Clara T 01/02/2021Pequenos ExploradoresÉ uma pena que a autora tenha falecido e nenhum escritor se prontificou a atualizar a obra. Não que ela esteja ultrapassada, longe disso. Mas soa estranho pensar em garotos de 10 anos usando paletó hoje em dia.
A minha maior curiosidade foi pela relevância deste livro nas listas dos mais lidos. Desta autoria recentemente li Éramos Seis e também tenho A Montanha Encantada.
O que mais me prendeu nesta leitura foi ler sobre uma ilha Perdida aqui do lado, em Taubaté, no Rio Paraíba do Sul, que passa aqui perto.
Não sei o quanto a autora conhecia da geografia da época e quanto foi influenciada por Monteiro Lobato, mas nos dias de hoje é difícil imaginar que possa haver uma ilha desta proporção neste rio.
Os meninos pegam uma pequena canoa e partem remando com destino a uma ilha costumam avistar da fazenda dos padrinhos, conhecida como Ilha Perdida. A curiosidade infantil não resiste à possibilidade de haver uma ilha desconhecida assim tão perto. Mas na canoa, levam algumas horas remando. Ao chegar na ilha partem para explorar e acabam perdidos. Ficam horas tentando voltar de onde partiram, para perto da canoa, mas não encontram o limite com o rio. Ainda que tenham andado em círculos, me surpreende haver uma ilha tão extensa em um rio que não é um Amazonas. Então são surpreendidos por uma enchente na cabeceira do rio que deixa as águas agitadas e ficam sem chance de conseguir retornar.
Então começa a luta por sobrevivência destes garotos, que fizeram questão de não avisarem a ninguém que tentariam esta aventura.
O final acabou ficando muito curto. Não sei se esta versão da coleção vagalume foi reduzida. Mas pesquisando um pouco, vi que a autora propôs outras histórias para estes personagens, então, quem sabe temos um pouco mais do que acontece quando voltam da Ilha Perdida.