Lavoura Arcaica

Lavoura Arcaica Raduan Nassar




Resenhas - Lavoura Arcaica


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shoriboo 06/11/2024

Deus pai
História batida e uma escrita chatissima, ninguem marece ler isso não. ah que ele ganhou sla quantos premios, então ta querida, vai la com ele morar na roça vai
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miguelswt 03/11/2024

Tradição, enclausuramento e morte!
Profeta da própria palavra; embebido de seus próprios anseios; livre, ou quase, das correntes do passado; impaciente perante o futuro vindouro e faminto pelo sabores que correm para lá da cerca, André, o filho colérico de um meio conservador, expõe, por meio de um lirismo hipnotizante, os falsos moralismos que lhe serviram de pedra angular durante a vida e nada, página por página, na direção contrária à correnteza do tempo que lhe foi sugado.
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denis.caldas 30/10/2024

Cult brasileiro
Há alguns livros que são considerados "cult", como Demian, Senhor das Moscas, a maioria dos Saramago, os do Mia Couto, de Hatoum etc, e Lavoura Arcaica é um desses cultuados no Brasil como, com o perdão do trocadilho, "cults". Inclusive, a escrita me lembrou o Saramago, mas ao menos usa algumas vírgulas, e o ponto chega no final de cada capítulo kkkkk. Capítulos muito curtos e outros longos, mas tem que lê-los de uma vez só, senão perde a meada da poesia em prosa. Burro como sou, tive um pouco de dificuldade...

A história é densa, o final meio que inesperado, as reflexões do pai extremamente rígido em relação à família e ao trabalho e o filho pródigo são de profunda filosofia, mesmo que tratadas em um ambiente rural e arcaico de mais de 70 anos atrás. A receita dá certo: tratar sobre o eterno conflito de gerações, a questão sociológica, o conservadorismo diante o liberalismo. Olha, pareço até um intelectual escrevendo!

Ainda bem que ainda tinha na biblioteca aqui, acho que por ser "cult" não foi saqueado como os livros "pop" foram... Caramba, primeira vez na vida que vejo furtarem livros aos montes de uma biblioteca, pouco a pouco, a cada ano. O pior é chegar na casa de uma "educadora" e ver um livro que era da biblioteca lá na estante; mas também, quem nunca solicitou um livro até mesmo aqui pelo Plus e o recebeu com um baita carimbo de Biblioteca Municipal Fulano de Tal?! Desculpem, divaguei enquanto desabafei...

"[...]; e em, muitas outras coisas posso ser útil, preparando mourões, consertando porteiras, sou rigoroso na meia-esquadria, tenho um veio sisudo de marceneneiro, amo do mesmo jeito a árvore que virou madeira, distingo cada uma delas só pelo cheiro, sabendo pra que serve o cedro, o pinho, a peroba, o ipê, a sucupira; [...]"
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Paola 23/10/2024

...
É um livro muito lírico, de algum modo me lembrou Fernando Pessoa (provavelmente pelo jeito de criar um ambiente ou sensação).

O livro é uma grande crítica ao conservadorismo e sua mão de ferro. Mas também é uma forma de vermos o nosso desejo. Mas também fala sobre crescer e tentar se rebelar. E também sobre o patriarcado. Até um pouco sobre viver uma vida falsa.

Enfim, gostei muito do livro e se eu lesse mais uma vez talvez entenderia melhor... Afinal de contas o texto é bem rico em palavras exóticas.
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VitO.O 22/10/2024

"estamos indo sempre pra casa"
Depois de terminar o livro fui correndo ler artigos pra tentar entender 100% da história pq essa leitura é MUITO difícil e cara......
Depois que a gente entende tudo é transformador. São tantas camadas ? esse livro mudou minha vida e eu nunca vou parar de pensar nele, vai me assombrar pra sempre!...,,!!
Aline221 22/10/2024minha estante
Eu peguei, li 1/3 e larguei... Mas vou retomar!


VitO.O 22/10/2024minha estante
Esse livro é daqueles que tem que insistir pq é difícil demaisssss kkkk mas vale a pena!




fefexx 08/10/2024

Recomendo ??
Não vou fazer um resumo da obra porque nem eu sei se entendi direito. Tenho a sensação de ter sentido mais as palavras do que realmente ter entendido elas. Tenho de ressaltar o quão poética é a escrita desse autor e o quão simbólica é a história do livro, eu adoro quando a linguagem é tão abstrata (no meu ver) que eu crio diversas interpretações da mesma coisa. Não vou dar exemplos da simbologia porque acho que tiraria a graça da experiência que é ler esse livro.
Com certeza vou procurar mais sobre esse autor.
Recomendo ler esse livro sem ler a sinopse antes, fiz isso e acho que a surpresa de ir descobrindo a história ao longo da leitura me deixou mais interessada.

