Pyongyang

Pyongyang Guy Delisle




Resenhas - Pyongyang


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jg 10/11/2014

Interessante, mas cabe um pé atrás
Apesar do livro não ser pequeno, por ser em quadrinhos a leitura flui muito rápida e prazerosa. A história de um canadense que mora por alguns meses em Pyongyang, capital da Coreia do Norte, e fala sobre como funciona a vida lá.

O lado positivo é que, de certa forma, revela muito sobre as relações do país com turistas e como é a vida dos estrangeiros no país. É um país do outro lado do mundo e com um regime muito diferente, além de radicalmente fechado, então é difícil saber como a vida lá acontece e o que as pessoas pensam sobre isso.

O lado negativo é justamente esse: lemos o livro e continuamos sem uma leitura de dentro, uma análise que entenda a cultura do país, que avalie como é para os norte-coreanos viver lá.

O autor não desce um minuto da sua pilha de verdades pré-concebidas e julgamentos. Olha a cultura alheia com os nossos padrões, exclusivamente (não estou fazendo juízo de valor aqui, é claro que concordo que o regime da Coreia do Norte é péssimo). A verdade é que o autor saiu de lá ainda um estrangeiro completo: não fez vínculos, não aprendeu. Em vez de nos aproximar daquele povo, o autor o manteve em uma redoma exótica, na batida pergunta que todo turista de uma semana no país faz: será que tudo que eles fazem (adoração aos líderes, críticas aos EUA, etc.) é por medo da repressão ou eles "realmente acreditam nisso".

Parece uma pergunta válida, mas ninguém pensa em respondê-la, ao que me parece. Ninguém pensa em como a cultura do país funciona, quais são os valores cultivados, qual o papel da propaganda, qual o papel do medo, etc. Quem vai pensar em como isso FORMA os seres humanos (em vez de presumir que isso "deforma" algum jeito natural ou inato de nos comportarmos)? Acaso não vivemos também num mundo de propaganda sistemática e mentiras? Quem vai aproximar a nossa realidade da realidade dos norte-coreanos para que percebamos que somos também pessoas como eles, e vice-versa?

Outra observação, cabe notar também alguns comentários super machistas que ele faz no livro e que inclusive destoam de toda a história.
recrvdias 09/02/2017minha estante
Concordo plenamente com você. Achei muito interessante o ponto de vista dele já que ele via com nossos olhos uma vez que somos de fora, mas achei que em certos pontos faltou sensibilidade e até vontade para ver com os olhos de quem mora lá.
Cheguei a ficar chateada com algumas partes do livro até pq antes desse li o "para poder viver" que conta a história da autora norte coreana e como ela vivia lá assim como sua fuga. Depois de ter lido o lado dela e ver o lado dele tem certas partes do que ele fala que me chocaram um pouco pela falta de compreensão eu diria.




El Cote 29/06/2010

Excelente retrato
Excelente quadrinho sobre o dia-a-dia do ilustrador francês Delisle na República Popular Democrática de Coréia. Ilustra bem a forma como são recebidos os estrangeiros e como seu cotidiano fica sensivelmente afastado da realidade do País. O texto é muito bom, transmite fielmente o estado de espírito do personagem, e os desenhos são incríveis. Para quem já viu fotos, ficam muito próximos da realidade. Para quem se interessa pelo país, é uma leitura valiosa.
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jackguedes 29/10/2010

Desenhando às escuras
O regime socialista totalitário imposto por Kim Jon-Il à Coréia do Norte é a aventura da vez de Guy Delisle, anterior à retratada em Crônicas Birmanesas, quando viajou a Mianmar para acompanhar sua mulher em uma missão dos Médicos Sem Fronteiras e assumir a condição de babá de seu filho. Quem já leu alguma das aventuras “orientais” de Delisle, sabe como ele consegue como ninguém usar o humor para retratar e denunciar as peculiaridades dos regimes autoritários dos países que visita. Sua arte é simples, mas certeira: ele é muito feliz, por exemplo, em retratar a constante penumbra do país, que sofre com a restrição de energia elétrica, com páginas carregadas de diferentes tons de cinza, diferente do estilo mais clean de Crônicas Birmanesas.

