O Sertanejo

O Sertanejo José de Alencar
José de Alencar
José de Alencar




Resenhas - O Sertanejo


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James62 27/09/2024

Gratificante
O autor foca nos detalhes as paisagens sertanejas e a cultura local, destacando a figura do vaqueiro como símbolo de força, resistência e bravura. O romance traz uma visão heroica do sertanejo, exaltando suas virtudes e sua conexão com a terra, e também explora a relação do homem com a natureza, a religiosidade e o papel das tradições no sertão. Uma obra que tem a localização no Ceará. Uma leitura rica de detalhes e mostra como teria sido a vida naquela época.
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Marcel.Trocado 26/10/2023

SERTANEJO INDOMÁVEL

Uma história que se passa em poucos dias, inicia em 10 de dezembro de 1764 e conclui no mês seguinte, no dia 5. O título está separado em duas partes, com duas dezenas de capítulos cada uma, na primeira são apresentadas as personagens e seus modos de vida no sertão de Quixeramobim, no Ceará, cujo cenário é uma grande fazenda de gado chamada Oiticita, comandada pelo Capitão-Mor Gonçalo Pires Campelo, um senhor feudal arrogante, designado pelo rei de Portugal a governar esse território, todos devem obediência cega ao Campelo, não só familiares como seus empregados, escravos e religiosos, sendo assim um exemplar patriarcal daquela época.

Extremamente fiel aos comandos do Capitão-Mor, Arnaldo, de vinte e um anos, ágil, rosto queimado pelo sol e cabelos compridos, representa o herói romântico da história, seu equivalente romântico em figura feminina é D. Flor, jovem esbelta e muito elegante, embora consciente de sua superioridade social, é sempre gentil e totalmente respeitosa às decisões de seu pai, o Capitão-Mor.

Há um grande amor entre Arnaldo e D. Flor, mas nunca se beijam ou se declaram até o final da história, ambos vivem alguns perigos juntos e nos momentos de paz, Arnaldo, sempre arredio aos olhares e a aproximação de D. Flor, é incapaz de permitir o afeto. O descaso amoroso do vaqueiro do sertão é explicado na segunda parte do livro, no qual é contada as façanhas de Arnaldo na infância, adolescência e sua personalidade.

O sertanejo é considerado uma literatura ao pé da letra do Romantismo, com características típicas desse movimento artístico: exaltação da natureza, patriotismo, idealização do amor e da mulher, além do predomínio da imaginação sobre a razão. Portanto, de coração indomável, do início ao fim, o sertanejo Arnaldo é uma figura mítica, que tem as árvores e o mato como o seu local de conforto, José de Alencar exalta a figura do sertanejo como um homem forte, perspicaz e honrado. Diante desses elementos a resolução dos embates serão conduzidas pelo protagonista, que conclui a história contrariando a expectativa da maioria dos leitores.
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Avelã 02/06/2023

O sertanejo
José de Alencar é uma leitura muito complexa e leve ao mesmo tempo. Gosto da escrita do autor por ele representar tão bem detalhado o ambiente e o sentimento de seus personagens
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Milena_Albarelo 05/05/2023

O sertanejo
Não é o tipo de livro q eu goste de ler, mas minha professora me recomendou por ser um livro literário e que costuma cair em alguns vestibulares, li rápido, pra vc que goste, é um livro bom de se ler?
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Guilherme 21/02/2023

O Sertanejo é um dos romances do escritor brasileiro José de Alencar. Foi publicado em 1875 O romance apresenta uma prosa com personagens característicos do sertão brasileiro representados pelo povo sertanejo
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Flavio.Vinicius 09/02/2023

O SERTANEJO
José de Alencar é um escritor do século XIX e cuja obra, nos dias atuais, merece ser lida com reflexões. Como diz a historiadora Ivone Cordeiro Barbosa, o autor tem uma sintonia com as problemáticas do seu tempo. Essa sintonia levou Alencar a descrever a sociedade e classificar as pessoas de um modo bastante hierarquizado, dispondo mulheres, negros, indígenas e trabalhadores pobres em posição subalterna. No livro O Sertanejo tal hierarquização é ainda mais expressa do que em outros livros do autor, como Ubirajara, em que tais classificações estão menos evidenciadas.

O Sertanejo é uma obra que evoca o passado do Ceará, a história se passa no século XVIII, e pode ser classificada como uma tentativa de Alencar de criar uma utopia retrospectiva, como diz Antonio Candido. Ou seja, uma tentativa de criar um passado para o Brasil, o qual, na época de Alencar, ainda era uma jovem nação. No livro há passagens belíssimas, como quando o autor se põe a descrever a natureza cearense a partir dos olhos do vaqueiro Arnaldo. E há passagens muito problemáticas, sobretudo os trechos ligados ao ponto de vista do capitão-mor Campelo.