?Já disse que não acredito na discussão dos meus problemas, estou convencido também de que é muito perigoso quebrar a intimidade, a larva só me parece sábia enquanto se guarda no seu núcleo, e não descubro de onde tira a sua força quando rompe a resistência do casulo; contorce-se com certeza, passa por metamorfoses, e tanto esforço só para expor ao mundo sua fragilidade.?
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Danilo Andrade 08/10/2024

êxtase em seu pleno sentido
Rememorando meu histórico de leituras, nunca me deparei com um texto tão profundo e belo. Mesmo que releituras minuciosas são exigidas do leitor, não figura uma leitura cansativa, ao contrário, faz-se extremamente magnética, hipnótica e deslumbrante. Sorver cada gotícula deste maná era ocupação de primeira ordem, provocando uma espécie de suspensão de toda frivolidade da vida terrena - a típica mágica que só a literatura e a música me enredam.

"Lavoura arcaica" é um livro que resiste à leituras simplistas. Todos os elementos dialogam de forma consistente dentro da narrativa. Desde o uso da linguagem, à pulsão incestuosa de André em relação à própria irmã não estão ali à toa. Sua prosa densa e profusa em simbolismos questiona as noções de pertencimento, o estigma das raízes familiares,o falso moralismo, a religiosidade como dilema às repressões sexuais, uma tragédia clássica do embate entre tirania e o anseio de liberdade do espírito canonizada pela curta - e por isso triste para nós leitores - produção literária de Raduan Nassar, que mostra a potência que a palavra de um espírito colérico é capaz de projetar.
@dinahpdz 09/10/2024minha estante
preciso reler! é muito, muito bonito né


Danilo Andrade 09/10/2024minha estante
Impactante de tão belo @dinahpdz!




Monge 16/09/2024

Não há como sair incólume dessa leitura
Eu nunca li algo tão intenso e bonito dessa maneira. Um autor que sabe usar dos recursos linguísticos. Em primeiro lugar, as metáforas, o uso das palavras. É uma beleza imensa, descrições que nos absorvem, de grande poesia. Além do mais, o autor usa dos sinais gráficos ao seu favor. Quando são os fluxos do personagem, nada de ponto final, já em algumas narrações há o uso dele. Entre outros recursos que melhoram muito a experiência da leitura dessa obra. O livro se constrói a partir de uma tensão entre um pai austero e rígido e um filho que se revolta diante desse controle todo. A obra faz uso o tempo inteiro de referências bíblicas para construir esse clima de ordem e da família cristã que tanto preza o pai. Da conservação de todos os valores, os quais são negados no interior da casa por alguns dos filhos. Cada detalhe acrescenta em muito na obra. Reflexões lindas sobre o tempo e as mais belas descrições que já li(mesmo de cenas horríveis). Além do mais, um livro subversivo e provocativo, só por isso vale ser lido. Traz para diante de nós questões que são grandes tabus e escancara, nos faz pensar sobre. É uma obra que só um grande autor seria capaz de escrever.
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Isabelly.Godoy 16/09/2024

Essa foi uma leitura para o clube do livro. Não conhecia a obra nem o autor e me surpreendi com o estilo da narrativa. No começo fiquei um tanto confusa e até um pouco cansada com os capítulos sem parágrafos, mas depois me acostumei à proposta. Ainda assim, essa foi para mim uma leitura bastante cansativa e que em alguns momentos não consegui acompanhar muito bem a história, o que pode ser uma falta de experiência literária minha também.

De qualquer forma, foi um desafio interessante, a linguagem é de fato muito bonita e poética e os temas da família, do "filho pródigo" e da identidade são muito instigantes e fiquei feliz de ter tido a oportunidade de ler a respeito nesse livro.
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lu 07/09/2024

é um livro um pouco difícil de entender, mas no fim é de explodir a cabeça. Uma história muito forte, recomendo.
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Vania.Cristina 08/08/2024

Simples, intenso e monumental
Muito difícil falar desse livro. Ele é mais que uma leitura, é uma experiência. É preciso mergulhar nele. Uma sinopse não diz nada, não esclarece bolhufas (como diria minha mãe).

Acho que cada pessoa lerá o livro de uma forma diferente. O primeiro capítulo já me mostrou como ia ser a leitura e logo de cara me posicionei para fazê-la de uma forma incomum pra mim. Conforme ia lendo grifava tudo que me saltava aos olhos. Até aí nenhuma novidade, mas cada capítulo que eu terminava (alguns são longos e outros minúsculos), eu anotava minhas impressões nas margens, naqueles adesivos transparentes. Dessa forma dialoguei profundamente com o livro. E não foi uma coisa pensada, calculada, o próprio livro me conduziu nessa direção. Embora tenha poucas paginas foi impossível fazer uma leitura rápida, ele exigia que eu digerisse capitulo por capitulo, que elaborasse minhas impressões passo a passo. Foi uma leitura profunda e uma experiência intensa mesmo eu não tendo utilizado nenhum texto de apoio para me orientar.

