Textos Clássicos do Design Gráfico

Textos Clássicos do Design Gráfico Vários




Resenhas - Textos Clássicos do Design Gráfico


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Murillo 03/07/2024

Só de ter sido traduzido, já é um privilégio para o leitor. Leia.
Já é um alívio e um privilégio óbvio este livro ter sido traduzido para o Português. E diga-se de passagem, uma ótima tradução de Fernando Santos.

O livro é uma oportunidade de adentar na corrente do design gráfico, e descobrir diversos relatos de profissionais da área. Sim. Pode ser que muitos são “desmiolados”, e que não tem nada a dizer que agregue nos dias de hoje. Mas pelo contrário, temos autores muito bem posicionados e críticos conscientes do movimento do design gráfico.

A organização do livro é assim: Temos cerca de 40 artigos de 40 profissionais diferentes da área do design gráfico. O começo de cada artigo temos uma introdução sobre onde apareceu aquele material traduzido e quem é o autor do artigo. Uma ótima base para conhecer grandes nomes antigos do design gráfico.

Pontos positivos:

- Diversos ângulos e perspectivas que enriquecem a visão e a compreensão que se tem do design gráfico.
- Riqueza de tempos diferentes entre os artigos.
- Riqueza entre personalidades diferentes dos autores.
- Quantidade de páginas é agradável. Nem muito curto, nem muito extenso.

Pontos negativos:

- Diagramação entre linhas apertadas, o que dificulta principalmente para quem tem astigmatismo.
- Margem entre os cantos da folha é curto, isso deixa a página mais lenta de ser lida.

Você deve ler:

- Tem minha recomendação óbvia. Mas somente se você for atuante na área do design gráfico.

Esse livro se tornou o meu favorito da área. Vou guardá-lo com apreço, pois seu valor é inestimável. Ora, quando é que eu teria a oportunidade de adentrar na consciência de mais de 40 autores importantes do mercado do design gráfico?
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Heric Dehon 22/08/2012

Coletânea organizada por Michael Bierut, Jessica Helfgand, Steven Heller e Rick Poyonor.

O primeiro texto é de William Morris: O livro ideal, publicado em 1893 na Transactions of the Bibliographical Society. O livro possui textos de nomes muito importantes entre designers do século XX: Marinetti, Alexander Rodchenko, László Moholy-Nagy, Jan Tschichold, Beatrice Warde, Herb Lubalin, Emil Ruder, Paul Rand, Gui Bonsiepe, Wolfgang Weingart, Massimo Vignelli e outros, além de não designers ou estudiosos da área como Marshal McLuhan e Aldous Huxley.

Aqueles que conhecem o azedume de Spiekerman ou a delicada intolerância de Wollner para coisas ruins e mal feitas, ainda não viram nada. Em uma parte do texto, onde falava de mancha gráfica, layout de página e larguras de margens, Morris destila seu ódio sem se preocupar em ser politicamente correto.

“Creio que dificilmente vocês encontrarão um livro produzido antes do século XVIII – e que não tenha sido cortado pelo inimigo dos livros (e da espécie humana), o encadernador (…). Tenho em minha estante o Plínio de Jenson, que, apesar do tipo gracioso e dos ornamentos vistosos, mal consigo olhar, porque o encadernador (faltam-me os adjetivos) cortou dois terços da margem inferior: isso é tão absurdo quanto um cavalheiro trajar paletó abotoado nas costas.”

Como aprendi “um pouco” sobre design, especialmente editorial e tipografia, devo confessar que duas coisas me incomodaram de cara. A primeira foi ler um livro sobre design, para designers com um projeto gráfico ruim: margens curtas, coluna de texto grande e uma entrelinha pequena. Me incomoda. A outra coisa foi ler, em um parágrafo escrito recentemente para o texto em questão, ‘Tipologia’ e ‘Tipografia’. Essa discussão já parecia ter sido superada no meio.
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