SCUM Manifesto

SCUM Manifesto Valerie Solanas




Resenhas - SCUM Manifesto


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laisov 15/01/2012

Dispensável
Difícil distinguir o teor como fictício ou não - espero que seja. Deixa a desejar por ser repetitivo, mirabolante, superficial e pretensiosamente autossuficiente.
De fato, não tiro o mérito de ter abordado o feminismo (de um modo extremista, é verdade), mas é esse tipo de obra que molda as má impressões de fundamentalismo do movimento.
Kamuy 10/09/2013minha estante
Não é fictício


Márcio Lima 24/10/2013minha estante
De fato não é fictício. Infelizmente. Pois alguns imbecis anti-feministas tem usado a obra como forma de se criticar o feminismo, como se o feminismo fosse sinônimo de extremismo.

O que esses imbecis não levam em conta, é que Valerie Solanas é uma voz minoritária, muito minoritária. Mas disso eles já sabem. Entretanto, como são intelectualmente desonestos, vão ignorar convenientemente esse fato.


Jossi 29/07/2015minha estante
Ridículo e louco. E não sei não, Márcio Lima (você, como homem, ainda apoia isso?!), se essa Solanas é uma "voz minoritária". Tenho visto e lido coisas estarrecedores por aí...


Icaro Fnr 06/12/2017minha estante
No começo até chega a ser engraçado, mas nem como comédia esse lixo tóxico funciona.




Cigana.Geek 14/06/2016

Radical, certeira e irreverente
Este livro é uma obra-prima. Chega a ser engraçado ver tantas mulheres defendendo avidamente que o feminismo não tem nada a ver com as ideias de Solanas, como que com medo de que os homens possam ter a "ideia errada" sobre o movimento.

Solanas não escreveu SCUM pensando no feminismo, nem que este livro se tornaria parte importante da revolucionária teoria radical. Solanas escreve com ódio, com um asco verdadeiro pela classe masculina, digerindo todas as experiências vividas e observadas com uma realidade que chega a ser cruel. Ela é violenta e pronta para matar. E ela tem o direito de sê-lo.

As feministas não precisam ser todas Solanas. Mas as que quiserem ser, estão cobertas de motivos. Valerie Solanas analisa a posição da mulher na sociedade de uma forma tão crua que choca até mesmo àquelas que têm plena consciência do quanto estamos ferradas. Ela inverte em sua utopia o sistema de gêneros, colocando o sexo feminino na função de exterminação sistemática de todos os homens. Por isso, a chamam de louca, de extremista, mas não é muito diferente do que a literatura masculina, em ramos respeitados como a psicanálise, faz. Solanas, sagaz, ao colocar o macho como incapaz de amar não está sendo muito diferente de Freud, dizendo que a mulher é um macho incompleto. Freud é gênio. Solanas, louca.

SCUM Manifesto não é ficção, mas deve ser lido nas entrelinhas. Valerie Solanas foi uma mulher extraordinária, sofrida, resistente neste mundo que só a fez enlouquecer. A conclusão do livro é, evidentemente, impraticável. Mas a reflexão que ele provoca, mesmo naquelas que acham um absurdo e perda de tempo, já é o suficiente para provar sua importância na história feminista.

Livro de cabeceira. Na dúvida, abro em qualquer página e me lembro: só a luta muda a vida.
La Vine 17/12/2016minha estante
Na mosca!


Bianca 26/01/2019minha estante
Resenha BRILHANTE!


Maria 26/12/2020minha estante
Brilhante!!!


Jac 08/06/2021minha estante
Nem li ainda mas só pelo o que li sobre a vida da autora já concordo huahua




Jossi 29/07/2015

Ridículo e louco!
O que vem a ser isso? O que essas feministas (ou, podia dizer, feminazistas) tinham em mente? Ainda existem mulheres fora de si, desequilibradas e/ou psicopatas como essa Valerie Solanas? Provavelmente sim. Esse livreco é apenas o grito insano de uma psicopata sem eira nem beira, uma maneira ridícula de mostrar que odeia - não os homens - mas as famílias. Deve ser totalmente desprezado.

Coloquei uma estrela apenas para marcar que foi 'lido' (com náuseas, mas lido).

site: http://caminhocultural.blogspot.com.br/
Melissa 23/04/2020minha estante
Ela não era psicopata, era esquizofrênica


Elis Andoli 12/01/2024minha estante
BU!


