seus inimigos? Seria o fato de não matar vilões e bandidos comuns? Se a intenção primordial do Batman é de fazer justiça e não vingança, poderia ele decidir quem vive quem morre? A grandiosidade desta obra está nas questões abordadas e nas perguntas feitas. Para saber a resposta você precisará ler.

Infelizmente, essa obra não é muito comentada e até esquecida diante do panteão de clássicos do morcegão; sendo ofuscadas por histórias como Batman, o cavaleiros das trevas (The Dark Knight Returns, 1986-1987), A Piada Mortal, O longo dia das bruxas (Batman: The Long Halloween, 1996-1997), Ano Um (Batman: Year one, 1987), dentre outras.

Se você gosta de boas histórias com abordagens psicológicas, e não se importa com a falta de ação, Batman: Ego é feita para você. Se tiver a oportunidade de ler, leia, não vai se arrepender e poderá ter o prazer de mergulhar profundamente na mente conturbada de um dos maiores heróis de todos os tempos!

Guilherme Amaro 13/06/2021minha estante
Melhor resenha de todas, parabéns por colocar tantos detalhes, comprei a HQ na Pré Venda da Amazon, porque assim que lançar vai aumentar muito o valor, confesso que desconhecia essa HQ Batman Ego, tenho vários HQs do Batman, mas essa vim por conta do filme que será lançado em março 2022, acho que vai ser o melhor Batman de todos os tempos, atuação no trailer de Robert Pattinson ta incrível;
Jef; Se puder faça um top 10 das melhores histórias HQs do Batman na sua opinião.




R...... 15/02/2017

Edição incrível! Para mim é antológica e sensacional. Daquelas HQs que deveriam aparecer em coleções de grandes momentos da DC Comics.

A história é caracterizada por uma luta existencial do Batman, em que confronta seus ideais de justiça com estímulos negativos que recebe em seu meio (Gotham City) e do subconsciente justiceiro radical tentando assumir as ações como se fosse a melhor escolha da razão.
A capa não tem um lance caótico envolvendo o morcego? É o que acontece ao longo da narrativa. O herói é saturado e provocado pelo subconsciente (que se apresenta como uma figura satânica), fazendo pensar na realidade violenta da cidade, trazendo à tona o trauma familiar numa visita minuciosa aos eventos que antecederam a morte dos pais, e tentando incutir também culpa pela origem e ações dos vilões na falta de uma intervenção mais enérgica e decisiva, o mesmo em relação à morte do Robin e sofrimento de muitos outros. Enfim, é um quadro de tentação e sedução para radicalidade nas ações - a justiça inclemente e letal com as próprias mãos.

Texto envolvente e arte atrativa em sua peculiaridade, nos moldes de Batgirl ou Robin Ano Um.
O aspecto que não gostei foi do texto em estilo diário nas dez primeiras páginas - dificultou bastante a visualização. Fica a sugestão para leitura em obra digitalizada, onde podemos ampliar o quadro.

Legal demais!
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