spoiler visualizarLud 20/10/2012
A Ovelha e o Dragão: A Restauração - Resenhando
A coisa que eu mais esperei desde que descobri que havia sido lançado era este livro. A segunda parte do romance "A Ovelha e o Dragão" volta com as narrativas da Ovelha Raquel e do Dragão Cristiano. A ordem de narrativas(com ele começando a contar, e logo após ela, ao contrário do primeiro livro) me agradou demais.
O nível desse livro elevou minhas mais impossíveis expectativas como leitora ávida que sou. Li o primeiro livro em 2 dias? Pois esse eu li em 6 horas. Isso mesmo, eu cheguei em casa e comecei a ler. Não dormi, apenas li. Não que costume ser diferente, quando um livro me prende, eu não desvio meus olhos dele nem por todo o dinheiro do planeta. Mas um acontecimento em especial para mim, como leitora, ocorreu na leitura deste livro em particular: Foi o primeiro livro na minha vida que me fez de fato chorar. Nunca chorei ao ler livros. Muitas amigas minhas diziam que tal livro era emocionante, era triste, e que choraram muito, mas eu nunca me senti abalada a esse ponto. Esse livro conquistou minhas lágrimas por mais ou menos 4 capítulos.
Só um aviso pra você que leu minha última resenha e não achou spoilers: nesse eu vou dar muitos. Preciso descrever o que senti em determinados momentos.
Nesse volume da saga de mundos opostos, finalmente Raquel e Cristiano estão se cortejando, e tudo vai bem entre eles. A "santa" Raquel finalmente conquistou meu afeto: Se entregou à paixão e permitiu um beijo com seu amado na virada do ano,logo após receber um anel de compromisso dele. A personagem me irritava com a perfeição excessiva, e agora ela chegou aos meus olhos bem mais humana. Valeu, Cris!
Mas nem tudo é um mar de rosas. Ele ainda tem muitos problemas para enfrentar. Com o noivado apressado pela parte dele e de Raquel(que depois do primeiro beijo ficam cada vez mais vulneráveis à recaídas da corte), ele tem que levar seus pais para conhecerem os de Raquel. Mas seus pai não quer mais ouvir seu nome, quanto mais aprovar esse casamento. Pra piorar ainda mais a vida do "mocinho-vilão", ele tem que prestar contas por sua traição com Os Escolhidos, e eles prometem fazê-lo pagar caríssimo. E como se não fosse suficiente, o ex-namorado de Raquel, Felipe, volta para tentar reconquistar de volta tudo o que Cristiano tomou dele!
Pois é, depois de perceber que estava sem saída, afundado em mentiras, histórias e culpa, ele finalmente busca o que acha que pode ser sua última solução: Busca a Deus(a partir dessa parte me rendi e chorei junto com ele. Que transformação!). Passa a madrugada do dia do seu esperado noivado convertendo-se e livrando-se, literalmente, dos demônios de seu passado. Enquanto isso, um crime ocorre e ele é o acusado. Suas antigas práticas satanistas são reveladas em jornais e ele é preso.
Pra piorar, Raquel recebe a notícia da pior maneira possível e decide que seu coração não aguentaria a dor e a humilhação que se seguiriam e foge para São Paulo, decidida a esquecer. Afogada em atrações mundanas, festas, "quase orgias"(ó meu Pai divino!)e sonhos que me faziam querer dar um "pedala" pra que ela finalmente percebesse o erro que ela estava cometendo e traduzisse a mensagem divina que estava bem na sua cara!
E do lado de cá, Cris também se afundava em águas tristes de consequências por seus atos. Mas ao contrário de sua amada, seguia agora sob uma nova luz: A luz da liberdade, da felicidade(espiritual) e da descoberta dos verdadeiros amigos. E após todos do "lado de cá"(porque enquanto eu lia, eu não era mais uma habitante carioca de 15 anos. Eu era aliada do Cris e estava ativamente em João Pessoa. Eu era alguém torcendo pelo felizes para sempre. E, apesar de acompanhar tudo de fora, e sem poder fazer nada, me senti parte daquilo tudo. Me senti na história. Poucos livros me fazem sentir assim. PS: desculpem o breve devaneio ^^) descobrirem o que Raquel andara fazendo nos últimos meses, Cristiano decide partir em sua busca, e definir de uma vez por todas o destino deles. Ela preferiria a glória dos homens e os prazeres do mundo à ficar com ele, Deus, e seus pais, mesmo sabendo que teria que lutar arduamente contra os Escolhidos, enfrentar os problemas financeiros e suportar de cabeça erguido o preconceito e os comentários das pessoas?
Eu vou entrar na linha pessoal agora. Raquel finalmente se mostrou humana aos meus olhos, e Cris, à medida que conquistava Raquel e o favor divino, mais me conquistava. Talvez eu me identifique com ele pelo fato de ser também explosiva e colérica(defeitinho difícil de controlar!). Tenho certeza que o terceiro livro vai me trazer esse lado descontrolado à tona diante da fofoca por parte da galerinha evangélica(se tem algo que não suporto é comportamento mundano-em relação à fofoca- dentro da igreja.me tira do sério! Que exemplo estaremos dando aos novos convertidos?!) e também meu lado romântico - que enquanto leio um romance, aflora - que me faz torcer pela felicidade eterna(que é tecnicamente impossível) dos personagens.
E já sinto o gostinho do adeus. Uma saudade antecipada, que vou sentir com mais intensidade já no começo do 3º livro. Quanto à este segundo, só dou 5 porque é a nota máxima. Se fosse de 1 à 10, ou 1 à 100000000 vezes o infinito, a nota máxima seria a desse livro. Amo demais #CrisQuel e espero ansiosamente pelo desfecho da saga literária mais perfeita que já li.