Resenhas - Caninos Brancos

lulu maluco 14/11/2024

Chorei = bom
Livro simplesmente incrivel que traz bastantes reflexoes a respeito do comportamento humano e como seria a visao dos animais a nosso respeito

Sinceramente uma obra bem forte e que deveria ser lida por td principalmente pelos vermes que acham que educar consiste em bater seja em animal ou crianca

Pas!!

Dju âãï¼ããâï¼ 09/11/2024

Recomendo
Faz tempo eu li esse livro na escola, mas me lembro de ter me emocionado e chorado, oq n é mto dificil. Enfim, recomendo, foi meu primeiro livro q eu li com mais de 200 páginas, quando tinha 12 anos.

Marcel 20/10/2024

Eu assisti ao filme produzido pela Disney quando criança, e na época não tinha entendido muito do conteúdo. Mas só foi anos depois, após ler outro livro do mesmo autor, "O Chamado Selvagem", que eu descobri que aquele filme que vi em minha infância foi baseado em um livro.
Comecei a leitura sem ter muita noção da história, nem imaginava que esse livro me agradaria tanto! Basicamente vemos um filhote de lobo crescer até se tornar adulto, e assim ele vai descobrindo suas habilidades até entrar em contato com os humanos.
É possível fazer uma comparação entre "Caninos Brancos" e "O Chamado Selvagem": enquanto que em Chamado vemos um cão, doméstico, que vai aos poucos se distanciando dos humanos e desenvolvendo seu instinto selvagem, em Caninos temos um lobo que aos poucos se aproxima dos humanose precisa aprender a lidar com seu instinto. Basicamente temos um cão que se torna mais e mais selvagem e um lobo que se torna mais e mais domesticado.
Caninos também é uma leitura visceral, que nos leva a explorar a natureza, ambiente que pode ser muito hostil, mesmo para um lobo. Sem contar os maus tratos que o pobre recebe pelas mãos dos humanos.
No final das contas, uma leitura bem imersiva e surpreendente para mim, talvez uma das melhores que fiz nesse ano, até agora! ?

Back 18/10/2024

Adorei
O completo oposto de chamado da selva com uma história completamente diferente e envolvente. Jack london fez histórias muito boas, pena que faleceu com apenas 40 anos.

Talvez por eu ter lido o chamado da selva antes, algumas coisas brutais e selvagens não me chocaram tanto.

Vanessa.Rodrigues 07/10/2024

O final é sensacional. Entrega tudo qu você deseja para o personagem e ainda trás aquele carinhoso quentinho ao coração.

João Vitor 30/09/2024

Caninos Brancos
Grande surpresa! Me prendeu do início ao fim. Cru, selvagem, sensível, brutal. Difícil definir quem é mais selvagem, o lobo ou o humano.

Arthur Guizelini 20/09/2024

Intrigante e caloroso
A escrita de Jack London é rica e, como sempre, cumpre o objetivo de transmitir os acontecimentos com clareza ao leitor. A história gira em torno de um lobo, que, ao longo da narrativa, tem sua índole moldada pelo ambiente e pelos erros que comete, sempre guiado por seus instintos e características de sua espécie. Esse lobo, Caninos Brancos, é um híbrido de lobo com cachorro, o que traz uma dualidade interessante para sua natureza.

A ambientação da história é muito bem desenvolvida. Ao longo do enredo, nos vemos torcendo por Caninos Brancos, mas, ao mesmo tempo, tememos o que ele pode fazer. A ambiguidade de sua espécie faz com que, em certos momentos, o vejamos como um cachorro, sentindo empatia por suas dores e sofrimentos. Porém, em outros momentos, nos contradizemos, pois o enxergamos como um lobo, e temos medo de seu instinto que o faz matar sem hesitação.

Alguns trechos do livro são um pouco desconfortáveis devido à violência contra animais, e é interessante notar que, quando essa violência ocorre na natureza, ela é mais aceitável para o leitor, por ser parte da ordem natural, no entanto, quando a violência é praticada por humanos, o livro desperta um sentimento de angústia e repulsa.

O final da obra me agradou, trazendo a sensação de felicidade que esperei ao longo da narrativa. No entanto, esperava algo mais reflexivo, que explorasse de forma mais profunda a adaptação social de um ser que foi ensinado a matar para sobreviver.

Recomendo este livro para quem gosta de histórias sobre instintos e a natureza, e também para aqueles familiarizados com a escrita envolvente de Jack London.