Jossi 24/09/2024minha estante
BU, mesmo... haja coração pra ler tanto delírio esquizofrênico, hahahaha.




Jadiel 13/12/2017

Primeiramente, apesar de essencialista, muita coisa que Solanas fala sobre o homem no começo do livro reflete bastante vários problemas reais na socialização masculina e da tal “masculinidade tóxica”: como a inabilidade de expressar sentimentos, a sexualidade predatória, o egocentrismo, a necessidade de se provar viril através do uso da violência, a misoginia e homofobia, o embotamento afetivo e até mesmo a inabilidade empática.

Mas o que mais me chamou atenção no livro foi seu teor subversivo, ou mesmo, de inversão. Ele funcionou para mim como uma sátira, uma paródia muito perspicaz do que se produziu (pelo homem, diga-se de passagem) sobre a mulher para justificar a opressão, violência e privação de direitos que elas sofriam (e sofrem). Através da ciência e da filosofia, versou-se sobre a inferioridade e irracionalidade feminina, sua posição de “homem incompleto”, seu espírito mesquinho, sua impulsividade, sua incapacidade de tomar decisões sozinha, relacionava-a à natureza e ao animal, etc.

Antes da psicanálise e de Freud passar a “dar voz” às mulheres nas sessões de terapia por entender que a histeria era a forma com a qual o corpo tinha de comunicar o que a mulher não conseguia falar através de palavras, a histeria era considerada atuação, fingimento ou condição sine qua non da mulher, uma fraqueza, uma loucura congênita, visto que histeria vem do grego e significa “útero”.

O que Solanas fez, propositalmente ou não, foi inverter os papéis: ela (mulher) construiu explicações lógicas sobre porque os homens são inferiores. Por mais absurdas que algumas dessas explicações sejam, há uma lógica interna nelas, refutável, mas há, assim como muitas teorias equivocadas da ciência também tinham, como o racialismo, por exemplo. Além disso, ela propõe acabar com o capitalismo (excluir o dinheiro da sociedade) o que eu achei muito sensato. Rs.

Por isso, achei SCUM um livro muito instigante e provocador, genial até. Pode ser que Solanas tenha realmente acreditado no que ela escreveu, SCUM pode ser um delírio de uma pessoa machucada, destruída pelos homens que passaram em sua vida, mas, como obra literária, me pareceu uma sátira muito inteligente.
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lalaliz mavitorie 28/06/2020

É um arraso
Apesar de ideias extremistas e radicais principalmente em favor a anarquia, eu não consegui me deixar de me colocar em diferentes contextos que o manifesto sugere.
É um livro sensacional...
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Isy 19/07/2020

Distopia ou utopia?
Um dos caminhos óbvios para se definir o livro, seria simplesmente dizer que foi escrito num acesso de cólera, ódio e asco pela classe masculina, e que isso serviu de forma negativa para difusão das ideias da Solana.
Outra maneira, é entender como uma sátira a todos os conceitos de hierarquia que se estendem em favorecimento ao falo.
Para a autora, os homens são todos incapazes de empatia, amor e de ter pleno controle de sua mente; enquanto as mulheres são divididas entre aquelas que decidem acariciar o ego masculino, e as que desenvolveram desprezo por esse sistema.
Maternidade, submissão, capitalismo são uns dos temas que são expostos e discutidos de uma forma crua e muito chocante. Me fez refletir como a sociedade considera absolutamente normal quando ouvimos que por exemplo que "mulheres são mais sensíveis, incapazes? ou que ?não levam jeito para áreas das ciências exatas", mas é incrivelmente chocante quando observamos esses comentários direcionados a homens.
O livro não faz recorte de raça e por algumas vezes é capacitista (e isso pode ser interpretado como parte da sátira ou não), mas sem dúvidas abre um direcionamento para muitas discussões sobre um mundo desenvolvido sem influência de figuras masculinas, e não obstante, do poder das estruturas capitalistas que dão aos homens total liberdade e incentivo para manter esse sistema de opressão.
Se vai lê-lo, esteja preparado para uma narrativa totalmente misândrica.
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Ailauany 12/10/2021

"Se todas as mulheres simplesmente abandonassem os homens, recusando-se a ter qualquer relação com eles, com todos os homens, o governo e a economia nacional desmoronariam completamente."
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celestxs 27/05/2023

O Manifesto SCUM
É interessante ver o ponto de vista e os pensamentos extremistas de Valerie. Apesar da maior parte do livro ter sugestões imensamentes radicais, ainda é possível encontrar sanidade e até mesmo sentido coerente em algumas partes.

