Os Irmãos Karamázovi

Os Irmãos Karamázovi Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Os Irmãos Karamázov


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Sa 24/01/2024

Terminei a leitura faz alguns dias e sinto que até agora estou absorvendo a grandiosidade do que li. Os personagens são bem trabalhados e a história te prende completamente. As discussões filosóficas trazem ao enredo que já é envolvente mais significado para a história. É um livro completo, entrega ação, romance, drama e história. Se tornou um dos meus favoritos do Dostoievski.
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Thomas.Jordao 23/01/2024

Se Deus não existe, tudo é permitido?
Foco no enredo e não nos personagens, como grande fã de autores que pregam isso, eu também. Porém é tudo que dostoievski não faz. Em seus livros o foco é extremamente nos personagens, à exaustão. Não gostei da minha primeira leitura, "o idiota", porém resolvi dar outra chance a esse renomado escritor. Com essa versão maravilhosa, embarquei nessa missão, do início ao fim, e posso dizer com certeza que não me arrependi. Ao contrário do outro livro, não achei esse um grande novelão, de quem fica com quem, como mencionei na outra resenha. Muito pelo contrário.
Estou no processo de alargamento de minhas ideias e gostos literários, procurando dar mais valor aos personagens e suas construções, e dostoievski sem dúvida me ajudou com esse livro. Após ler "5 personagens sem um autor", já considero que me livrei desse antigo preconceito, até porque um dos meus preferidos é "os miseráveis", no qual há um foco nos personagens, embora não como os irmãos Karamazov. Só para se ter noção, os miseráveis tem 1500 páginas, porém são muuuitos personagens, e muuuito enredo, enquanto que em Karamazov, são basicamente não mais que 8 personagens principais e secundários, e um enredo super simples que daria em 150 páginas, sendo que o livro tem 900-1000.
O que importa nas obras dele, o que não é super simples, é o personagem, sua psiquê, sua história, suas ações, seus pensamentos, suas filosofias de vida, sua ética. Com esse livro eu realmente gostei de entender os personagens, de os odiar, e surpreendentemente, de amar odiá-los. Pra não dizer que não amei ninguém, direi que ao Ivan, porém apenas ele, visto quão humanos são os personagens de dostoievski, logo, impossíveis de amar em sua totalidade. São riquíssimos, são surpreendentes, são caricatos às vezes, mas talvez nisso esteja toda a graça. As intermináveis páginas de pensamentos e filosofias dos personagens, os diálogos maravilhosos entre eles, e como tudo se conecta no final, é simplesmente majestoso. Um ótimo enredo, que se mistura com toda a história, conecta diversos pontos, e um final que era de se esperar, porém não do jeito que foi. E no fim, o julgamento me surpreendeu demais, visto que não esperava um embate entre advogados numa obra de dostoievski, e ainda por cima, simplesmente maravilhoso, me fazendo mudar de lado a cada discurso kkkkkk
Não posso deixar de esquecer de mencionar sobre o grande inquisidor, livro feito por Ivan Karamazov, que é simplesmente incrível, e sobre os grandes questionamentos da obra, como a do título. O homem quer ser governado? A religião dispensa a existência de Deus? Acredito em Deus, não acredito no mundo criado por ele, devolvo humildemente sua entrada? Deve-se amar os pais incondicionalmente? Amar o próximo faz parte do nosso código moral?
Existe lógica no amor?
Não passo de 4, pois infelizmente é uma leitura moderadamente pesada, acredito que devido a ser muito antiga, embora dê para se entender. Devido a faca de dois gumes que é esse estilo filósofico de escrita, já que alguns desses pensamentos que duram 10 páginas não "te pegam", e então você é obrigado a perder um tempo lendo algo que discorda completamente, ou simplesmente não entende, visto as diferenças históricas e culturais entre hoje e aquela época, e devido ao não conhecimento completo do imaginário russo. Algo que aliás é interessantíssimo de se entrar em contato, saber como era o pensamento do cidadão russo, sua moral e cultura. Me surpreendeu ver como que em não tanto tempo atrás, haviam pessoas que rejeitavam completamente a instituição medicina, e como ela era Fraca, se comparada a hoje em dia. Um livro maravilhoso, que sem dúvida lerei novamente alguns trechos. É uma pena e tristeza inacreditável ele não ter a continuação que dostoievski tanto queria, porém não teve tempo :(
Yana.Venancio 24/01/2024minha estante
Uma leitura de altos e baixos né amor? Adorei a resenha, será que estamos caminhando para uma leitura de romance???