(http://jackguedes.wordpress.com/)
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Giliade 03/12/2011

A CAPITAL DO SILÊNCIO!
O canadense Guy Delisle, que trabalha para um estúdio de animação francês, narra suas experiências de dois meses no país mais fechado do mundo: a Coréia do Norte. O primeiro ponto a favor começa com seus desenhos minimalistas e seus textos precisos com doses "cavalares" de ironia-sarcasmo.
Durante a leitura, fica difícil não associar o modo de vida dos coreanos do norte ao livro 1984 de George Orwell. Turistas não possuem autorização para circularem sozinhos pelas ruas, e quem quiser se aventurar pelas cidade, necessita obrigatoriamente, ser acompanhado por dois agentes do governo. Mas nem todo esse cuidado foi suficiente para que por algumas vezes Guy Delisle desse suas escapadelas e circulasse sozinho pelas ruas da capital, na tentativa de colher um pouco mais desse silencioso país. Nesse trajeto, Guy se deparou com uma cidade quase vazia, habitantes 'mudos' - indiferentes à sua presença e absolutamente devotos ao ditador Kim Jong-Il.
Mais do que um simples relato de viagem, o livro de Guy Delisle é essencial para quem se interessa por esse tipo de regime. É uma das poucas maneiras de se conhecer um pouco mais desse excêntrico país asiático.
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Leonardo 14/01/2012

Achei que era livro, mas é uma HQ
Comprei achando que era um livro, mas trata-se de uma HQ, muito bom, bem sarcástico, ácido, o desenho é de razoável qualidade dado o tema, recomendo a leitura.

Até
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21/09/2015

O autor passa dois meses na Coreia do Norte à trabalho – ele é desenhista em uma empresa de animação francesa– e transforma sua experiência em uma HQ. O assunto por si só já é bem interessante, a Coreia do Norte tem ainda um certo ar bizarro pairando sobre ela que nos fascina.

Aqui ele vai retratar muitas das regras malucas, coisas que quem já leu um pouco sobre o país irá identificar: todos os estrangeiros que chegam por lá devem necessariamente ter um guia; a obrigatoriedade de pendurar dois quadros, um com a foto do Grande Líder e a outra de seu filho em todas as residências e estabelecimentos; o uso do distintivo para quem faz parte do partido e por aí vai.

Achei interessante e até engraçada certas situações inusitadas, mas me incomodou muito o tom do autor. Ele parecia um menino mimado e rebelde querendo causar e em muitas passagens me pareceu até um pouco desrespeitoso. Nós estamos carecas de saber como funciona o sistema lá dentro, com a sua população passando fome e sem direitos humanitários básicos, tudo isso causa muita revolta sim, mas acho que não é desrespeitando o seu guia e seu tradutor – que estão lá exercendo suas funções – que melhorará algo. Ele chega ao ponto de emprestar o livro do Orwell, 1984, ao seu tradutor e acho que nem é preciso dizer, mas é uma atitude um tanto quanto ofensiva.

Quanto aos traços, parecem feitos a lápis em um caderno de anotações. São bem simples, mas neste caso funciona bem.
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Cilmara Lopes 06/07/2017

Fui surpreendida!
Vejo tantos livros de diversos temas que fico extasiada para conhecer esses mundos, e também indignada com a situação das pessoas que simplesmente não tem acesso a nada disso.
E como Guy disse: "É triste a situação da Coreia do Norte".
É uma caverna cheia de represálias, autoritarismo, fascismo e tédio.
Como eles vivem?
Leia essa hq, é recheada de informações da cultura dessa nação, Guy tem um humor muito peculiar para retratar tudo, com boas doses de irônia e sarcasmo.
Tudo não é de cunho tão político e sócio econômico quanto o Joe Sacco, mas é um relato que vale a pena ser lido e apreciado.
Nessa viagem à trabalho, o autor leva apenas um rádio e o livro 1984, o que permite contrapontos interessantes com a realidade. .
.
PS: Para essa temática indico também o livro "Fuga do campo 14" do jornalista Blaine Harden.
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lokaut 01/04/2019

Viagem sem liberdade
Eu poderia fazer uma resenhar comum listando a sinopse e falando pontos positivos, só que farei um pouco diferente.

