Noite na Taverna e Poemas Escolhidos (de Lira dos vinte anos)

Noite na Taverna e Poemas Escolhidos (de Lira dos vinte anos) Álvares de Azevedo




Resenhas - Noite na taverna e Poemas escolhidos (de Lira dos vinte anos)


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Ceduardo 22/06/2011

Um homem que morreu aos 21 e deixou versor imortais.
Seus poemas estão à prova de comentários, poís é uma celebridade. Álvares de Azevedo viveu até 21 anos. Acho que foi como aquela madeira que queima rapidamente na fogueira, erguendo grande labaretas, mas se consome rápido... O que é intenso, dura pouco...

Quem gosta de literatura e principalmente o gótico e o romântico, vai fazer de seus versos um cult.

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Eduardo 05/03/2020

Li o Noite na Taverna me divertindo com o modo como ele quer escrever histórias que choquem o seu leitor. Ainda que, com o passar das décadas, o livro possa ter ganhado certo aspecto ridículo pelo exagero macabro das histórias, em certo momento da leitura é possível se perceber que, ou por alguma história específica, ou pelo acúmulo de bizarrices ao longo da leitura, o humor parece ceder um pouco e começa a bater aquele mal do século no leitor.

É muito difícil se aproximar da visão do mundo do escritor, mas é interessante pensá-lo criticamente, em como a forma de amor expressa ali no livro tem muito de paixão e de projeção de ideais sobre a mulher amada, resultando em histórias que, a olhos contemporâneos, seriam consideradas grotescamente machistas. O amor é próximo demais da violência, e isso em um sentido bastante literal. Outra coisa que me chama a atenção é como uma visão cristã de mundo se faz presente sempre pelo seu contrário, valorizando o pecado, o sentimento de culpa e uma devoção herética não a deus, mas à mulher amada.
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CahFurlan.Mello 29/10/2020

Um grande e talentoso poeta.. pena ter morrido tão precocemente... acredito q ele amou sem limites!!! E se não fosse a morte teria amado muito mais e mostrado pra nós leitores o amor infinito em grandes poemas e sonetos!!!
Esse livro retratou bem esse amor... e a alegria q ele tinha em estar entre os amigos contando histórias, um tanto macabras, mas pra ficar na memória de todos!!!
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ligia 12/09/2012

Me apaixonei por esse escritor quando outro professor meu de literatura interpretou conosco um de seus poemas.
O professor falou de um jeito tão intenso e admirado pelo autor de 20 anos, com tão pouco tempo de vida mas com tamanha qualidade de escrita, que bateu uma vontade de ler.
Não uma vontade qualquer, uma vontade enorme. Comentei tanto, mas tanto desse livro que certo dia o Vitinho apareceu com o livro na mão "Achei na minha estante. Era sobre esse livro que você tanto falava, não?".
Confesso que demorei a ler. O começo me desanimou - a escrita certamente não era desse século. Mas quando engatei, foi uma experiência completamente diferente do que eu estava acostumada.
Um livro ultrarromântico, em um misto de paixão intensa e idealizada com morte em todos contos. Conta a história de amigos bêbados em uma taverna, contando histórias macabras de sua vida como incesto, estupro, suicídio, aborto, canibalismo, traição e outros temas nada leves.
A cultura de Alvares foi outra coisa que me impressionou. Citações de artistas, filósofos e escritores que o inspiraram na época como Lord Byron, Shakespeare, etc.
Esse livro com certeza já entrou na minha lista de preferidos e meu preconceito contra o romantismo e o "mal-do-século" passou a ser admiração.
"Talvez que um dia fosse uma beleza típica, uma dessas imagens que fazem descorar de volúpia nos sonhos de mancebo. Mas agora com sue tez lívida, seus olhos acesos, seus lábios roxos, sues mãos de mármore, e a roupagem escura e gotejante da chuva, dissereis antes-o anjo perdido da loucura."
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Vini 12/11/2014

Exageradamente romântico
O conto "Noite na Taverna" é uma leitura surpreendente que apresenta algumas imagens de forma muito crua. O lado sombrio das personagens vêm a tona como se quisessem também puxar à luz o que há de obscuro em nós também.
Toda a narrativa é climática fazendo com que realmente a gente se sinta como um espectador na taverna que serve de cenário à história.
O autor só peca no excesso de referências europeias mas mesmo isso devemos levar em consideração imaginando que àquela época não haviam referências a alegorias nacionais na literatura.
Os poemas, no entanto, derramam um romantismo exagerado. Uma passividade que de tão repetitiva soa fútil. Há sim belos versos e reflexões profundas sobre a existência, mas sempre quase que sufocado por lamúrias e pesares em demasia.

site: http://e-vidabesta.blogspot.com.br/
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Leti 21/02/2023

Noite na taverna
Livro muito bom da literatura brasileira, nunca li um livro desse na minha vida, tem algumas palavras difíceis de entender mas é só pegar na internet! Recomendo muito
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Olivia 13/02/2011

Leio quase todo ano...
Álvares de Azevedo conseguiu fazer uma obra como sua vida: curta e intensa.
O clima sombrio e as consequencias das histórias dos personagens exemplificam muito bem o período ultra-romântico.
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jakones 24/09/2011

"Ao vinho! Ao vinho!"
"Noite na Taverna" é um exemplar da Literatura Brasileira completo. Nele temos a ambientação típica do romantismo de Álvares de Azevedo - também conhecida popularmente como "Ultra-romantismo" - embebida em Lord Byron, poeta inglês que tinha simpatia por elementos grotescos, obscuros e tenebrosos; há também a forma peculiar de escrever seu romance - fugindo da camisa-de-força ideológica do momento, sendo tal a identidade nacional, primordialmente - sendo contrário em tudo, tanto em ambientes, como personagens.
Azevedo é, sem sombra de dúvida, o exemplar de excelente trabalho e engendramento literário. Suas escritas são precisas, indo até o patamar intelectual de cada ser, por mais bruto e desumano, dando-nos a melhor noção de "viver a vida ao limite", acentuação da subjetividade e a característica do tenebroso. Seguidor fiel das ideias de Byron, fez do pessimismo o maior aliado, escrevendo romance, teatro e poemas. Outra temática intensamente presente é a "Morte", alcançando o patamar de personagem obscura, irreconhecida ao olhar mais desatento e menos treinado.
Retomando o livro em si, a cronologia dele é um tanto quanto confusa, propondo a sensação que é estar em um bar. Cinco amigos - Solfieri, Bertram, Gennaro, Hermann e Johann - bebem e divertem-se enquanto contam suas aventuras/desventuras. A cada passagem, uma personagem toma o lugar de narrador, sempre interrompido para pedir mais bebida, ou intervista por outro frequentador do local, mostrando o descompasso do próprio decorrer linear.
Incansavelmente, Álvares de Azevedo mostra-nos no livro a mais bela forma escrita, exemplar brasileiro do byronismo e do "mal do século", exímio escritor, desenvolvedor da contramão de um período todo, contramão essa que não tira seu brilho e posição. "Noite na Taverna" é, sem sombra de dúvida, um livro para leitores experientes, curiosos com fibras de aço e seres humanos com vontade de encontrar uma forma de distração um tanto quanto peculiar. Caso não aguente, nem tente. Os que mais o amam, sentem em certos momentos, pesquisas ou leituras ingênuas, repúdio de como ele pensava e considerava esse o modo de vida
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