Nathan Oak 09/02/2022
Pra ir além
A ideia central do autor é a de que o sistema educacional, por meio das instituições de educação formal, são criados para a produção e reprodução dos consensos e da lógica do capitalismo. Nenhuma alternativa criada a partir desse modelo, mesmo pensado para mitigar as mazelas produzidas, como a evasão escolar, falta de acesso ao ensino, desvalorização dos professores e sucateamento das escolas, por exemplo, se concretizaria ou se sustentaria por muito tempo no no modelo de exploração vigente. O autor discorre sobre o formato de educação contemporâneo, seu propósito voltado à racionalidade instrumental, para fornecer conhecimentos e pessoal para a máquina produtiva, de reprodução da lógica mercadológica de aprendizado e para a perpetuação de uma sociedade de mercadorias.
Grande parte do nosso processo de aprendizagem se encontra fora das instituições formais de ensino. A maior parte da nossa experiência de vida, de sociedade, nosso contato com a arte, experiências de trabalho, conflitos e confrontos, disputas morais e políticas; apenas uma pequena parte disso está ligada à educação formal. Para o autor, é necessário um movimento que contrarie a "internalização e o consenso" da educação do capital, como alternativa ao que já existe; propõe que a educação seja um processo "sustentável", como um processo que compreende os entes livremente associados, conscientes dos processos sociais, se opondo à característica de "adversários" e competidores, da estrutura estabelecida pelo modelo do capital.