Patricia 22/03/2011
Narrativa sofrível. Não vejo nenhum outro propósito desse livro além de aproveitar a onda do filme a faturar alguns trocados.
Logo de início Mark Logue afirma que teve a idéia de escrever o livro depois que foi procurado pelos produtores do filme. Enquanto revirava caixas e gavetas, levantando uma nuvem de pó, Logue, o neto, teve a idéia de ele escrever um livro.
Com, segundo ele, o objetivo de contar mais sobre a história de seu avô do que o roteiro do filme pretendia. Certo, nada mais justo.
Mas não é isso que acontece!
Fora um breve histórico de Logue na Austrália e a viagem para o Reino unido, o livro nada acrescenta ao que o filme conta, e pior, é extremamente repetitivo e cansativo.
O filme, pelo forte apelo fotográfico, ainda consegue disfarçar, mas no livro é clara a falta de fontes disponíveis para pesquisa: somente as cartas e o diário, fora o registro histórico para ambientação, é claro.
Mark Logue, por não ter experiência na escrita, teve ajuda de Conradi, um jornalista e pesquisador nessa empreitada.
Juntando tudo isso, o resultado é muito claro: um relato extremamente sentimental, com tentativas de floreio, como para exaltar a história "mero sudito servindo à realeza". Além de um bla bla bla incansável, que depois de metade da leitura descorrida, fica muito claro: não se tem conteúdo suficiente para escrever uma história interessante. Simples assim.
E a frase de efeito na capa da edição? Por favor, mesmo quando eu ainda não tinha aberto o livro ela já havia me parecido desmesurada.