Camilla.Steban 15/09/2024

A mais crua e bela descrição do que é ser selvagem
"Caninos Brancos", o clássico de Jack London é um desses que é preciso ler antes de morrer. O livro narra a história do lobo Caninos Brancos, nascido na floresta que, capturado pelo homem, é obrigado a suprimir seus instintos do mundo selvagem e a potencializar sua ferocidade e brutalidade para sobreviver entre os homens na cruel civilização.
Dividido em cinco partes, o livro é um clássico romance de Bildungsroman, narrando desde os acontecimentos que levaram à concepção de Caninos Brancos, à sua descoberta do mundo enquanto filhote, seu amadurecimento cruelmente acelerado e, por fim, o fim de sua vida.
Já nas primeiras páginas é possível perceber a genialidade de Jack London. O livro começa observando como dois homens do norte eram lentamente cercados por lobos, seus cães sendo atacados e ambos temendo pela própria vida, os lobos ferozes sem dar qualquer descanso. Somos levados a temer a ameaça do lobo, a vê-lo como um ser cruel do assustador mundo selvagem e, como os homens, torcemos pela volta da civilização. Em seguida o enfoque narrativo se volta para a loba Kiche, que cercava os homens do norte, e somos obrigados a repensar nosso posicionamento sobre os lobos: eles não estavam apenas com fome?
Kiche mais tarde se revela como a mãe de Caninos Brancos e o acompanha em sua descoberta do mundo selvagem enquanto o filhote aprende a como sobreviver nele. Jack London nos mostra sem filtros a brutal racionalidade da natureza que fica melhor exemplificada na lei da carne: para Caninos Brancos não havia meios termos, ou ele comia ou era comido. O mundo selvagem não tinha as mesmas regras e morais que o mundo dos humanos, mas tinha a essência que muitas vezes é perdida na civilização. E, embora não esconda nem suavize a brutalidade cruel da natureza, o autor nos obriga a confrontar os limites de nossa civilidade: se nosso filhote estivesse passando fome, também não mataríamos os filhotes de outra mãe para alimentá-lo?
Além disso, essa primeira parte conta com uma das narrações mais belas que já li. A descoberta do mundo por Caninos Brancos traz lágrimas nos olhos de tamanha sensibilidade e crueza. É a natureza selvagem e cruel em seu ângulo mais verdadeiro e belo.
A partir da terceira parte do livro, Caninos Brancos entra em contato com o ser humano e é levado para longe do mundo selvagem, que ainda o chama de volta, e obrigado a se domesticar. Alvo de constantes crueldades e explorações, tanto de seus semelhantes, os cachorros domesticados, quanto dos homens, os quais Caninos Brancos chama de "deuses", o lobo se endurece e sua ferocidade, selvageria e brutalidade são potencializadas em um grito de rebelião pelos seus instintos naturais que foram suprimidos. O que Jack London faz nesse livro é uma metáfora sobre as "bestas-humanas", pessoas marginalizadas que foram endurecidas e tornadas ferozes pela brutalidade de suas circunstâncias. Sobre como a realidade em que vivemos nos molda como barro, para usar as palavras do autor, podendo nos amaciar ou endurecer.
Após uma vida de crueldades, Caninos Brancos encontra Weedon Scott que, com calma e amor, tentou se redimir pelo que a humanidade havia feito com o lobo, a pagar a dívida das crueldades feitas pelo homem e, assim, fazer com que Caninos Brancos encontrasse sua redenção.
O livro termina em um grande paradoxo, com Caninos Brancos enfrentando o homem-besta, que, ao contrário do lobo, não tinha encontrado com nenhum Weedon Scott para guiá-lo à sua redenção, ao contrário, só havia encontrado Belo Smiths.

Geise @leiturasdageh 15/09/2024

EU NUNCA IMAGINEI
Que um livro que tem como protagonista um lobo, iria me levar a reflexões tão profundas e por vezes perturbadoras. Pois é! A vida selvagem tem muito a ensinar a nós humanos.

Caninos Brancos foi um livro que eu conheci através da Thayná do @letravermelha . E quando eu vi a opinião dela sobre, eu pensei "preciso desse livro para ontem". Por sorte encontrei ele na Biblioteca Comunitária do meu bairro.

Dividido em 5 partes, com uma narrativa em terceira pessoa, vamos acompanhar a história e vida dos lobos. Inicialmente acompanhamos Kiche, e depois seu filhote Caninos Brancos. E vamos sendo informados, com muitos detalhes, como eles vivem, como se relacionam entre si, seu modo de sobrevivência, seus instintos e por fim, seu relacionamento com humanos. Ou melhor, há possibilidade de um lobo conviver com um humano?