Posso dizer que considero essa pequena obra um monumento. A história é simples, mas a escrita é elaborada de uma forma poderosa. Nós mergulhamos na cabeça do protagonista de um jeito que me lembrou Angústia, de Graciliano Ramos. Posso dizer também que a história me remete a um desses encontros possíveis entre uma tragédia grega com a psicanálise. Entre a realidade nua e crua de Nelson Rodrigues e os devaneios eróticos e místicos de Mishima. E isso tudo pra falar das estruturas de formação do povo brasileiro. Sensacional!

Ficou confuso? Pois é... não sei se posso falar mais do que isso... Tá, posso falar um pouco da história. Não vou dar spoilers mas minha experiência foi totalmente no escuro e valeu a pena. Se quiser um pouco mais de chão, posso dizer:

Em algum lugar do Brasil antigo um jovem chamado André, que morava na fazenda com a família, foge de casa. Este é nosso narrador e é o protagonista da história. Acompanhamos seus pensamentos o tempo todo, e muitas vezes eles são desvairados, delirantes. Seu irmão mais velho o encontra numa pensão, num momento em que ele já tinha gastado todos os seus recursos. O livro tem duas partes, a primeira é o desabafo de André junto ao irmão, quando ele confessa seus segredos. Ele conta tudo com uma certa linearidade, começando com o tormento que o acompanha desde a adolescência. Convencido a voltar pra casa, a segunda parte narra o que acontece nas primeiras horas depois do retorno.

Trata-se de uma interpretação da parábola bíblica do retorno do filho pródigo. Só que aqui o filho não volta arrependido, mas dissimulado.

Esse narrador, jovem e aparentemente frágil, reivindica o direito nobre a sua individualidade, mas não se engane, talvez ele seja um dos personagens mais narcisistas e manipuladores de nossa literatura.

O leitor precisa ter estômago para encarar tudo o que nosso protagonista vai pensar e fazer. Mas a escrita do autor facilita muito, porque as cenas são descritas por palavras delicadas e poéticas, que carregam imagens que nos deixam de boca aberta de tão poderosas. Mas há gatilhos para abuso, vá com cautela.

Eu acho que, dentre outras coisas, esse livro fala sobre nossa origem rural e o patriarcado, e como ele é estrutural em nossa sociedade. O autoritário chefe da família sufoca as individualidades para impor seus valores. O livro acabou e eu continuei a narrativa na minha cabeça. Parece que eu estava vendo a história da formação da elite brasileira. Quando há disputa pelo poder dentro de um patriarcado, nada muda de fato, além do nome de quem está sentado à cabeceira da mesa. Talvez eu tenha viajado um pouco... mas se jogue nesse livro e tenha suas próprias percepções. Se puder fazer isso numa leitura coletiva, melhor ainda.
FabiSempreLendo 08/08/2024minha estante
Ótima resenha! Me deu vontade de ler esse livro.


Vania.Cristina 08/08/2024minha estante
Que bom! ?? Obrigada Fabi!


Max 08/08/2024minha estante
Livro fora do comum!
Resenha no mesmo nível! ?


Vania.Cristina 08/08/2024minha estante
Obrigada Max! ? Também achei esse livro fora do comum.


anapachecoeumsm 08/08/2024minha estante
Quero muito ler! Na USP é um livro que requer debates! Amei a resenha amiga ?


Vania.Cristina 08/08/2024minha estante
Imagino, Ana. Eu adoraria assistir a uma aula sobre este livro e um debate com mediação de um professor da USP. Acho que dá pano pra manga mesmo.


Yasmin V. 12/09/2024minha estante
Amei a resenha, Vania! Esse livro está no meu radar há tempos e dia desses me indicaram novamente e desde então, estou com ele na cabeça hahaha vim atrás de resenhas e encontrei a sua!! Fiquei ainda mais interessada!!


Vania.Cristina 12/09/2024minha estante
Que bom Yasmin! Que você tenha uma excelente leitura!




carlosmanoelt 03/08/2024

O arcaico e a ovelha sacrílega
A parábola do filho pródigo compõe o imaginário ocidental como um dos mais conhecidos textos bíblicos. Nela, o filho caçula, arrependido por ter deixado o lar e extravagado seus recursos, retorna ao seio familiar para redimir-se de seus atos. A moral de redenção intencionada pela alegoria cristã foi ? e nada impede que continue sendo ? explorada continuamente em produções artísticas de diversos segmentos, incluindo o literário. Ela servirá como ponto de partida também para ?Lavoura arcaica. No entanto, o que Raduan Nassar manifestamente propõe em seu primeiro livro é invertê-la, mantendo-se distante do ideal de remição passiva e sincera da metáfora original.

