isabela 07/11/2012
Felicidade não tem cor
Maria Mariô, a boneca de pano negra, ficava no fundo da caixa
da sala de brinquedos da escola. Às vezes se magoava, pois poucas
crianças a procuravam para brincar; mas, paciente e filósofa, ela se
conformava. Um dia conhece Fael, menino negro como ela. O sonho dele era ser branco, por isso vivia pensando em ir falar com Cid
Bandalheira, o disk-jóquei da Rádio Roda-Viva, para pedir o endereço do pop star Michael Jackson, que sabia o segredo para virar
branco. O que Fael não agüentava eram os apelidos que lhe davam:
Carvão, Negão, e outros ainda piores. Seu grande inimigo é
Romãozinho, com quem acaba se engalfinhando na escola. É
suspenso, sente-se injustiçado e incompreendido até pelos pais e
assim resolve fugir, decidido a buscar ajuda com Cid Bandalheira.
Nessa fuga, leva junto a boneca, que se tornara sua confidente.
Depois de muitos percalços, ele chega aos estúdios da Rádio Roda Viva. Ali, uma surpresa o espera: seu ídolo, o maior disk-jóquei do
planeta, o exímio dançarino, vive numa cadeira de rodas. Depois de
uma longa conversa, Fael entende que não se pode dar asas ao
preconceito e desiste da sua idéia. Passa a aceitar-se, desvia suas
energias para coisas mais gratificantes e assim amadurece mais feliz. Esse livro é muito legal, nem sempre as pessoas negras podem ser chatas ou feias.