Desde que eu um outro quadrinho do Guy Delisle (shenzhen) eu me apaixonei pelo autor. Ele é um diretor de animação de uma TV francesa que visitou diversos estúdios ao redor do mundo, pois a TV terceirizada o serviço de animação. Nesse quadrinho ele relata sua experiência na Coreia do Norte, país mais chegado do mundo ?.

Quadrinho é muito bom e a arte do Guy é cartunesca, mas tem momentos que fica realista para descrição de cenários.

O problema maior é a viagem em si, ele resolveu não correr muitos riscos, então meio que não tem uma grande aventura para contar, mas é incrível como o país funciona, ele conta como os cidadãos realmente cultuam o grande líder e acha que ele é perfeito mesmo, pelo menos isso é a impressão que passa, já que ele não conversou com muitos cidadãos. Nenhum cidadão pode conversar com estrangeiro, somente com devida autorização.

O quadrinho é ótimo, vc tem uma noção o quão é surrealista é a coreia do Norte e esses vídeos que vemos de pessoas idolatrando o grande líder realmente é real e confesso que tive vontade de visitar o país
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lokaut 01/04/2019

Viagem sem liberdade
Eu poderia fazer uma resenhar comum listando a sinopse e falando pontos positivos, só que farei um pouco diferente.

Desde que eu um outro quadrinho do Guy Delisle (shenzhen) eu me apaixonei pelo autor. Ele é um diretor de animação de uma TV francesa que visitou diversos estúdios ao redor do mundo, pois a TV terceirizada o serviço de animação. Nesse quadrinho ele relata sua experiência na Coreia do Norte, país mais chegado do mundo ?.

Quadrinho é muito bom e a arte do Guy é cartunesca, mas tem momentos que fica realista para descrição de cenários.

O problema maior é a viagem em si, ele resolveu não correr muitos riscos, então meio que não tem uma grande aventura para contar, mas é incrível como o país funciona, ele conta como os cidadãos realmente cultuam o grande líder e acha que ele é perfeito mesmo, pelo menos isso é a impressão que passa, já que ele não conversou com muitos cidadãos. Nenhum cidadão pode conversar com estrangeiro, somente com devida autorização.

O quadrinho é ótimo, vc tem uma noção o quão é surrealista é a coreia do Norte e esses vídeos que vemos de pessoas idolatrando o grande líder realmente é real e confesso que tive vontade de visitar o país
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Cilmara Lopes 19/01/2020

"Na verdade, eles vivem num estado de constante paradoxo, onde a verdade é tudo, menos imutável.
É como se o medo permanente de ser enviado a um campo de reeducação (oficialmente eles não existem, mas todos sabem que eles estão lá).
E uma espada de Dâmocles paira a cabeça de um, esperando por um passo em falso.
Carregando, junto com o "culpado", toda a sua família
Num certo nível de opressão, pouco importa a forma que a verdade assuma, pois quanto maior for a mentira, maior vai ser o poder do regime...e mais ele mergulha a população no terror.
Um terror mudo e dissimulado."
Releitura feita em um momento bem oportuno.
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spoiler visualizar
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Joabe Vieira 16/06/2020

As vezes o autor é muito chato e tem umas implicâncias nada a ver. Além do tom etnocêntrico, ele coloca uma outra cultura como exótica.
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Alexandra 20/01/2021

Coreia do Norte em 2007
Conta a história do autor pela cidade de Pyongyang, na Coréia do Norte, onde conta seus costumes e a idolatração do líder Kin Jong-Il. Tem muitas referências a ?1984? de George Orwell.
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