O enredo aproxima o livro a uma história de aventuras, muito encontrado em novelas e séries. É contado de maneira viva: uma narrativa que prende o leitor. Traz elementos históricos a serem observados, ligados à cultura cearense tanto do século XIX, época de Alencar, quanto do século XVIII, que é a época em que se passa a história. Para ser melhor apreciado, é interessante lê-lo em conjunto com certas reflexões, de modo a situar o pensamento do autor no tempo em que a obra foi escrita. Para tanto, recomendo o artigo de Ivone Cordeiro Barbosa: História Social do Sertão na Obra de José de Alencar, publicado na Revista de Letras, N.º 29(2) ? Vol. 1, de 2009, o qual pode ser facilmente encontrado na internet.

Enfim, gostei da leitura, com as ressalvas acerca do pensamento do autor, preso às limitações da sua própria época.
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Rafael1906 21/01/2023

Deus não quer...
José de Alencar apresenta um romance nortista, sertanejo, romanesco e ingênuo, bem típico da época. É preciso entender que o Romantismo queria descrever o lado belo da vida e ir além, exagerá-lo. Arnaldo, o sertanejo, é o típico herói romântico, mas totalmente masculino, solitário, entregue aos animais e ao seu trabalho de vaqueiro. Ama dona Flor, sua colaça, mas da maneira romântica, em que o amor era elevado e não exclusividade do sexo, mas da afeição, da adoração. O pai de Flor é a figura característica do século: orgulhoso, mimado, altivo, importantíssimo a ponto de começar uma guerra porque foi chamado de sapo cururu. Com trechos totalmente estranhos a nós hoje em dia como a descrição da onça de Arnaldo e do boi Dourado, o romance é totalmente fiel a escola literária. Um romance bem escrito, bem amarrado, com um enredo interessante na segunda parte, cansativo na primeira. Mas não deixa de ser um clássico que deve ser lido e amado.
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Larissa.Queiroz 01/07/2022

Clássico!
Moro no Sertão do Ceará exatamente na mesma região onde se passa essa história, muito bacana a experiência de ver o Sertão através das palavras do autor.
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Paula 26/05/2022

Deliciosa obra que retrata o sertão e as características do povo sertanejo. Nos permite conhecer as tradições, costumes e suas linguagens regionais. Romance bem brasileiro.
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Prof. Edivaldo 19/06/2020

Arnaldo
Arnaldo é o personagem principal da trama, ao lado de Flor. Romance cheio de tramas e cenas eletrizantes.
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Nicinha 30/04/2020

Retratando o seu berço sertanejo, José de Alencar representa as belezas dos prados cearences, falando da magia transfiguradora da chuva, que resgata um cenário de beleza e vida em meio a tristeza e morte deixadas por longos anos de seca. Fala, também, dos seres que compartilham a vivência nesse lugar, desde os brutos animais aos arrojados homens, orgulhosos de suas raízes sertanejas.
Numa estória de amor impossível, amizades leais e a força da palavra dada, temos um típico romance alencariano, salpicado por sua linguagem poética e descrição dos costumes locais do contexto.
É característico de José de Alencar e do período literário da época embelezar os romances, arrojar os mocinhos de coragem e um caráter inquebrantável, retratar mocinhas de belezas angelicais, de puzera e ingenuidade de ações (confesso que torço o nariz para essas coisas hoje em dia, mas já gostei muito desse idílio de pensamentos).
Nessa obra temos exatamente essas mesmas características, com o "super" Arnaldo, o mocinho forte e corajoso, forjado pelas dificuldades da vida sertaneja, e Flor, a mocinha "perfeitinha" que sempre precisa ser salva.
De modo geral, é uma receita comum de fazer estórias, mas que ainda ganha o gosto do público leitor. Claro que já teve seu auge em outras épocas, mas ainda encanta, se não for pelo teor do enredo, é pela utopia emocional que planta no coração leitor a esperança de um ideal perfeito.
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Jeze 26/11/2018

A geografia do sertão nordestino através da obra de José de Alencar
No ano de 1875, José de Alencar publicou seu último romance, o livro O Sertanejo, e apesar de não ter tido tempo de aprofundar nessa proposta de descrever o sertão e o sertanejo em outros romances, com esta obra ele encerrou um ciclo proposto de apresentar o Brasil nas suas diversas regionalidades, enaltecendo assim os costumes e tradições do povo brasileiro na tentativa de criar uma identidade nacional própria, mesmo se esbarrando em uma nação recém-independente com uma ainda pequena identidade social e histórica.

Na época em que Alencar escrevia a obra O Sertanejo o Brasil atravessava por inúmeras convulsões sociais, politicas e econômicas, além de ser ainda um dos últimos lugares do mundo onde a escravidão não havia sido abolida, e todo esse contexto em que o autor estava inserido refletem em também em seu romance, que apesar de ter regredido um século atrás a estória, ele praticamente exclui a escravidão e os negros de sua obra, deixando apenas breves referencias desses fatos, porém é entendido também que nas atividades de pecuária, que são as retratadas no romance, a escravidão foi menos empregada e dependente da escravidão quando comparado com as fazendas de lavoura, que na no século XVIII e ainda no XIX dependiam completamente do trabalho escravo.

Texto completo no meu blog...

site: https://jezeagner.blogspot.com/2018/11/vida-e-seca-no-sertao-geografia-do.html
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