Devido ao histórico da autora com homens e sua esquizofrênia que foi se intensificando ao longo do tempo, é possível compreender seus ideais. Embora eu pessoalmente não concorde com tudo o que foi retratado no livro, posso criar empatia por Solanas convenientemente por sua história de vida e a opressão que sofreu.

"O objetivo da educação superior não é educar, e sim excluir das profissões o maior número de indivíduos possível."
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Jac 18/10/2023

Que horrível, adorei!
É tudo aquilo que todo mundo fala: é agressivo, e tem todo o direito de ser, precisa ser! Realmente é um livro que provavelmente vai assustar se for lido por uma pessoa "de fora da bolha", então definitivamente não serve como introdução ao movimento feminista. Não acho correto defini-lo como feminismo radical, porque o SCUM é um nicho muito mais específico e complexo que o feminismo raiz em si. Mas é bem interessante que Valeria tenha feito as análises baseadas no sexo, porém, diferente do femrad, ela parece falar sobre fatores biológicos que diferem em homens e mulheres, e não sobre a socialização de cada classe.
Enfim, essas foram as partes que mais me chamaram a atenção:

"No entanto, ele é passivo e na verdade quer ser mulher. Sendo uma fêmea incompleta, o macho passa a vida procurando se completar, isto é, tornar-se mulher."
"As mulheres não têm inveja do pênis, os homens é que cobiçam a vagina."
"O macho, ao admitir a passividade, define-se como mulher, travestindo-se (os machos, assim como as fêmeas, acham que os homens são mulheres e as mulheres são homens). Ele perde o desejo de trepar (ou de fazer qualquer outra coisa; aliás, ele só se realiza como drag queen) e faz com que lhe cortem o pinto. Adquire então um sentimento contínuo e difuso de 'ser mulher'."
"Por causa dele há: guerra. Já que ele não sente compaixão nem é capaz de ter empatia ou identificação, vale a pena causar uma enorme quantidade de mutilação e sofrimento, além de destruir um número infinito de vidas, inclusive a dele mesmo, para provar a sua virilidade."
A SEGUNDA MELHOR PARTE:
"Não há razão humana para alguém trabalhar mais de dois ou três dias por semana, no máximo. Todos os trabalhos não criativos (praticamente todos os trabalhos atuais) já poderiam ter sido automatizados há muito tempo. E, numa sociedade sem dinheiro, todas as mulheres poderiam ter o melhor de tudo o que quisessem. Mas há razões não humanas, razões masculinas, para a manutenção do sistema (...)"
"Assim, o que vai libertar as mulheres do controle dos machos é a total eliminação do sistema dinheiro-trabalho, e não a obtenção da igualdade econômica entre os sexos neste sistemas."
"Nunca se fazer o que se tem vontade leva à falta de confiança na própria capacidade de enfrentar o mundo e a uma aceitação passiva do status-quo."
"Com uma vontade intrínseca de se tornar mulher, ele faz o possível para estar constantemente ao lado de uma - o mais próximo que ele consegue chegar de uma fêmea. Para isso criou uma 'sociedade' baseada na família: um casal macho-fêmea e seus filhos (a desculpa para a existência da família), que vivem controlando uns aos outros, violando inescrupulosamente os direitos, a privacidade e sanidade da fêmea."
"Não estando completamente convencido de ser mulher, muito inseguro quanto a ser bastante feminino, ela se ajusta compulsivamente ao estereótipo que o macho faz da fêmea, e no fim das contas não é mais que um feixe de maneirismos afetados."
A MELHOR PARTE:
"Incapaz de cooperar, o macho sente necessidade de orientação externa e controle. Assim, ele criou autoridades. (...) Não há razão alguma para que uma sociedade composta de seres racionais - capazes de sentir empatia uns com os outros, completos e sem nenhuma razão natural para competir - preciso de governo, leis ou líderes."
"A religião além de dar aos homens um objetivo (o céu) e de ajudar a manter as mulheres atadas a eles (...)"
"Além disso, o macho sabe que uma população de fêmeas esclarecidas, conscientes, significará o seu fim."
"A fêmea saudável, inteligente, quer a companhia de gente do seu nível, que ela possa respeitar e curtir. Pelo contrário, o macho e a fêmea masculina doente, insegura e sem autoconfiança anseiam pela companhia dos vermes."
"Uma revolução social genuína não pode ser realizada pelo macho, pois o macho que está no alto quer a permanência do status-quo, e aquele que está na base quer unicamente ser o macho que está no alto."
A PARTE QUE NOS FAZ PENSAR NO TIRO NO ANDY WARHOL:
"Um artista masculino é uma contradição de termos. Um degeneração só pode produzir arte degenerada. O verdadeiro artista é toda fêmea autoconfiante, saudável."
"Entretanto, essa questão moral se transformará num problema acadêmico dentro de algum tempo, pois o acho está, pouco a pouco, eliminando a si próprio. Além de se dedicar às clássicas guerras e aos tradicionais tumultos raciais, os homens estão cada vez mais se tornando bichas ou se destruindo com as drogas. A fêmea, queira ou não queira, acabará assumindo totalmente o comendo, se não por outra razão, porque não terá alternativa: o macho, para todos os efeitos práticos, não existirá."
"Não, as mulheres não adoram ser éguas reprodutoras, apesar de toda a baboseira dita pelas fêmeas robotizadas, que sofreram lavagem cerebral."
"As mulheres se declararem fora do sistema monetário, pararem de comprar e começarem a saquear, ou simplesmente se recusarem a obedecer a todas as leis que não acham importantes. A força policial, a Guarda Nacional, o Exército e a Marinha de Guerra juntos não poderiam dominar uma rebelião de mais da metade da população, sobretudo quando é feita por pessoas sem as quais eles não conseguem sobreviver."
"A maioria das mulheres já está excluída da sociedade, elas nunca estiveram dentro."
"Depois de eliminar o dinheiro não haverá mais necessidade de matar os homens. Eles serão privados do único poder que têm sobre as fêmeas psicologicamente independentes e só serão capazes de se impor às mulheres capachos, que gostam de ser dominadas."