A primeira parte, fez quase eu roer as unhas de tão aflita que eu fiquei. Ver dois humanos, no meio do nada, num frio de 45 graus abaixo de zero, sendo observados por mais de 20 lobos extremamente famintos, foi agoniante demais. Ui!

Já a segunda e a terceira começaram a me fazer refletir. E às vezes me colocar no lugar da loba. O instinto materno dos animais e muito igual ao instinto materno dos humanos. Amar, proteger, cuidar, e defender seu filho, é o que toda mãe faz. Seja ela eu, seja ela uma loba. E foi emocionante acompanhar essa parte.

Já a quarta e a quinta parte é uma mistura de revolta e tristeza. Só posso dizer que o dinheiro, o status pode fazer o ser humano perder a humanidade.E como a história diz: somos barros, moldados conforme o meio que vivemos. Se só conhecemos o ódio e o desprezo, como vamos amar? E como podemos ser covardes diante de quem achamos ser inferior a nós.

Caninos Brancos é uma história espetacular que nos mostra que o amor e a paciência são capazes de mudar muita coisa. Muita coisa mesmo. E o quanto o ser humano pode fazer mal a si mesmo e ao próximo quando faz um julgamento errado.

A vida selvagem ensina muito sobre humanidade. Muito mais que os humanos. Apenas leiam esse livro!

Já leu algum livro que o protagonista é um animal?

Dayanna 15/09/2024

Caninos brancos
Que história emocionante e linda (linda pq o final foi muito bom e feliz), porque até chegar a felicidade Caninos brancos sofreu um bocado, sobretudo quando teve contato pela primeira vez com humanos e esses não foram tão bons, ainda mais o maldoso Beauty Smith. Mais o mestre do amor (Weedon Scott) surgiu em sua vida e ele encontrou o amor.
O autor conseguiu transpassar os sentimentos do lobo através de uma escritas maravilhosa, onde deixava expostos os sentimentos de Caninos em cada situação de sua vida. Como usar o diminutivo quando Caninos era filhote e nos aproximar do personagem de forma a sentir o que aquele lobinho sentia.

Vera Monteiro 11/09/2024

Eu me conectei demais com Caninos Brancos, que me lembrou muito Ônix, meu gato que faleceu semanas antes de eu iniciar a leitura. Caninos Brancos era selvagem e irascível, devido à vida dura que levou desde sua tenra idade. Vemos como a natureza impiedosa e a crueldade humana moldaram quem ele era, forte e soturno, mas também acompanhamos a redenção do personagem ao encontrar o amor verdadeiro. No fim do livro, Caninos Brancos encontra o equilíbrio entre a natureza selvagem e aquela amorosa e pacífica.
Obs.: Recomendo ler primeiro Caninos Brancos e depois O Chamado Selvagem, livros do mesmo autor, e que são os meus preferidos.

Carolina3660 02/09/2024

Achei o livro interessante mas poderia ser mais, ele têm partes estranhas que confesso que não deu para entender além de que o desenvolvimento poderia ser melhor além de personagens mais bem construídos e sem ficar explicando cada passo que dão tão detalhadamente
Mas achei muito impactante e partes muito interessantes, partes angustiantes mas em geral um livro mediano que gostei porém não é tanto minha vibe
Posso ter tirado essa conclusão tmb pq não fui eu que escolhi ler esse livro, e sim era uma leitura obrigatória da minha escola.... ??

FÃBIO 01/09/2024

Todo livro é a excelência de alguém. Gostar ou amar, depende de todas as nuances do que cada um é e pelos caminhos que percorreu até ter uma obra em mãos.

Caninos Brancos é uma aventura que se passa no Yukon selvagem. Uma aventura a ser lida e que cairia muito bem para um(a) jovem em conclusão do Ensino Fundamental ou Médio. Texto objetivo e vocabulário pouco rebuscado, facilitando o entendimento.

Jeff_Rodrigo 29/08/2024

Alguma vez você já parou para pensar o quanto as condições materiais no entorno de alguém é capaz de moldar o seu modo de encarar a vida? O quanto a dinâmica social no qual esse ser está inserido é capaz de influenciar a sua cosmovisão de mundo? Que essas coisas, impostas, ao negarem a essência do seu ser não só o brutaliza como também o objetifica? De que esse ser, cego pela objetificação, se torna escravo das condições que lhes são impostas, incapaz de reagir?