André, o protagonista do livro, seria o filho pródigo que abandona a casa. Membro de uma família tradicional e, por consequência, extremamente patriarcal, ele busca libertar-se das amarras paternas e de seus princípios sufocadores que limitam e impõem aos descendentes uma obediência servil cega, corroborada pelo uso de provérbios e pela repetição de hábitos que fortalecem a imagem do pai como totem. A primeira parte da obra, denominada A partida, narra a estadia do personagem em uma pensão distante até o momento em que seu irmão, Pedro, vai ao seu encontro, enquanto a segunda parte, O retorno, mostra o regresso dos dois a casa de origem. A estrutura formal do relato de André acompanhará o caráter cíclico da narrativa. O protagonista não só vai e volta no espaço, como seu relato realiza o mesmo movimento no tempo.

No fluxo contínuo da consciência nem um pouco linear de André nos emaranhamos nas suas entranhas na busca de compreender a si e se desprender de um sistema opressor, na perspectiva dos seu medos e incertezas onde angustiados somos agora parte dessa fortíssima corrente psicológica, da intensidade da paixão incestuosa por Ana, e do seu movimento contínuo rumo a libertação e tragédia. O lirismo de Raduan através de seu personagem faz com que a leitura se torne uma experimentação sensorial, onde sentimos não só o que os personagens falam, mas onde estão, se percebem e sentem. Poucos escritores conseguem mexer com temáticas tão pesadas junto a uma descrição lírica e introspecta tão intensa, assim como Clarice Lispector faz, Raduan inova a língua portuguesa como um escultor que modela, estilhaça e cria algo novo e bonito, nos surpreendendo com o inesperado.

Ler ?Lavoura Arcaica é um desafio que requer coragem e entrega, aos que aceitarem o desafio o impacto será profundo e inegável, pois fala de temas tão universais; do oprimido que sai da opressão, da transgressão, da necessidade de vôos e liberdade, do conflito extremamente sensível de uma família em precário equilíbrio, do amor, da repulsa e paixão, da impregnação moral e da tradição. Com a musicalidade do escrito e do não dito, é uma tragédia que conversa com o contemporâneo através de tudo que nos revela e com poética nos faz questionar certezas tão invioláveis através da experimentação da palavra e de um final destruidor. Cabe mencionar aqui a adaptação cinematográfica da obra, dirigida por Luiz Fernando Carvalho em 2001, que inspira-se nos princípios barrocos de proporção e da contraposição escuridão/luz para reproduzir visualmente os contrastes tão importantes no livro.
olivversion 03/08/2024minha estante
Que resenha incrível.


carlosmanoelt 03/08/2024minha estante
Obrigado :)


olivversion 03/08/2024minha estante
@carlosmanoelt Dnd, fiquei com ainda mais vontade ler. Lembrei que ouvi sobre esse livro no ensino médio de uma professora de sociologia.


carlosmanoelt 03/08/2024minha estante
Bom gosto o dela, vale muito a pena ler


Jason23 03/08/2024minha estante
Que resenha maravilhosa


carlosmanoelt 03/08/2024minha estante
Obrigado :)




Luisa1110 24/07/2024

Na sua ausência eu criei a sua imagem: do terreno, o oculto celestial começa. A ausência é o guia. A ausência me ensina sua lição: Se não fosse pela miragem você não teria sido firme... E no vazio, desmontei uma letra de um dos alfabetos antigos e me apoiei na ausência. Nenhum "aqui" exceto "lá". E nenhum lá, mas aqui. (MAHMOUD DARWISH)

Um livro que parece dedicado aos filhos daqueles que perderam a terra no oriente médio me fez pensar justamente na ausência. O desejo por Ana ( eu ) parece um escape poetico que condensa o desejo pela realidade perdida e, agora, proibida: mulher forte, a terra original, o animalesco, a liberdade. E a tentativa de escapar da realidade forjada da família, que esconde seus elementos de saudade e de desejo.

A ausência permite a fantasia e a conexão com o eu "original".
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Rodrigo.Silva 24/07/2024

Pura pretensão. Uma prosa poética grudenta, uma historinha boba. Tipo Um Copo de Cólera também, só que Um Copo de Cólera tem a história pior e é menos chato. Incrível um cara que só escreveu esses dois livros e mais um ser incensado como é
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soubarroca 16/07/2024

Lavoura Arcaica, de Raduan Nassar
Li pro clube do livro e não gostei muito. não gostei da escrita nem da história. achei o enredo muito porco. depois do debate, olhei pra obra com outros olhos, mas sigo não gostando. talvez outros livros do autor sejam melhores.
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