Oliveira1189 27/07/2017
Quanta delicadeza, quanta simplicidade! Cora pega o cotidiano e transforma num cotidiano fantástico, realidade-realeza... O pedaço de bolo tão fininho... as visitas... os religiosos... a fé e a educação, poema cru, de saudade.
"Amo tua paisagem triste, ausente e suja.
Teu ar sombrio. Tua velha umidade andrajosa.
Teu lodo negro, esverdeado, escorregadio.
E a réstia de sol que ao meio-dia desce, fugidia,
e semeia polmes dourados no teu lixo pobre,
calçando de ouro a sandália velha,
jogada no teu monturo"