É incrível pensar essas coisas ao ler esse clássico do Jack London. Nesse livro, lançado em 1906, acompanhamos a saga de Caninos Brancos, um híbrido entre cão e lobo nascido em Yukon, norte do Canadá. A história se passa em um ambiente frio e hostil, durante o período conhecido como a "Corrida do Ouro de Klondike", na região entre o norte do Canadá e o Alaska, no final do século XIX. Narrado de forma magnífica, o autor consegue apresentar bem não só os detalhes das aventuras e apuros que o nosso protagonista vive, como também os sentimentos e pensamentos que esse tem diante das diversas situações que o destino lhe reserva.

O livro começa apresentando o mundo a partir da perspectiva de Kichie, a mãe de nosso herói. Meio loba e meio cão, ela estava foragida da tribo indígena da qual pertencia, vivendo em meio a uma matilha de lobos. Prenha, ela dá a luz à Caninos Brancos. Assim, nessa primeira parte da história acompanhamos o modo de vida e os costumes dos lobos, assistindo, inclusive, a perseguição da matilha a dois viajantes que estavam em apuros em meio à floresta. Logo em seguida, assistimos os primeiros passos de nosso protagonista em meio à natureza, com seus vislumbres e curiosidades perante a beleza e a imensidão do mundo.

Porém, de forma repentina, somos pegos de surpresa por uma série de acontecimentos dignos de uma tragédia grega - ou de um castigo no inferno. Ao reencontrar Kichie, Castor Cinzento, membro da a tribo a qual ela pertencia, leva a mãe e o seu filhote consigo. Vivendo em meio aos homens, Caninos Brancos vai aprendendo que esses seres são capazes de criar dor e conforto de forma rápida e assustadora. Por ser um selvagem, ele não consegue se dar bem com os outros cães da tribo, sendo acossado, maltratado, perseguido e espancado a todo momento. Já os humanos da tribo o veem como um ser perigoso, instável, não confiável. Logo, de tanto se defender, Caninos Brancos se torna agressivo e temido por sua opulência e ferocidade. Ao mesmo tempo, ele perde quase que completamente a capacidade de viver livre - fato comprovado pelo episódio de quando ele foge e, já livre, não consegue viver na floresta.

Para piorar, o seu dono, o índio Castor Cinzento, após perder muito dinheiro em bebidas e apostas, resolve vender Caninos Brancos para um homem de carácter muito mais ruim, Beleza Smith. Nosso protagonista, então, é forçado a lutar em rinhas de apostas, em meio a lutas sangrentas que quase o levam ao encontro da morte. Para sobreviver em meio ao jogo dos homens, se torna uma máquina de matar. Esse período de violência dura muito tempo. Traz muitas feridas dentro e fora de nosso herói, que acaba achando que a vida se resume a destruir e a matar. De tanto cansaço e sofrimento, durante uma luta em que estava quase perdendo a vida, ele é resgatado por um outro homem que se compadece de sua situação, Weedon Scott.

Sob os cuidados de Scott, Caninos Brancos conhece uma nova fase. Um novo mundo. Um universo guiado pelo amor incondicional de Scott, ávido em transformar o seu novo amigo em um ser livre de todo o ódio e rancor que lhe causaram. Pouco a pouco, nosso herói vai se transformando, mudando as suas perspectivas sobre os humanos e a vida.

Doido pensar nesses diferentes momentos da vida de Caninos Brancos. Há quem goste de apontar o sentido inverso que essa história toma em relação à outra obra clássica de London, "O Chamado da Floresta", de 1903. Em mim, porém, outra percepção ficou mais pungente. Notei que no primeiro momento, ainda que breve, nosso herói se encontra livre, sujeito apenas às imposições do meio natural, lutando por si mesmo. No segundo, já na tribo, além de estar sujeito às tarefas e trabalhos alheios às suas vontades, pouco a pouco a sua identidade lhe é retirada, se transformando num ser negado e negligenciado conforme o peso da sua potencialidade destrutiva ou laboral. No terceiro, ele se transforma num objeto, numa simples mercadoria, útil só até o momento em que seu corpo aguentar. No último, temos uma transmutação, guiada por um ideal que vai muito além da mera acumulação material, e que realmente dá um sentido a vida sofrida de nosso herói.

Lembrei dos cachorros que já me morderam. Dos que encontrei por aí. Dos que tenho e já tive.

Vitória Belicio 15/08/2024

Maravilhoso
Quero ler até a lista de compra desse autor, já comprei outros ? te prende muito, sensacional como faz vc se apaixonar por um lobo ??