Nick 31/01/2024minha estante
Gostei das contextualizações, das observações pessoais (principalmente sobre abrir mais a cabeça) e ainda passando de forma técnica sobre alguns aspectos. Eu já queria ler, agora então, sem dúvida eventualmente isso irá acontecer. Sobre Dostoiévski, nem preciso falar. Parabéns pela resenha, meu irmãozinho!




Carolina.Lausmann 23/01/2024

Dostô não decepciona ??
Difícil fazer uma resenha que faça o mínimo de justiça a essa obra. Mas vejo que, apesar de ser uma obra grande (quase mil páginas), Os Irmãos Karamázov vale muito à pena a leitura.

Ela é mais do que apenas literatura: é um grande tratado filosófico que, ao explorar a máxima "se Deus não existe, tudo é permitido", confronta de maneira provocativa as questões morais e espirituais, desafiando as bases convencionais da ética e da religião. Todas essas questões nos são apresentadas tendo como plano de fundo uma família disfuncional com personagens complexos e muito bem trabalhados.
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Raissa 22/01/2024

O pior pai de todos os tempos kkkkkkkk
Que perfeição, meu Deus, eu quase entrei em colapso com essa leitura kkkkkkkkk. Os personagens são perfeitos, os diálogos ocorrem de forma extremamente natural e a trama é super envolvente! O Aliocha (o mais novo dos irmãos) é um amor e serve como mediador da maioria dos acontecimentos presentes na história, já o Ivan e o Dmitri têm personalidades mais fechadas (principalmente o Ivan), mas mesmo assim eles conseguem se entender em diversos pontos, apesar das filosofias e atitudes do três serem completamente distintas. A religiosidade também é apontada com frequência durante toda a obra, já que tudo gira em torno da questão levantada por diversos personagens: se Deus "não existe", tudo seria permitido? Resumindo, a gente vai acompanhando uma espécie de romance policial cheio de dilemas sobre a moral e a ética, ao mesmo tempo que vemos as personagens lutando contra seus próprios demônios. Vou parar por aqui, se não vai acabar virando um texto imenso (sim, as vezes eu acabo me empolgando kkkkkkkkkk), apenas leiam!



Observação: o livro é baseado em um crime real, então, se você não gosta de spoilers, NÃO PESQUISE sobre o crime que inspirou o livro, pois basicamente revela o que acontece no final da história!
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Bille 19/01/2024

Nesse magnum opus, a intertextualidade densa com referências filosóficas e religiosas enriquece uma narrativa que desafia a linearidade convencional, refletindo a complexidade da condição humana. Dostoiévski, um mestre da psicanálise literária, cria personagens de profundidades abissais, cujas crises existenciais ressoam com perturbadora universalidade. A prosa, vibrante em sua eloquência, constrói um cenário de questões morais e existenciais, estabelecendo a obra como pilar no cânone literário e espelho de uma sociedade em crise moral.
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JAQUELINE.ARGOLO 17/01/2024

Obra-prima
Não fico a vontade para avaliar uma das obras de um grande vulto como Dostoievski. Mas a minha humilde opinião direciona, mais uma vez (após leitura de "Crime e Castigo"), que se trata de mais uma leitura densa, talvez pelos nomes, nomenclaturas russos, os extensos diálogos, dilações, etc. Tive que parar algumas vezes para retomar no dia seguinte, pois em certos trechos fiquei desmotivada. Mas o julgamento me prendeu e, sobretudo, da trama bem esquematizada que é narrada no livro, o que evidência todas as qualidades e a criatividade do autor, incluindo questões existenciais e diferentes análises psicológicas, apresentando os possíveis choques entre visões de mundo distintas.
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Juana.Carolina 15/01/2024

Uma obra-prima
Como não se encantar com as particularidades de cada irmão Karamázov? Mítia com sua paixão exacerbada, me trouxe muitas risadas( fico imaginando ele vigiando a Grutchenka kkkk) Ivan, o racionalista, a inteligência dele também é sua perdição, ele é consumido por dúvidas acerca da existência de Deus, da moral e do sofrimento humano.
E por último, mas não menos importante: Aliocha, o irmão mais novo. Talvez seja pela bondade, calma ou sabedoria em dar conselhos, não sei, mas ele se tornou meu irmão preferido. O capítulo final dele conversando com as crianças me fez chorar kkkkk ?Que bela é a vida quando fazemos uma coisa boa e verdadeira?
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Gabrielli 15/01/2024

