Gustavo | @guh_santtoos 16/05/2021A beleza deve ser admirada de pertoA estória mostra Frederick Clegg, um homem solitário, de origem humilde, menosprezado por uma sociedade esnobe, que encontra o grande amor de sua vida. Tudo o que ele deseja é passar um tempo a sós com ela, demonstrar seus nobres sentimentos e deixar claro que eles nasceram um para o outro. Mas o livro também mostra a visão de Miranda, uma jovem estudante de artes sequestrada por Frederick que acha que pode obrigá-la a se apaixonar por ele.
A primeira narrativa é feita por Frederick e depois recontada por Miranda. Sem pontuação de diálogos, os dois narradores têm formas distintas de demonstrá-los, assim o leitor fica mais ?íntimo? de cada situação perante os acontecimentos. O primeiro ponto de vista é fechado, reflete a obsessão do colecionador com a sua cativa.
O livro começa bem vagaroso, tendo um início bem devagar, mas aos poucos vai entendendo que o autor quer deixar tudo mais tenso ao ponto de mergulharmos de cabeça na mente do Frederick.
Tem momentos em que o leitor realmente sente pena de Frederick, dava para sentir que ele era uma pessoa mal incompreendida e que realmente necessitava de ajuda, não que isso dê a ele uma desculpa para fazer isso.
Agora a Miranda tem muita sagacidade, ela tenta conquistar Frederick, conhecê-lo, entender seus pensamentos para tentar achar um ponto fraco ou insegurança, e assim tentar fugir.
O único problema é que os capítulos são muitooo extensos, e pra quem não gosta de parar no meio do capítulo, faz o leitor ler a força para terminar o tal capítulo, então acaba sendo cansativo.
Diferente de Lolita, em que o autor começa a brisar do nada e fala algumas coisas nada haver, aqui a leitura funciona demais pelo fácil entendimento.
Definitivamente ?O Colecionador? não é pra todo mundo, mas ainda assim vale a experiência.