Felipe Duco 26/04/2017
Foi mais sono do que diversão
No mais eu tenho uma ponta de lamentação, pois se eu mandasse nos meus sentimentos eu escolheria gostar de Harold Robbins. Adoraria ser fanático pela sua obra, até porque tem elementos que me agradariam sem aviso prévio: é extensa, tem títulos originais, época maravilhosa (abrangendo os anos 70, 80 e 90), aparentemente conteúdo sensacionalista e chamativo, uma delicinha, mas não dá. Já tentei. Tentei ler vários, mas só concluí dois (esse sendo o primeiro), queria gostar, mas não rola. Não é tão interessante quanto promete e tão puritano que eu me senti numa propaganda enganosa e foca tanto em negócios que mais parece um livro de manual.
Vamos falar de Os Sonhos Morrem Primeiro.
Os personagens vivem em escritórios ou em bares bebendo, falando sobre negócios.
Fala-se o tempo todo sobre o fechamento do negócio, a expansão da marca, os nichos de mercado, o salários dos funcionários, quanto cada empresário vai ganhar, se a porcentagem no contrato é boa e temos páginas e mais páginas detalhando como funciona o dia-a-dia da revista pornográfica.
Socorro, não tava mais aguentando.
A variação dos personagens é boa, tem gente de todo tipo e tirando o machismo (absoluto) não temos formas de preconceito e todo mundo se vê igual, isso é legalzinho, mas não segura o livro todo nas costas.
Foi mais sono do que diversão.