Um clássico de fôlego
A obra-prima de Dostoiévski não tem temas que me atraem tanto assim, e isso foi um dos principais motivos para não ganhar 5 estrelas. As discussões teológicas são densas e a opinião pessoal do autor é bastante nítida. Em alguns momentos, o enredo ficou arrastado para mim. Mas a história é muito bem delineada, é realmente o livro mais bem planejado do Dostoiévski que li até o momento. O personagem Aliocha, designado como herói do livro, é muito tocante, e os demais irmãos também são bem desenvolvidos e bastante interessantes.
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Marcela 14/01/2024

Os Irmãos Karamázov - Fiódor Dostoiévski
Arrisco dizer que, do tanto que li até hoje, nenhuma obra se aproxima de "Os Irmãos Karamázov". Não apenas por ser escrito de modo peculiar, mas por ser um livro completo. A partir da estranha história de uma família confusa e totalmente disfuncional, Dostoiévski constrói um tratado sobre a alma humana - perpassando a moral, a política, a religião e muitas outras searas.

A experiência de leitura desse livro é desafiadora e instigante. O mergulho provocado pelo autor não é raso e, por isso, não seria exagero dizer que ele põe em xeque muitas certezas e toca em pontos sensíveis demais. Incita o confronto com o eu. Ironiza. Deplora. Questiona - todo o tempo. Parece até que ri de nós e da nossa tragédia humana.

Dostoiévski não poupa o leitor que, além de encarar a imersão na psiquê de personagens perturbados, é obrigatoriamente levado a lidar com a própria mente. Pois há algo humanamente essencial em todos aqueles dilemas, em todas aquelas dores; há muito mais em comum entre nós do que podemos supor.

O que temos aqui é realmente um "romance síntese"; uma junção dos temas mais recorrentes na obra de Dostoiévski. Enquanto lia, ouvia ecos do homem do subsolo; do romântico sonhador em suas noites brancas; dos conflitos agonizantes de quem tem como castigo a culpa. Sim, Dostoiévski é magnânimo, e sua última obra publicada vem para afirmar o porquê de ele ser um dos maiores nomes da literatura mundial.


Sinceramente, eu não saberia dizer o que me emocionou mais nessa narrativa. Ou o que mais me doeu, incomodou e angustiou. Esse livro fez minha alma vibrar em muitos momentos e de variadas formas... Não poderia deixar de mencionar o espetacular capítulo "O Grande Inquisidor" (lido e relido), tampouco os momentos de delírio de Ivan Karamázov (delírio ou realidade?) Que beleza extrema existe na coragem de enfrentar o que é profundeza abissal da mente! Mais impressionante é pensar que um autor do século XIX o fez com tanta maestria. Bravíssimo!
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Yuri462 13/01/2024

O livro no geral é incrível, mas especialmente os últimos 3 livros são fantásticos. Cada personagem é bem único e tem muita personalidade, até os que têm menos importância pra trama, eles possuem características próprias e bem distinguíveis. Os diálogos entre as personagens frequentemente entram em questões filosóficas ou possuem uma descrição tão boa do processo de pensamento que levou a agir de determinada forma, que é impossível não ficar pelo menos um pouco reflexivo. Em particular, a falta de fé na humanidade que o Ivan têm é contagiante, bem como a fé que o Aliócha mostra ter no ser humano. Essa ambiguidade entre os dois torna os diálogos entre eles sempre muito emocionantes. É impossível não se emocionar nos capítulos III, IV e V do quinto livro. Apesar do livro ser grande e algumas parte serem mais mornas, a leitura flui muito bem e vale muito a pena.
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Eliane406 11/01/2024

