Gênese Pagã

Gênese Pagã Simone O. Marques




Resenhas - Gênese Pagã


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Rafael 02/03/2011

Pouco tempo atrás fiz um post sobre a comunidade, Crônicas do Reino do Portal. Neste comentário tive a oportunidade de dizer o quanto apreciei a forma como a escritora Simone Marques nos apresenta uma história.
Pois bem, quando você pensa que não pode mais se surpreender, e acha que conhece a estrutura narrativa de uma escritora (pretensão minha). Eis a surpresa.
Em Gênese Pagã, Simone que já havia ganhado meu respeito, tem agora minha admiração. Li o livro em um dia, pois simplesmente não podia fechá-lo. A história te induz a seguir em frente. A narrativa flui de uma forma natural e tensa ao mesmo tempo. E mais uma vez Simone, de uma forma sutil, faz com que o leitor conheça tão bem o personagem, que ele se torna um velho amigo seu. Você sente que faz parte da história e é impulsionado a encarar os problemas junto com eles.
Por falar em personagens, a personalidade é a característica marcante das criações da autora. Alguns até de personalidade muito forte, mas inteiramente fiéis a sua essência.
Deveria fazer agora uma resenha do livro, mas a trama te deixa aberta interpretações tão pessoais que só mesmo lendo a história pra saber.


Pra dizer que eu não contei nada do livro em si, segue chamada da própria autora:

“A história tem início no ano de 1673 e conta a luta de Adele para garantir a vida de sua filha Daniele. Perseguida como herege pagã, a jovem e sua mãe, Gleide, precisam deixar sua aldeia para trás para que sua filha tenha alguma chance de sobreviver. Ajudadas pelo jovem nobre Diogo, as mulheres, chamadas de bruxas, saem em uma peregrinação através de vilas e aldeias em Portugal em busca de um novo lar onde poderão adorar seus deuses e ajudar a pequena Daniele a cumprir uma importante missão...”

Gênese Pagã promete muito mais, e vai com certeza emocionar você.
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Fê Gaia 29/04/2010

Leitura deliciosa
Um livro que valoriza a liberdade da mulher e a integração do ser humano com a natureza. É um romance cheio de romantismo mas que não cansa o leitor, envolvendo-o na história de uma maneira irresistível. Pena que ele tenha sido mal revisado e por isso possua alguns erros de concordância. Mas isso não consegue tirar o encanto da obra, que desperta muito a nossa curiosidade para o desfecho da missão de Adele, que herdou a força e a determinação da avó, além da capacidade de amar da mãe. Recomendo a leitura e parabenizo a autora. Espero ler o restante da trilogia em breve!
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Lariane 20/04/2010


Antes de tudo, se quiserem conhecer mais da Simone entrem no blog dela, clicando AQUI e na comunidade do orkut AQUI.


Marcante. Forte. Irreverente. Nada previsível. São palavras que encaixam muito bem nesse livro.


Paganismo X Cristianismo X Muito romance. Em doses certas esses elementos fizeram esse livro entrar na lista de livros totalmente INESQUECÍVEIS.

"Uma verdadeira trama de letras, palavras e frases, aliadas com precisão literária a um enredo alucinante e cheio de vigor, tornou-me cativa de sua leitura até a última linha. E a surpresa? A história não terminava ali, havia mais." Georgette Silen - opinião publicada no SKOOB.

Portugal no sec. XVII, precisamente na data de 1673, numa época onde barbaridades aconteciam em nome da fé, essa bela história acontece. Não é uma história redondinha, com personagens perfeitos, eles são ambíguos e com defeitos, acertos e erros.

Gleide, a vovó, a matriarca, descendentes de celtas e uma pagã assumida é uma mulher fantástica. Muitos a acharão insuportável, não aceitaram o modo com que ela tenta conduzir a vida de sua filha e neta tendo como motivo, a missão que os Deuses dizeram que Daniele (neta) teria. Entretanto, eu consegui ver nela uma mulher impregnada dos valores que a levaram a ser dura. Mas é uma mulher apaixonante, a partir do momento em que pude notar, que ela era a remanescente, que lutava para manter sua religião em meio a Inquisição, com isso tive uma série relação de amor e ódio.

Adele, filha de Gleide, é uma mulher apaixonada. O livro começa com o nascimento de Daniele, e a morte de Alan, seu marido. Nesse momento, aparece Diogo, filho de um nobre, ou seja, um cristão. Apesar das mulheres serem o foco desse livro, o Diogo tem destaque, é um homem cheio de caráter, ele se apaixona prontamente pela linda mulher com um bebê no colo, a pequena Daniele. É lindo o relacionamento de ambos, a força que ultrapassou as religiões naquele momento onde ser pagão era morte certa.

Daniele, anos depois, quando tudo estava “redondo”, ela descobre ser predestinada a cumprir sua missão. É o meio termo entre Adele e Gleide, nem apaixonada e nem tão fria em relação ao amor, é uma jovem pagã que teve que esconder sua fé por trás do cristianismo. E é essa, a meu ver, a personagem mais "difícil de engolir", como dito por uma leitora ela deveria ser a maior FORTE, a mais GUEIRREIRA. Entretanto, escolheu o caminho mais conveniente para conseguir executar sua missão, até mesmo, fazendo seu primeiro amor sofrer.