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Elis Andoli 13/01/2024

SCUM!
Solanas é pra mim uma das maiores feministas que se teve notícias e o manifesto SCUM é o que muitas mulheres sentem em seu íntimo, mas não confessam por saberem como são tratadas as mulheres que se opõe a hierarquia masculina. (Ainda que se utilize argumentos fora de tom)
Em uma conversa banal com qualquer mulher é possível ver como todas, ainda que umas mais e outras menos, veem no homem um ser ?bestial?.
Ainda que o SCUM seja -hoje- impraticável, o enxergo como um convite a radicalização e abandono de postura submissa e passiva frente ao poder masculino.

?If all women simply left men, refused to have anything to do with any of them ? ever, all men, the government, and the national economy would collapse completely?
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LenaLima 04/03/2024

Ousado e repugnante. Um desabafo de uma mente doentia.
Valerie não me pareceu tentar convencer o leitor de suas propostas desumanas, ela simplesmente estava colocando no papel, senti como se escrevesse para si mesma.
Há trechos que mostram uma repulsa a ideia de moral e virtude, e quando exaltava alguma coisa humana, alegava ser característica das mulheres apenas. SCUM é ousado, repugnante, utópico e desumano.
Por vezes pensei estar lendo uma carta de Adolf sobre judeus. Suas declarações sobre o sexo oposto são exatamente iguais a de outros doentes da história da humanidade.
Usam a "suposta" infância triste como pretexto para seu ódio pelo sexo oposto, mas ter uma infância traumatizante não é exclusividade de Valerie, e não nos permite justificar, minimizar ou ignorar o mal que ela manifestou através da obra. Até hoje há quem defenda ou alegue que era só uma provocação, brincadeira, sendo que a própria autora negou estar brincando. Ao ler sua obra e sua biografia, a conclusão é que, definitivamente, seu manifesto é um atestado de sua mentalidade doentia.

"Leia meu manifesto, e ele lhe dirá o que sou". Valerie Solanas
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mariaaacan 16/08/2024

O texto se trata de um manifesto feminista radical da década de 60.
de forma geral, é argumentado que os homens têm arruinado o mundo e as mulheres quem poderão corrigir.
assim como todo conceito extremista, têm pontos que são absurdos.
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