Um livro com toda completude humana e social
A obra é uma crítica ao capitalismo e a situação de pobreza no cotidiano da Rússia, e como isso molda o caráter do povo. Ele narra acontecimentos em torno de uma família, especificamente, do pai e seus três filhos e um provável não legitimado. Como a relação de pai e filho molda as características de seus filhos dentro de uma personalidade peculiar. O livre arbítrio, a religião, filosofia, psicologia, as classes sociais, como tudo isso afeta as relações. Um livro cheio de referências literárias.
Nós somos condenados a ser livres, mas a liberdade não é inerente, ser livre esbarra no desejo, na vontade irrefreável, por mais que se tente lutar, a sua escolha não está livre das consequências.
? Curiosidade: Provavelmente o nome Karamázov foi forjado a partir de "kara""castigo" ou "punicão", e do verbo "mázat", "sujar", "pintar", "não acertar". Significa, então, aquele que com seu comportamento errante vai tecendo a sua própria desgraça, segundo nota dos tradutores da obra.
? "Querias ser amado livremente, ser seguido voluntariamente por homens encantados. Em vez da lei antiga, o homem teria que distinguir entre o bem e o mal, com um coração livre, tendo por guia apenas Tua imagem; mas Tu não prevista que o homem acabaria rejeitando e contestando até mesmo a Tua verdade, esmagado por um peso terrível: a liberdade de escolha?"pág.283
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Fernanda.Marques 11/01/2024

Parte 1 de 2 volumes
Resolvi ler beem espaçado, com calma pra absorver o máximo que puder desta leitura tão empolgante.
Mais ainda assim requer bastante atenção e respeito.
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Caroline1091 05/01/2024

Dostoiévski, nascido em 1821, é considerado um dos maiores escritores russos de todos os tempos. Em 1880, publicou "Os Irmãos Karamázov", considerado sua obra-prima, por abordar temas profundos, como moralidade, filosofia, psicologia, erro jurídico, injustiça social e religião.

O livro traz como núcleo principal um pai e seus três filhos - ou seriam quatro? - que vivem em disputa, ressentimento e dor. O título traz em seu nome o destino dos Karamázov, já que as palavras Kara (castigo ou punição) e Mazat (surgir/pintar/não aceitar), significam "aquele que com seu comportamento errante vai tecendo a sua própria desgraça". Será que a essência dos Karamázov pode sucumbir a fé?

A vida de todos os filhos foi envolta em um comportamento errante, vítimas de seu próprio pai, que viveu da forma mais degradante, ensinando aos filhos que era certo viver para os prazeres, mas não para Deus.

Nesta obra, o autor revisita alguns de seus temas já explorados em outras obras, como a descrença em Deus, a mania de grandeza, a redenção por Deus, o temor das consequências de seus atos errantes, o desejo pela carne e pelo mundano.

Alguns de seus personagens inclusive acreditam que, se Deus não existe, tudo é permitido; assim, não há motivo para temer as consequências de seus atos. Contudo, não é verdade; as consequências de seus atos chegam, e a alma e o corpo padecem aos dilemas morais, angustiando e atormentando.

A redenção vem de maneiras diferentes para cada personagem, mas todas por meio de Deus.

Em um livro de quase mil páginas, Dostoiévski consegue nos imergir na vida dos Karamázov, em seus dilemas morais e éticos, e nos fazer torcer para que a redenção de suas almas venha logo.
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Rogério 04/01/2024

Encantador, maravilhoso, impressionante!
É uma pena que o grande Fiódor Dostoiévski tenha morrido pouco depois da conclusão do livro, inviabilizando a escrita do segundo livro, que nos contaria o desfecho da família Karamázov.

Mas, talvez, a inexistência dessa continuação não seja algo tão ruim, visto que esse livro é suficientemente completo para encher o nosso coração de alegria e admiração.

"Os irmãos Karamázov" é, indubitavelmente, o meu livro preferido de toda a literatura. Conseguiu desbancar do meu coração "Anna Kariênina", do também grandiosíssimo Liev Tolstói.

É aquele tipo de livro que nos faz amar os seus personagens. Eu amo o Dmítri Fiódorovitch Karamázov (para mim, Mítenka; isso mesmo, prefiro chamá-lo pelo apelido, tão afeiçoado fiquei por ele) e o Aleksei Fiódorovitch Karamázov, meu querido Aliocha.

Dostoiévski consegue desnudar o coração humano, e nós acompanhamos esse raio-x, pasmos, encantados, absorvidos nos meandros do coração do homem.

Enfim, não vou me alongar mais. Leiam esse livro! Leiam sem demora.
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