Resenhas - Uma Farmácia para Alma

Desperta Luz 14/12/2019

Saindo da caixa nas práticas meditativas
Osho, com seu costumeiro bom humor e irreverência, traz soluções inusitadas para tratar limitações físicas e espirituais através de práticas relacionadas com meditação, visualização e respiração. Perfeito para quem tem dificuldades em seguir práticas tradicionais e gosta de soluções inovadoras para questões internas.

Sabrina320 07/05/2021

prático
Eis um livro para se ler a vida inteira, sempre em doses homeopáticas e conforme necessário, mas foi bom ler inteiro, para entender quando posso aplica-lo na prática.

Carla.Parreira 13/10/2023

Uma farmácia para a alma
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Concordo que não podemos conquistar a vida, temos de nos entregar e sermos corajosos o bastante para nos deixar ser derrotado por ela. No caso, a derrota significa vitória, enquanto o esforço para ser vencedor se traduz em um fracasso total e absoluto. A vida é um fenômeno tão vasto que é impossível controlá-la. A vida é tão selvagem quando a chuva, o vento, o céu. Devemos ser felizes sem precisar de razão para tal. O livro explica vários tipos de meditação. Prefiro a mais simples: ficar prestando atenção na respiração, fazendo o ar chegar até o umbigo e isolando a concentração apenas o tronco como se o resto do corpo inexistisse.
A felicidade que se origina de estar com outras pessoas é muito superficial, enquanto a felicidade que surge quando estamos sozinhos é muito profunda. O contato com a natureza é sempre bem vindo e fundamental para permutar energias benéficas e relaxar. Gostei de alguns exercícios como o de observar o sentimento dizendo internamente o nome do mesmo por três vezes repetidas para estar consciente dele. Isso nos concede auto-conhecimento.
Outra dica: ao acordar e ao dormir repetir vinte vezes uma afirmação positiva ou desejo como se já houvesse se realizado. Depois mudar a afirmação para a mente não se habituar com o exercício. Bom saber que a raiva é masculina, enquanto a tristeza é feminina. Ademais, concordo com Jean-Paul Charles Aymard Sartre (Paris, 21 de Junho de 1905 - Paris, 15 de Abril de 1980), um filósofo francês, escritor e crítico, conhecido representante do existencialismo que dizia: ?o inferno são os outros?.
Mas também concordo que o inferno encontrado nos outros não passa de reflexo nosso.
Confiar na vida não é simples, é preciso não planejar, não controlar, não ter razão, não ter expectativas nem ansiedade. Confiar na vida é apenas crer que, independente do que ocorrer, tudo está bem, tudo está certo, tudo é justo, tudo está ao seu tempo.
Confiar na vida é crer que as emoções negativas e os sentimentos positivos, ambos, são as luzes da sabedoria.
Confiar na vida é dar vazão a essas emoções e sentimentos sem deixar a razão de lado. Se a razão for limitadora e contrária as emoções, a atitude decorrente dela será hipócrita.
Confiar na vida é agir na liberta inocência de uma criança que não sabe quem é, não tem preocupações sobre o depois, não sabe para quê vive, não sabe qual a sua vocação, e por mais curiosa que seja, nem ao menos se importa com tais questões.
Por outro lado, para confiar na vida precisamos ter a responsabilidade de usar o bom-senso, de agir visando o bem comum.
Confiar na vida é praticamente não viver e deixar a vida reinar dentro de si. E as melhores alegrias está nos pequenos momentos em que sentimos a liberdade de estar entregue e sentir a vida nos recompensar, nos agradar, nos abençoar, enfim, nos amar.
Quando a vida traz algo ruim é a mente que julga o fato como ruim, pois a lógica não entende que o sofrimento é necessário para o bom aprendizado, a mente não aceita que a dor é benéfica para flexibilizar a nossa teimosia. A vida só quer o nosso bem, o nosso crescimento, a nossa felicidade e a nossa saúde em todos os sentidos. A vida é a respiração divina, é a mãe amorosa que está em tudo. A vida é Deus em nós e viver é exatamente ceder o poder, o controle, os desejos, a razão. Aquilo que pensamos gera o que sentimos, mas em verdade, os nossos pensamentos estão envoltos de crenças que se formaram através dos sentimentos provindos de experiências do passado. Geralmente os pensamentos provêm de sentimentos inconscientes enquanto os sentimentos provêm de pensamentos conscientes. Daí dizer que ter sabedoria é confiar na vida e deixar que ela, por si só, pelas suas próprias regras, nos dê o equilíbrio entre a razão e a emoção, ou melhor, nos dê a razão através da emoção, pois como disse Saint Exupery (escritor, ilustrador e piloto da Segunda Guerra Mundial. Lyon, 29 de junho de 1900 - Mar Mediterrâneo, 31 de julho de 1944), ?o essencial é invisível aos olhos? e é por isso que o coração tem razões que a própria razão desconhece, como dizia Blaise Pascal (físico, matemático, filósofo moralista e teólogo francês. Clermont-Ferrand, 19 de Junho de 1623 - Paris, 19 de Agosto de 1662).