Confesso, que essa foi a pior resenha a escrever. Não pela falta de qualidade do livro, e sim, pelo receio de não conseguir transmitir todo o misto de sentimentos que esse livro engloba.

“Além disso tudo, Simone ainda nos brinda com uma belíssima história de amor, de devoção para com o ser amado, entrega e sacrifícios como não mais encontramos nos dias de hoje. Em tempos onde o amor é banalizado e tratado como algo consumível e descartável, Simone O. Marques nos faz ver e crer que o homem pode ser maior do que ele imagina. Pode amar incondicionalmente e se entregar, de tal forma, que ousa desafiar os deuses, cristãos ou pagãos, em nome desse sentimento.” Georgette Silen - opinião publicada no SKOOB.

Não é um romance simples, é um romance SUPER bem pesquisado, todos os costumes místicos da época, a geografia do lugar perfeitos. Tudo, tudo.

Só tenho a agradecer a essa escritora pela oportunidade de ler Gênese Pagã, por seu enorme talento e torcer para ler logo os outros livros da série. Por que, a missão de Daniele foi cumprida, mas seus descentes, frutos da matriarca Gleide, terão suas lutas nos próximos livros.

Segue relação (é só clicar e você conhece a comunidade dos livros):

Gênese Pagã
Triskle
Tribo de Dana
Era de Aquário (parte 1 e parte 2)

Sintetizando, e terminando, fazia tempo que não lia algo bom assim. Se tiverem em dúvida sobre qual livro comprar, não tenham dúvida, “Simone O. Marques na cabeça”


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Danilo Barbosa Escritor 15/11/2010

Três gerações de mulheres que lutam pela fé que acreditam, sem pestanejar. Com suas qualidades e defeitos,Gleide, Adele e Danielle atravessam o século 17 em meio a Inquisição portuguesa e a intolerância da "Fé Católica". Fugindo da aldeia onde vivem, estas mulheres, que para mim se tornaram um símbolo de força e determinação, nos presenteiam nas páginas de Gênese Pagã com suas buscas pela paz, amor e liberdade.
A vida destas mulheres simples, que vêem na Natureza a face benevolente do Divino, é uma jornada por um país sombrio em construção, onde os ataques para testar a fé pela Deus são constantes. Será que seriam capazes de aguentar todos os desafios que a vida havia reservado a elas?

Veja resenha completa no Literatura de Cabeça:
http://literaturadecabeca.blogspot.com/2010/09/genese-paga.html
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Euflauzino 19/10/2010

Por outras plagas...

O livro, de bate-pronto me fez lembrar da introdução histórica de Rose Marie Muraro para o livro "O martela das feiticeiras (Malleus Maleficarum)", que para quem não conhece é o Manual dos Inquisidores, escrito em 1484. Nela Muraro transcreve uma frase “No princípio era a Mãe, o verbo veio depois” para explicar que a Grande Mãe cria o universo sozinha.

E o que isso tem a ver com o livro? Tudo uai!!! Nas primitivas mitologias, ao invés de Javé – um deus único e centralizador, temos a Grande Mãe – permissiva e amorosa. Com a entrada do catolicismo em cena há uma mudança de matricentrismo para patriarcado. Este embate é o cerne deste maravilhoso livro.

Adendo meu: é sabido que o catolicismo adotou várias datas comemorativas importantes do povo pagão, para que o mesmo se convertesse e não deixasse de comemorá-los. Exemplo disso é o Natal, que era comemorado pelos pagãos com rituais de Solstício de Inverno, a noite mais longa do ano, entre outros.

Voltando ao livro, quero dizer que fiquei encantado com o cuidado da autora na caracterização das personagens e em sua preocupação em manter a riqueza de detalhes histórico-geográficos. Isso tudo torna uma obra prazerosa de se ler.

Confesso que fiquei um tanto aborrecido ao final do livro, pois me identifiquei com o personagem Guilherme (por ser magrelo) e ele estava fadado a ser apenas um elo de ligação. Mas também não é este o objetivo de um autor? Causar incômodo.

Sou passional e aescrita de Simone me fascinou. A literatura nacional dá mostras de que nunca vai perecer. Revela aqui mais uma escritora mestra na arte de contar uma boa história, como aquelas contadas numa roda de amigos. Ela me pegou pelas mãos e me fez viajar com ela para Portugal, berço de nossa nação, sem me forçar a nada, apenas dominando pelas palavras.

Quero ler toda a saga e aguardo ansioso uma minissérie de TV, com a canção “O Pastor” de Madredeus embalando esta grande aventura!
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Anita 22/07/2015

Emocionante!
Sou pagã e amei o livro. Romance, descrições impecáveis sobre os personagens e paisagens... narrativa gostosa de ler. li em 2 dias, pois não queria parar hahaha. Parabéns a autora. ;-)
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