Adriboa 10/12/2011
Uma Luz na Escuridão - CATHERINE Cover di Idolatrada ANDERSON
Imagine se você tivesse uma vida perfeita e única, acima de qualquer sonho seja ele di Papel ou di Verdade, com uma mulher compreensiva, amorosa e extremamente carinhosa, dois filhos que fossem a alegria e a luz da sua existência, ou seja, você vive em um verdadeiro conto de fadas.
Essa é a vida extremamente feliz e realizada de Alquebrado, ele está tão feliz e realizado que vive num eterno mundo encantado cheio de sonhos reais, onde vê realizados seus desejos mais insanos e tresloucados que completam a sua felicidade.
Envolto nesse mar de felicidade, de repente não mais que de repente, num momento insano e sem sentido ele vê seus sonhos quebrados e sua vida pisoteada como uma frágil folha de papel picada, pois toda a sua felicidade foi rasgada e jogada ao vento.
Como numa montanha russa de sentimentos ensandecidos e desesperados, ele sai de uma extrema felicidade caindo direto e de cabeça no fundo do poço de um mar sofrido de um dolorido desespero, nunca antes imaginado.
Ele se encontra tão perdido e Alquebrado que por mais que tente não consegue, nem mesmo com a ajuda dos parentes, submergir desse lamaçal de desespero e desenfreada tristeza.
O lodo da desilusão e do desassossego está tão embrenhando em sua alma que ele não consegue enxergar como, a partir de agora, conseguirá se manter são em meio a tanto e imerecido sofrimento.
Sem rumo... Sem prumo... Sem esperanças... Sem futuro... Sem Vida... Totalmente Alquebrado em corpo e principalmente em alma. Ele tenta respirar e se apegar no fio emocional que ainda tem, para tentar sair desse lamaçal desolado e desenfreado em que está se afundando.
Tudo lembra sua família e a felicidade perdida, as lembranças de todos os momentos felizes veem a tona quando ele sente um raio de sol tocar sua pele, quando ouve o canto de um pássaro ou simplesmente ao recordar as doloridas recordações.
A todo o momento ele é atormentado pelas lembranças de tudo o que perdeu e do que poderia ter vivido. Mesmo quando respira, a dor não se abranda e atormenta o seu coração. O próprio ecoar dos seus pensamentos o deixa Alquebrado, mutilando de vez a sua alma. Não conseguindo sobreviver ou aceitar essa perda, ele não consegue dar continuidade e seguir a sua vida.
Sem rumo parte para uma vida sem prumo, sem destino e sem esperança, tendo como único objetivo o esquecimento de todo esse sofrimento, por isso, Alquebrado começa a caminhar e a divagar tendo a incerteza como única companheira.
No desespero, cego pela enxurrada de sentimentos desoladores, a única saída que ele encontra para se esconder da dor e fugir da tristeza profunda que há dentro de si e que habita o mais fundo dos recôncavos de sua alma, pois tudo ao seu redor não o deixa esquecer de sua inestimável perda.
Em meio a tanta dor e sofrimento, sem olhar para trás tenta esquecer o seu passado na esperança de construir novas esperanças no esquecimento... Ele se torna um morador de rua!
Dois anos se passam e Alquebrado continua nessa situação sub-humana como mendigo, onde o destino e a felicidade serão encontrados na próxima garrafa de whisky que lhe proporcionará cair nos braços do sagrado laço do esquecimento.
Ele está tão carcomido pela dor, que na maioria do tempo encontra-se embriagado com medo de ser assombrado pelas lembranças felizes e dos momentos de alegria. Mal consegue lembrar das feições de seus entes queridos tal o desespero. Para fugir desses destruidores sentimentos, atualmente sua companheira mais querida e inseparável é a bebida.
Alquebrado encontra-se no vagão de cargas de um trem como passageiro clandestino. É nesse mar de comiseração que ele encontra Massacrada que também tenta embarcar como passageira clandestina na fuga de um destino muito, muito pior.
Ele que há dois anos não se preocupa com mais ninguém, nem mesmo com si mesmo, Alquebrado de repente se vê obrigado pela honra e pela dignidade a defender essa delicada e indefessa mocinha, uma pessoa tão Massacrada que ainda carrega em seus braços Esperança, um bebê tão pequenino e faminto.
Dá-se inicio a uma das histórias mais bonitas e singelas que a Adriana já leu. Todos foram marcados por uma tristeza Alquebrada tão intensa e profunda, que faz com que a vida Massacrada pareça estéril não havendo lugar nem mesmo para a esperança quiçá felicidade na vida da Boattini.
É de cortar o coração quando Massacrada sem ter como alimentar Esperança, devido ao choque e aos inúmeros hematomas que cobrem e enfeitam o seu corpo tão sofrido, diz para Alquebrado...
— O meu bebé tem fome, Senhor Kendrick. Farei qualquer coisa que seja para alimentá-lo... Qualquer coisa!
A Adriana ao se deparar diante de tato sofrimento, onde a única importância é conseguir o alimento que saciará a fome de seu filho, nem que para isso tenha que fazer um escambo negociando o próprio corpo como moeda corrente, fez a Boattini ficar com o coração quebrado e os olhos marejados de lágrimas.
Diante de tanta abnegação, desespero e infelicidade, ele inesperadamente se vê pego pelos laços da vida e pela ternura que o faz tomar consciência do buraco profundo em que se encontra, apesar de sua situação sem sonhos ele abre espaço em seu coração Alquebrado e em sua alma tão despedaçada para ajudar esse outro ser cuja alma está tão Massacrada.
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