Katy 09/10/2021
O Mal(con) encarnado
Apesar de ser o que menos gostei entre os livros da saga que li até agora, ainda vale 5 estrelas, porque essa saga é perfeita e me deixou completamente obcecada. Eu, como amante de histórias perturbadoras (aceito sugestões, amigos Skoobers), me vi presa ao livro e não conseguia soltá-lo. Ainda assim, foi uma leitura demorada, daquelas que parece que a gente lê, lê, e não termina nunca.
Mas enfim, vamos ao que interessa. Aqui já não temos mais o foco em Kathy, Chris, Corrine, Carrie ou Paul. O protagonismo cai direto nas mãos de Barth, o fruto da vingança arquitetada por Kathy no último livro. Dizer que o menino é bizarro e perturbado ainda seria um elogio. A criança já não bate bem, e quando começa a receber influência do mordomo de sua avó, Jon Amos, se transforma ainda mais.
Amos tenta transformar Barth numa cópia descarada de Malcon e a criança, como ainda é muito influenciável, absorve toda essa onda de maldade, o fanatismo doentio, o machismo exacerbado e os sentimentos de posse e muita raiva para todos aqueles que o cercam. Por vezes, fica intragável, porque ao mesmo tempo que dá pena, afinal, ele é só um garotinho, dá uma raiva muito grande, pois ele se torna um filho e irmão totalmente indisciplinado, perverso e ingrato, e dai nós vimos Chris, Kathy, Joey e até mesmo a própria Corrine tentando agradá-lo e o menino é ruim, mau, arrogante e ingrato.
Apesar dos pesares, tive um pouco de pena da Corrine, mas depois lembrava de tudo que ela fez aos próprios filhos e isso passava. Estou ansiosa pela continuação, mas mais ansiosa ainda pelo último livro, o que vai nos esclarecer a origem de todo esse mal.